
João Fernandes está «globalmente satisfeito» com resultados do AIA 2009
(Ciência Hoje - Portugal) A inauguração de uma exposição, o lançamento da tradução portuguesa do primeiro livro de Galileu e uma conferência marcam hoje o encerramento das comemorações do Ano Internacional da Astronomia (AIA 2009) em Portugal, que envolveu duas mil iniciativas diferentes e centenas de milhares de pessoas.
O programa de encerramento oficial decorre a partir das 17h30 na Gulbenkian e, segundo o comissário nacional do AIA 2009, João Fernandes, "abordará a astronomia nacional, a astronomia moderna e fará também um balanço do que foi o Ano Internacional".
A inauguração da exposição “A Astronomia no Portugal de Hoje” marca o início deste encerramento, que continua com o lançamento do livro “O Mensageiro das Estrelas”, a primeira tradução feita em Portugal da obra Sidereus Nuncius, na qual Galileu revelou em 1610 as primeiras observações astronómicas alguma vez realizadas com o auxílio de um telescópio. “É considerada uma das obras mais importantes do pensamento ocidental e um marco na História da Astronomia”, afirmou João Fernandes à Agência Lusa.
Na conferência “Ano Internacional da Astronomia em Portugal: E Depois do Adeus”, Orfeu Bertolami, do Instituto Superior Técnico, irá "reflectir sobre o papel da astronomia e da ciência em geral na sociedade moderna, onde todos têm direito à exposição e ao fascínio do entendimento profundo das coisas”.
Será ainda entregue o prémio “A Melhor Pergunta de Astronomia”, resultante de um concurso promovido para os alunos das escolas secundárias que participaram no Ciclo de Conferências “Nas Fronteiras do Universo”.

AIA 2009 foi das maiores iniciativas de divulgação científica de sempre
O Ano Internacional da Astronomia 2009, que assinalou os 400 anos das descobertas astronómicas de Galileu Galilei, foi um das maiores iniciativas de divulgação científica de sempre, envolvendo 150 países. Em Portugal, foi coordenado pela Sociedade Portuguesa de Astronomia, com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Fundação Calouste Gulbenkian, Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, Agência Nacional Ciência Viva e European Astronomical Society.
Envolveu mais de 400 entidades, metade das quais escolas do Ensino Básico e Secundário, e dois mil eventos, que envolveram entre duas e três mil pessoas em 200 cidades, vilas e aldeias. Segundo o comissário nacional, "centenas de milhares de pessoas terão usufruído" dos eventos realizados.
João Fernandes mostrou-se "globalmente satisfeito" com o resultado das iniciativas, mas referiu que talvez tenha faltado uma "exposição grande" que estivesse patente "meses e meses" e que levasse "dezenas de milhares de pessoas a visitá-la".
O projecto final da comissão nacional, que deve estar concluído em Julho, é uma rede de contactos para incluir toda a informação de astronomia em Portugal. Para isso está a ser desenvolvida uma plataforma informática e enviados inquéritos a todos os participantes das actividades.
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