A exposição Milênios Cósmicos: cartas celestes para os próximos 100 mil anos fica em cartaz até 7 de maio
(Agência Brasil/JC) As constelações que observamos hoje no céu diferem do padrão visto por nossos ancestrais, e daqui a milhares de anos a visão será completamente distinta da atual. Essa transformação, muito lenta e imperceptível a olho nu, é o tema da exposição Milênios Cósmicos: cartas celestes para os próximos 100 mil anos, inaugurada ontem (17) no Museu do Amanhã, que usa arte e tecnologia para projetar cenários de céus futuros.
A concepção da nova exposição temporária do museu, desenvolvida pela empresa de design norte-americana Telllart, une o robótico e o tradicional. Com cera quente de abelha, um robô desenhou dez cartas celestes sobre retalhos de tecido de algodão, projetando a visão, a partir do Polo Norte, ao longo dos próximos 100 mil anos.
De acordo com o gerente de exposições do Museu do Amahã, Leonardo Menezes, a mostra está em sintonia com a proposta central do espaço. “O museu quer mostrar os possíveis ‘amanhãs’ do nosso planeta, e eles não são estáticos, como no caso das constelações. Eles se movem o tempo todo, no seu ritmo”, disse ele.
A abertura da mostra contou com uma palestra do astrônomo e pesquisador Cássio Barbosa, intitulada O Balé das Estrelas, no Observatório do Amanhã. “Analisar as galáxias, se elas são novas ou antigas, permite avaliar se novas estrelas, novas terras e – por que não? – novas civilizações estão se formando”, resumiu o astrônomo. Ele também mostrou simulações das posições de algumas das principais constelações vistas do Hemisfério Sul, nos próximos 100 mil anos, como Órion, Três Marias, Cruzeiro do Sul, Escorpião e Centauro.
A exposição Milênios Cósmicos: cartas celestes para os próximos 100 mil anos fica em cartaz até 7 de maio e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. O Museu do Amanhã fica na Praça Mauá, no centro do Rio, e os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). Às terças, o ingresso é gratuito.
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