(Alexandre Amorim - RBA) Após a última informação de que o ENAST 2010 seria definitivamente na cidade de Recife, a comunidade astronômica ficou preocupada com o pouco tempo, 4 meses, para que o evento fosse realizado a contento. Mas ao iniciar a programação naquela manhã de 13 de novembro não restou nenhuma dúvida de que as associações pernambucanas, por meio de diversas parcerias, cumpriram com louvor o desafio. Este artigo não se trata de um relatório completo sobre o 13º ENAST, mas uma visão global do privilégio que os participantes tiveram nos dias 13, 14 e 15 de novembro em Recife.
O evento foi realizado nas dependências da Universidade Federal Rural de Pernambuco, em especial no Auditório principal e nas salas do CEGOE. Além do 13º ENAST, também aconteceram o 6º EINA (Encontro Interestadual Nordestino de Astronomia) e o 2º EBOC (Encontro Brasileiro dos Observadores de Cometas).
Após a abertura oficial do evento a assistência prestou atenção à palestra "400 anos de George Marcgrave" à cargo de Oscar Matsuura (Mast). O tema é de profunda importância para o resgate histórico da astronomia brasileira pois Marcgrave realizou as primeiras observações astronômicas no Brasil, permanecendo um determinado período em Recife quando Maurício de Nassau governou a cidade.
O período vespertino iniciou com a palestra "Do Big-Bang à Matéria Escura" à cargo de Sueli Viegas (USP), abordando um histórico sobre a evolução do Universo e as informações recentes sobre a matéria escura. O programa de sábado à tarde incluiu também apresentações orais diversas e minicurso distribuídos em até cinco salas. Apesar de ser reservado o período noturno para observação astronômica, o céu não permitiu tal atividade, restando a apresentação de Maracatu na área em frente ao CEGOE. Destaque para a atuação de Antônio Miranda, um dos membros da comissão organizadora, e sua ginga em dançar o maracatu.
No domingo a programação foi mais diversificada, com até sete apresentações simultâneas, exceto durante as palestras masters.
Pela manhã houve a palestra "Gravitação, Buracos Negros e Alternativas" à cargo de Jaime Villas da Rocha (UFRJ), seguida depois pelas apresentações orais em diversas salas.
À tarde, tivemos a palestra "Modelos pedagógicos no ensino da Astronomia" sob a batuta de Nelson Alberto Travnik, e depois retornaram as apresentações orais.
As atividades do 6º EINA foram integradas a do próprio ENAST. No entanto o 2º EBOC teve uma programação paralela e recebeu atenção dos participantes pelo estrito controle do tempo. Fiel à edição de 2009, o 2º EBOC começou e terminou no horário designado. Destaque para o mini-curso onde os apresentadores Willyam Bastos e Tereza Torre ensinaram como construir um cometa. A parte final do 2º EBOC resgatou as Experiências Observacionais do entrevistado Nelson Travnik, encerrando com a distribuição de brindes diversos para os participantes.
A solenidade de encerramento reservou outros momentos marcantes. A começar pela moção de aplauso ao astrônomo Marcomede Rangel Nunes, falecido neste ano de 2010. E como não podia deixar de ser, o trabalho de Jorge Polman foi relembrado por meio de um resgate feito pelo grupo Céu de Pernambuco. A escolha da cidade para o 15º ENAST contou com uma votação eletrônica realizada no decorrer do evento. São Luís, Maranhão, terá o privilégio de sediar o 15º ENAST em 2012. O 8º EINA, por sua vez, será realizado em Fortaleza, Ceará. Vale lembrar que em 2011 o ENAST será em São Paulo e o EINA será em Feira de Santana.
Mas engana-se quem achou que o evento terminou no domingo à noite... Ainda na segunda-feira, pela manhã, os participantes realizaram um tour astronômico começando no Alto da Sé em Olinda, onde se encontra o monumento da observação do trânsito de Vênus de 1882, bem como há um Observatório Astronômico. Depois aconteceu uma visita ao Espaço Ciência. E mais um momento especial: a visita à Torre Malakof e à esquina onde situava-se o observatório de George Marcgrave. O caso da Torre Malakof merece uma atenção especial pois o prédio foi inaugurado em 1855 e destinava-se à observação astronômica e meteorológica, sendo uma instituição responsável pela hora oficial de Recife, informação de suma importância para qualquer navegador que aportava na cidade. Eis que o prédio não é mais utilizado para sua função básica: observação astronômica. Os grupos de astronomia pernambucanos pretendem sensibilizar as autoridades governamentais a retornar as atividades de observação do céu, pelo menos as de caráter didático, pois Recife tem potencial astroturístico.
Aproveito a oportunidade para elogiar o trabalho das associações pernambucanas pelo excelente Encontro Nacional de Astronomia 2010. Sem dúvida foi encorajador conhecer nossos amigos astrônomos e fortalecer vínculos de amizade.
