Presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), João Sentieiro
(Ciência Hoje - Portugal) Portugal devia ter um instituto nacional de Astronomia para ser um “parceiro em pé de igualdade” a nível internacional em termos científicos e de apoios nesta área, defende o presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, João Sentieiro.
O repto à criação deste tipo de entidade partiu hoje do presidente da Sociedade Europeia de Astronomia, na abertura do Joint European and National Astronomy Meeting (JENAM) 2010, que decorre em Lisboa até sexta-feira.
Na sua intervenção, Joachim Krautter salientou que, em Portugal, “o número de astrónomos ainda é inferior a de outros países europeus” e notou que “um instituto nacional serviria melhor a astronomia portuguesa” do que entidades de menor dimensão.
Um projecto que o presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), João Sentieiro, afirmou apoiar, exortando, na sua intervenção, para que a proposta seja tomada “como um desafio para a comunidade científica” portuguesa.
Posteriormente, em declarações à Lusa, o presidente da FCT explicitou que “ter massa crítica significa ter também outro dinamismo” e “outra capacidade de trabalhar em parcerias internacionais”.
Explicando que a criação de dimensão crítica é “importante” para áreas científicas “cujo impacto na economia leva mais tempo a verificar-se”, como a astronomia, João Sentieiro manifestou-se convicto de que o repto será aceite pelos investigadores nacionais.
“Portugal está a mudar. Estamos a abandonar aquela cultura do ‘Portugal dos pequeninos’, que existiu durante muitos anos, em que cada um queria ter o seu pequeno naco de espaço de poder. As pessoas começam a perceber que hoje em dia a competição internacional obriga a que se ganhe dimensão e massa crítica”, resumiu.
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