23 de fev. de 2010

ESA define três missões científicas para estudar o Universo

Galáxia espiral NGC 4921 registrada pelo telescópio espacial Hubble, rodeada por uma vasta quantidade de galáxias vistas ao fundo. Crédito: NASA, ESA and K. Cook (Lawrence Livermore National Laboratory, USA)
(Apolo11) A Agência Espacial Europeia, ESA, definiu na última semana algumas de suas missões espaciais a serem realizadas em breve. Temas como energia escura, planetas habitáveis e alguns dos mistérios da natureza do Sol foram escolhidos para fazerem parte das próximas investigações europeias, que terão início após 2017.

As missões foram aprovadas pelo Comitê de Programas Científicos e é o primeiro passo antes da decisão final da votação do orçamento da agência. As três propostas receberam o nome de Euclides, Platão e Solar Orbiter.

Euclides
Euclides terá a responsabilidade de responder questões chaves sobre física fundamental e cosmologia, principalmente sobre a natureza da misteriosa energia escura e matéria escura. Apesar de não haver comprovação de suas existências, os cientistas estão convencidos de que essas "substâncias" dominam a matéria ordinária. A missão terá a difícil tarefa de mapear a distribuição de galáxias, na tentativa de revelar a possível estrutura da matéria escura que permeia o Universo.

Platão
A missão Platão terá como objetivo o estudo dos planetas extrasolares, fornecendo aos astrônomos as respostas que há muito intrigam os especialistas. O campo de ação da missão será os planetas extrasolares localizados dentro da zona habitável das estrelas, uma posição dentro da órbita em que a distância até a estrela permita que a temperatura da água a mantenha próxima ao estado líquido

Além disso, Platão deverá estudar as estrelas que sustentam esses planetas, detectando as ondas de gases de suas superfícies.

Solar Orbiter
A Solar Orbiter, ou Orbitador Solar, será uma missão de observação próxima do Sol. Segundo a ESA, a sonda se aproximará a apenas 43 milhões de quilômetros da estrela e fará imagens das regiões polares e do lado oposto ao da observação terrestre.

Exclusão
As três missões escolhidas concorreram com outros 52 projetos e de acordo com Lennart Nordh, chefe do Comitê Programas Científicos, não foi uma escolha fácil. "Foi um processo de seleção muito difícil. Todos tinham experimentos extremamente importantes, mas só podíamos escolher três".

Apesar da dificuldade em escolher as missões, outro empecilho atormenta os pesquisadores. Não existe espaço suficiente no slot de carga dos foguetes da ESA e somente duas missões poderão ser levadas ao espaço. O que vai determinar quais os experimentos que serão definitivamente lançados será a resolução dos desafios que terão que ser resolvidos, principalmente o custo de cada um deles, que em época de crise é mais importante que qualquer argumento científico.

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