Façamos planos para participar do 14º ENAST em São Paulo, assim como no 15º ENAST em São Luís.
website oficial do evento: http://www.enast.com.br/
O evento foi realizado nas dependências da Universidade Federal Rural de Pernambuco, em especial no Auditório principal e nas salas do CEGOE. Além do 13º ENAST, também aconteceram o 6º EINA (Encontro Interestadual Nordestino de Astronomia) e o 2º EBOC (Encontro Brasileiro dos Observadores de Cometas).
Após a abertura oficial do evento a assistência prestou atenção à palestra "400 anos de George Marcgrave" à cargo de Oscar Matsuura (Mast). O tema é de profunda importância para o resgate histórico da astronomia brasileira pois Marcgrave realizou as primeiras observações astronômicas no Brasil, permanecendo um determinado período em Recife quando Maurício de Nassau governou a cidade.
O período vespertino iniciou com a palestra "Do Big-Bang à Matéria Escura" à cargo de Sueli Viegas (USP), abordando um histórico sobre a evolução do Universo e as informações recentes sobre a matéria escura. O programa de sábado à tarde incluiu também apresentações orais diversas e minicurso distribuídos em até cinco salas. Apesar de ser reservado o período noturno para observação astronômica, o céu não permitiu tal atividade, restando a apresentação de Maracatu na área em frente ao CEGOE. Destaque para a atuação de Antônio Miranda, um dos membros da comissão organizadora, e sua ginga em dançar o maracatu.
No domingo a programação foi mais diversificada, com até sete apresentações simultâneas, exceto durante as palestras masters.
Pela manhã houve a palestra "Gravitação, Buracos Negros e Alternativas" à cargo de Jaime Villas da Rocha (UFRJ), seguida depois pelas apresentações orais em diversas salas.
À tarde, tivemos a palestra "Modelos pedagógicos no ensino da Astronomia" sob a batuta de Nelson Alberto Travnik, e depois retornaram as apresentações orais.
As atividades do 6º EINA foram integradas a do próprio ENAST. No entanto o 2º EBOC teve uma programação paralela e recebeu atenção dos participantes pelo estrito controle do tempo. Fiel à edição de 2009, o 2º EBOC começou e terminou no horário designado. Destaque para o mini-curso onde os apresentadores Willyam Bastos e Tereza Torre ensinaram como construir um cometa. A parte final do 2º EBOC resgatou as Experiências Observacionais do entrevistado Nelson Travnik, encerrando com a distribuição de brindes diversos para os participantes.
A solenidade de encerramento reservou outros momentos marcantes. A começar pela moção de aplauso ao astrônomo Marcomede Rangel Nunes, falecido neste ano de 2010. E como não podia deixar de ser, o trabalho de Jorge Polman foi relembrado por meio de um resgate feito pelo grupo Céu de Pernambuco. A escolha da cidade para o 15º ENAST contou com uma votação eletrônica realizada no decorrer do evento. São Luís, Maranhão, terá o privilégio de sediar o 15º ENAST em 2012. O 8º EINA, por sua vez, será realizado em Fortaleza, Ceará. Vale lembrar que em 2011 o ENAST será em São Paulo e o EINA será em Feira de Santana.
Mas engana-se quem achou que o evento terminou no domingo à noite... Ainda na segunda-feira, pela manhã, os participantes realizaram um tour astronômico começando no Alto da Sé em Olinda, onde se encontra o monumento da observação do trânsito de Vênus de 1882, bem como há um Observatório Astronômico. Depois aconteceu uma visita ao Espaço Ciência. E mais um momento especial: a visita à Torre Malakof e à esquina onde situava-se o observatório de George Marcgrave. O caso da Torre Malakof merece uma atenção especial pois o prédio foi inaugurado em 1855 e destinava-se à observação astronômica e meteorológica, sendo uma instituição responsável pela hora oficial de Recife, informação de suma importância para qualquer navegador que aportava na cidade. Eis que o prédio não é mais utilizado para sua função básica: observação astronômica. Os grupos de astronomia pernambucanos pretendem sensibilizar as autoridades governamentais a retornar as atividades de observação do céu, pelo menos as de caráter didático, pois Recife tem potencial astroturístico.
Aproveito a oportunidade para elogiar o trabalho das associações pernambucanas pelo excelente Encontro Nacional de Astronomia 2010. Sem dúvida foi encorajador conhecer nossos amigos astrônomos e fortalecer vínculos de amizade.
Façamos planos para participar do 14º ENAST em São Paulo, assim como no 15º ENAST em São Luís.
website oficial do evento: http://www.enast.com.br/
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Mais fotos do ENAST aqui
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Fotos disponibilizadas pela Comissão do XII EREA, 13º ENAST, VI EINA e 2º EBOC:
http://picasaweb.google.com/enast.enast
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