Ministro da C&T visita observatórios no Chile
(MCT / JC) O Brasil continua avançando no planejamento estratégico da astronomia. Nesta quarta-feira (17/2), o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, visitou as instalações dos observatórios Atacama Large Milimetric Array (Alma) e Very Large Telescope (VLT) no Chile. A visita foi feita a convite da European Southern Observatory (ESO), organização internacional que coordena os equipamentos.
O encontro de Rezende com pesquisadores faz parte das conversas da comunidade astronômica brasileira com a ESO para formalizar uma parceria capaz de desenvolver um telescópio com um equipamento de grande porte, o Europeans Extremely Large Telescope (E-ELT).
O telescópio Alma é o maior empreendimento em infraestrutura astronômica. Quando estiver pronto, terá 66 antenas de alta precisão para captar informações vindas do espaço.
Rezende também conheceu os equipamentos do VLT. Hoje, o VLT é o maior observatório astronômico óptico. Por enquanto, os pesquisadores brasileiros não têm acesso às imagens captadas pelos dois equipamentos. Os astrônomos utilizam as informações de outros dois telescópios também instalados no Chile, o Gemini e o Southern Astropysical Research Telescope (Soar).
Recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) e do Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) foram aplicados em parceria com outros países na construção dos dois observatórios. Rezende conheceu as instalações dos equipamentos nesta quinta-feira (18).
O investimento do Governo Federal nessa área multiplicou o número de profissionais na comunidade astronômica. De todos os parceiros do Gemini, o Brasil é quem mais produz artigos científicos com informações do telescópio. Em relação ao tempo de uso do equipamento por ano, os brasileiros publicam artigos três vezes mais que os outros pesquisadores.
Projeto Gemini
O projeto Gemini é um consórcio internacional que divide os serviços de dois telescópios - um no Havaí e outro no Chile. Os telescópios estão à disposição dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Chile, Austrália, Argentina e Brasil. Um dos equipamentos está a 2,7 mil metros acima do nível do mar e capta imagens de alta qualidade
Os acordos internacionais sobre o Observatório Gemini têm vigência até o fim de 2012. No entanto, uma emenda do contrato assinado pelos sete países membros pode estender o uso de informações e equipamento até 2015.
Projeto Soar
O Southern Astropysical Research Telescope (Soar) é uma parceria entre o MCT, National Optical Astronomy Observatory (Noao), Universidade da Carolina do Norte e a Universidade Estadual de Michigan (MSU), todos dos Estados Unidos. Ele foi projetado para produzir imagens de melhor qualidade que as de outros equipamentos da mesma categoria.
Com uma cota de 34%, o Brasil é o parceiro majoritário no consórcio. Com isso, os pesquisadores brasileiros podem usar o equipamento por mais tempo. O Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA/MCT), em Itajubá (MG), é o responsável pela coordenação do equipamento.
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