O céu se prepara para receber a lua
E o mundo assiste e pára:
é o sol que tristemente morre
deixando um quê de claridade nua.
Abrem-se então as nuvens em véu
Colorindo de púrpura o ar
E a lua se deita em seu dossel
embebida no alvo luar.
Frágeis lírios se fecham em total submissão
Para não competirem com a branca princesa
E as estrelas em santa adoração
Prostram-se aos pés da calada realeza
Do alto de sua torre deserta
A deusa do céu muito chora
E suas lágrimas (força sonora)
Deixam a Terra de tristeza coberta.
As gotas dessa água divina
São como de orvalho a saudade fosse
E essa dor cada dia mais doce
De sofrimento a imensidão ilumina
Ana Quevedo
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