
(Ciência Hoje - Portugal) Portugal continua a somar prémios pelas actividades desenvolvidas durante o Ano Internacional de Astronomia (AIA), que termina depois de amanhã. Os mais recentes galardoados sentem-se orgulhosos e com vontade de continuar a mostrar estrelas e planetas.
António Pedrosa, director do Planetário do Centro Multimeios de Espinho e responsável pela Fundação Navegar, é um 'triplo premiado'. A sua equipa somou agora o primeiro prémio na categoria Evento mais inovador, com o «Jantar em Marte» (nas Noites de Galileu), depois da distinção na actividade 100 horas de Astronomia.
O responsável também fez parte do grupo de trabalho que concebeu a exposição itinerante "Da Terra ao Universo", premiada na semana passada. António Pedrosa faz eco do orgulho e contentamento da equipa pelo "reconhecimento da qualidade do trabalho que tem sido desenvolvido".
"A ideia do jantar foi na realidade uma desculpa para trazer as pessoas para o planetário e para as levar a passear pelo sistema solar e mostrar a visão actual daquilo que Galileu viu há 400 anos. O AIA foi um catalisador deste tipo de ideias e eventos e vamos tentar passar agora a realizar de um modo mais sistemático actividades" como este jantar, o acampar no planetário ou o Festival Internacional de Cinema Imersivo.
Mesmo sem as contas completas, o responsável avança um crescimento de público durante o AIA de entre dez e 15 por cento. E isto "numa altura em que este tipo de actividades, pela situação económica do país, tende a sofrer um decrescimento", notou.
O NUCLIO – Núcleo Interativo de Astronomia recebeu agora uma menção honrosa na categoria de maior número de eventos organizados por um só grupo, no âmbito das Noites de Galileu. A presidente do Conselho Executivo desta associação de astrónomos (profissionais e amadores) foi também premiada pelo seu papel no programa de formação para professores «Galileo Teacher Training Program».
Rosa Duran considerou que a distinção do programa de formação de professores, que conta com promotores em 93 países, pode "ajudar a abrir portas", assim como demonstra às autoridades da Educação que é "um esforço bem sucedido".
‘Stellarium’
O programa passa por promover iniciativas como o programa informático gratuito 'Stellarium', que permite simular o céu nocturno: para os alunos do 10.º ano serve para aprender, por exemplo, o ciclo de vida das estrelas e no primeiro ciclo o sistema solar.
"Os resultados têm sido assombrosos, quer em termos do professor, que encontra uma forma muito mais interessante de interagir, quer para os alunos, que encontram uma forma nova de aprender temas que dantes eram enfadonhos", acrescentou Rosa Duran. Durante o AIA, 300 professores portugueses receberam formação certificada, o maior número em termos internacionais.
Em Agosto, Ana Mourão, do Centro Multidisciplinar de Astrofísica (CENTRA) do Instituto Superior Técnico, já tinha sido galardoada na categoria de «Participação Individual Marcante» por ter levado a Astronomia ao ponto mais ocidental da Europa, ou seja, a ilhas dos Açores.
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