Driblas todos os sóis
Que fulguram no infinito
Embelezas o cosmo com teus olhos
Que brilham como estrelas cadentes
Ao som de terna melodia
Enquanto povoas solitário minha mente.
Tens em cada mão
Corações de planetas
Enevoados pela sua presença.
Enquanto és o astro rei da vida que é minha
Sois da lua o brilho
Do mar, o murmurar das ondas
Da Terra o frescor da brisa
Do Amor, o pulsar esperado.
Ordenas as constelações
Ninadas no teu colo
Que se façam presentes
Em sua presença
Que orbitem em obediência
Ao mais leve suspirar de seu hálito.
Herói que pressinto
Em cada sonho
Em cada noite desvelada.
Íris latejante da minha entranha
Dóis em ansiedade, na lembrança
De onde vou, onde estou, como sou
Desejando-te. Somente.
Ana Quevedo
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