15 de jan. de 2010

Pouso mais distante da Terra feito por sonda espacial completa cinco anos

(Folha) Há exatamente cinco anos, a sonda Huygens realizava com sucesso o pouso mais distante do planeta Terra e chegava a Titã, maior lua de Saturno. Com seus 5.150 km de diâmetro, Titã é um mundo inflamável, que só não explode porque não tem oxigênio, e congelado --em sua superfície, a sonda registrou temperatura de quase 180ºC negativos, o local mais frio já explorado pela humanidade no espaço.

A missão, iniciativa das agências espaciais americana (NASA), europeia (ESA) e italiana (ASI), foi considerada histórica porque a Huygens foi o primeiro artefato humano chegava a uma lua que não seja a da Terra.

A sonda, que ainda está em Titã, mostrou que o satélite apresenta montanhas de gelo e rios de metano em forma líquida --as baixas temperaturas possibilitam a existência da substância nesse estado. O metano também existe em estado gasoso e se mistura na atmosfera local com nitrogênio.

Confira abaixo uma seleção feita pela Livraria da Folha com livros sobre astronomia.



"A História da Astronomia" - Muito mais do que um livro sobre a história da ciência, este volume apresenta um reflexo da nossa cultura, uma percepção dentro do desenvolvimento das ideias e ideais da humanidade.

Ao longo dos milênios, os astrônomos estabeleceram a verdadeira natureza do Cosmos em que vivemos. A cada etapa, o nosso planeta Terra ia parecendo cada vez menor e menos importante. Essa mudança de percepção colocou os astrônomos em conflito com o pensamento religioso.

Atualmente, chegamos a uma perspectiva humilde sobre o Cosmos. A Terra é um planeta médio, que gira em volta de uma estrela de meia-idade, em uma galáxia sem nada de excepcional. No entanto, podemos nos orgulhar de uma conquista: o nosso planeta desenvolveu uma forma de vida capaz de contemplar o Universo e de se perguntar sobre o significado disso tudo.

"Astronauta por Um Dia" - Nesse livro interativo há coisas incríveis para levantar, puxar e mover, e com eles as crianças poderão aprender tudo sobre o espaço!

Os pequenos poderão conhecer os alimentos de uma refeição espacial e todos os trajes do astronauta, verá como iniciar uma contagem regressiva e na volta dessa viagem ao espaço "aterrissará" se sentindo um verdadeiro astronauta!




"Guia Ilustrado Zahar de Astronomia" - Um livro que explica como observar o céu. Anexo ao livro está uma carta circular de estrelas, chamada planisfério, que dá dicas para observar o céu em momentos específicos. Quando a observação for noturna, o livro aconselha a levar um agasalho.

Pelos binóculos, é possível observar cometas de caudas longas, aglomerados de estrelas e campos de estrelas da Via Láctea. Se houver dificuldade para ver o céu, a solução é montá-lo num tripé. No caso do telescópio, existem três tipos: os refratores, que captam e focam a luz com uma lente; os refletores, que usam um espelho para focar a luz, e os catadióptricos, que usam uma combinação de espelhos e lentes.

"Galileu: E a Primeira Guerra Nas Estrelas" - Uma obra feita para aproximar os jovens leitores com Galileu Galileu, o pai da ciência moderna e um dos maiores astrônomos da história da humanidade.

O livro mostra como ele foi responsável pela elaboração de muitos conceitos científicos sobre astronomia, inventor do telescópio e desenvolvedor do modelo atual do sistema solar.




"Micro Macro 2" - Reunião das colunas de Marcelo Gleiser, publicadas no caderno "Mais!", da Folha de S.Paulo, de 2004 a 2007. No mesmo espírito do volume anterior, o livro realiza um ideal de divulgação científica: fala para os que já sabem muito e para os que não sabem nada sobre o assunto.

Quem já tem intimidade com a ciência terá chance de se atualizar, e quem não é íntimo poderá aprender sobre temas como a relatividade do tempo, os buracos negros, as dimensões do espaço, as relações entre ciência e espiritualidade e mais mil e uma questões que estimulam a inteligência e a fantasia.


"Mundos Paralelos" - Desde que o homem ergueu o olhar para as estrelas, há milhares de anos, foi tomado por uma infinidade de questões: de onde viemos? Por que o tempo passa? O que é matéria? Terá nosso universo surgido num momento, ou sempre terá existido, padecendo apenas de transformações, eternamente?

