Quando o GaeA começou a dar sinais de vida durante este ano até dar seu primeiro choro no dia 21 de abril, nossa prioridade foi de montar a estrutura do grupo para depois pensarmos em passos maiores, como a aquisição de equipamentos. Estávamos estimando adquirir nosso primeiro instrumento óptico ou acessório de trabalho somente no ano que vem, já que os primeiros passos ainda estavam sendo dados, ainda com medo de tropeçar ou cair.
Nunca poderíamos imaginar que, apenas três meses depois de sua fundação, seríamos presenteados com dois equipamentos: um apontador a laser e um binóculo. É claro que são objetos pequenos se comparados com o patrimônio de outras instituições astronômicas, mas vale a pena frisar que começamos com absolutamente nada, sem tirar qualquer tostão do bolso, sem montantes ou vaquinhas, exatamente como foi combinado no primeiro dia de existência do GaeA. Optamos por isso não para arranjar um desafio, mas porque os membros possuem recursos pessoais bastante limitados, impossibilitando qualquer tentativa de aquisição rápida de qualquer instrumento.
Podíamos concluir que foi sorte ou até milagre, mas preferimos afirmar que foi nosso método de trabalho e nossa postura dentro do grupo que chamou a atenção desses doadores, que acreditam em nossos objetivos.
Podíamos ter escolhido o caminho da politicagem, da pose e das ideias mirabolantes que visam o benefício próprio e não da associação, mas preferimos a transparência, o cumprimento à risca de suas regras, sem se desviar para beneficiar este ou aquele indivíduo. E esses equipamentos foram a nossa recompensa.
Podíamos ter adotado posturas nocivas, o comportamento funcionalista, o politicamente correto, a 'síndrome do não-me-toque', mas optamos pela disciplina, pelo foco em nossos ideais e pela aplicação das críticas àqueles que precisam ter um método de trabalho lapidado. E esses equipamentos foram nossa recompensa.
De minha parte quero agradecer aos membros da diretoria e colaboradores, que não precisaram apelar para 'jeitinhos brasileiros' a fim de conseguir as coisas para o GaeA; pela postura natural, sem panelinhas, picuinhas ou criação de troca de favores; pelo comportamento maduro em reagir positivamente às críticas sem apelar para intrigas pessoais e pelo cumprimento ao nosso regimento para conseguir inaugurar nossa seção de patrimônio.
O que vem mais por aí? Não sabemos, mas temos a certeza que estamos no caminho certo.
31/07/09
Saulo Machado - presidente
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