Para saciar tão difíceis indagações, uma enorme diversidade de modelos foi proposta por poetas, magos, religiosos, filósofos e -por fim- cientistas. Em "Mundos Paralelos", o físico Michio Kaku conduz o leitor a uma viagem através de um cosmo cuja compreensão obriga o homem a alargar os limites da imaginação.

A ideia de universos paralelos já foi vista com desconfiança e considerada território de místicos, charlatões e excêntricos. Hoje, levando em conta as mais recentes observações astronômicas, a grande maioria dos físicos apóia a teoria das cordas e seu desdobramento, a teoria M, pois ela parece capaz de explicar muitos dos mistérios do cosmo com simplicidade e elegância.

Um comentário:

  1. O UNIVERSO ANTES DO BIG BANG

    Para entendermos a auto criação do universo, temos que partir do nada material,
    uma energia escura sem massa em estado de repouso ou vácuo quântico. Porque se fosse criado a partir de uma matéria existente não seria o início e sim uma etapa da criação.
    Um sistema fechado sempre está sujeito à flutuação do ponto zero. Havendo o deslocamento de uma energia, receberá uma resistência em sentido contrário, como um pêndulo, iniciando um movimento ondulatório, e estará criado o espaço e o início do tempo. O vácuo em estado de repouso se opõe às forças de compressão ou expansão, mas a vibração de uma energia é natural, pois o espaço já foi criado, haverá apenas a troca de posição no espaço em instantes de tempo ad-perpetum.
    A matéria é energia em vibração, a ciência percorrendo o caminho inverso da criação, decompôs a matéria em seus elementos constituintes até chegar à energia parada, onde não existe o espaço e o tempo, mas contêm todas as possibilidades de existência, inclusive o homem e sua consciência.
    A primeira vibração do vácuo concentrou a energia num espaço reduzido, produzindo o aumento da velocidade da vibração pelas forças de compressão e expansão, gerando a primeira partícula, o bóson de Higgs que se desdobrou em Quarques, que se desdobraram em Prótons, Nêutrons e Elétrons, e estavam criadas as partículas para a montagem dos átomos de hidrogênio. Formando um universo desse gás, sujeito à atração gravitacional, para formar estrelas e dar início à produção em série dos elementos químicos que compõem o universo atual.
    Esta, deve ter sido a trajetória da auto criação do universo, se houve uma grande explosão foi muito depois que o universo já estava criado.
    Se não foi assim, teria que haver uma inteligência fora desse sistema, como supôs Platão, um deus, o demiurgo (“fabricante” ou “artesão”), que, contemplando de fora como observador, tratou de produzir suas experiências de criação, sujeitas a erros de percurso, culminando com o acidente de uma grande explosão. Para depois seguir com novas experiências, inclusive a vida, tantas vezes interrompida aqui na terra, e teríamos que perguntar, quem criou esse demiurgo? E assim sucessivamente.
    É muito mais lógico o panteísmo de Anaxágoras, Giordano Bruno, Spinosa e outros, que Deus é a natureza. Se a matéria é energia em vibração, como disse Virgilio, (“Mens agitat molem” o espírito anima a matéria). O espírito de Deus ou vácuo quântico se expressa na matéria, tornando-se o UNO de Plotino. Portanto, Deus é espírito e matéria, se não fosse assim nem estaríamos nos referindo a Ele.
    A tradição mística, sempre divinizou o espírito e erroneamente demonizou a matéria, agora as religiões deverão assimilar essa nova compreensão da realidade, para se reconciliarem com o divino, sob pena de continuarem ofendendo a Deus.
    Pelo exposto, deduz-se que a auto criação é dinâmica, não segue nem um propósito, como disse o sofista Protágoras (não há nada decretado no céu para ser cumprido na terra, o homem é livre para fazer e desfazer o que lhe aprouver para o seu destino). Tanto é assim, que o futuro da humanidade é incerto, vai depender da ação dos governantes das nações.
    A ciência descobriu Deus, com outros nomes, embora não admita, mas para nós pensadores teístas basta, para continuarmos a nossa fé justificada.

    Ivo da Silva Bitencourt -30/12/2009

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