(Agência FAPESP) Um exemplo de como a ciência da computação pode fornecer ferramentas para o compartilhamento e visualização de dados científicos é o WorldWide Telescope (WWT), serviço desenvolvido pela Microsoft Research que permite explorar virtualmente o Sistema Solar.
A gerente senior do Programa de Pesquisa da MSR, Yan Xu, apresentou o WWT durante o Workshop de Ciência Ambiental, promovido pelo Instituto Virtual de Pesquisas FAPESP-Microsoft Research na sede da FAPESP, em novembro.
O WWT é uma ferramenta que, uma vez instalada, permite que o computador pessoal funcione como um telescópio virtual, reunindo imagens obtidas por observatórios e telescópios na Terra e no espaço.
“A astronomia lida com instrumentos que captam imensas quantidades de dados – da ordem de petabytes [quatrilhões de bytes]. Quando se obtém dados nessa taxa é preciso pensar em como utilizá-los. Trata-se de um problema devido à imensa quantidade de dados de fontes heterogêneas. Os observatórios virtuais foram concebidos como uma solução para essa questão”, afirmou.
Com os observatórios virtuais, segundo Yan, é possível transmitir e distribuir o acesso a esses dados, permitindo o desenvolvimento de padrões de interoperacionalidade e a utilização de ferramentas amigáveis para exploração das informações.
“O WWT acaba fazendo muito mais do que telescópios individuais, porque agrega os dados obtidos por eles em uma interface amigável. Estamos traduzindo o conteúdo para diversas línguas e colocando à disposição dos usuários informações segregadas, com visualização das imagens e acesso detalhado aos dados que estão por trás delas”, explicou.
A cientista conta que o WWT já possibilitou novas descobertas, ao disponibilizar o acesso a dados de objetos astronômicos que haviam sido registrados nas imagens, mas que não haviam sido descritos.
“O sistema permite também produzir animações e visualizar a conformação do céu em datas passadas. A partir dos dados em alta resolução, pudemos produzir também animações com imagens da Terra que mostravam, por exemplo, a dinâmica da vegetação em determinada região, ou os dados sobre áreas de inundação na Flórida em um determinado período, a partir dos relatórios enviados por moradores”, disse.
A experiência, afirma, poderia ser reproduzida para outros tipos de informação, como aquelas relacionadas à ciência ambiental, que também lida com uma vasta quantidade de dados heterogêneos de diferentes fontes.
“Sabemos que não será fácil reproduzir o sucesso do WWT, mas esse será o desafio. Além dos usos científicos, vemos nesse tipo de ferramenta uma função importante na divulgação da ciência, porque torna os dados acessíveis para as pessoas comuns e para fins pedagógicos. Isso terá um impacto importante, no caso do meio ambiente, para a conscientização dos gestores e para influenciar as políticas públicas”, disse.
WorldWide Telescope: http://www.worldwidetelescope.org/
A gerente senior do Programa de Pesquisa da MSR, Yan Xu, apresentou o WWT durante o Workshop de Ciência Ambiental, promovido pelo Instituto Virtual de Pesquisas FAPESP-Microsoft Research na sede da FAPESP, em novembro.
O WWT é uma ferramenta que, uma vez instalada, permite que o computador pessoal funcione como um telescópio virtual, reunindo imagens obtidas por observatórios e telescópios na Terra e no espaço.
“A astronomia lida com instrumentos que captam imensas quantidades de dados – da ordem de petabytes [quatrilhões de bytes]. Quando se obtém dados nessa taxa é preciso pensar em como utilizá-los. Trata-se de um problema devido à imensa quantidade de dados de fontes heterogêneas. Os observatórios virtuais foram concebidos como uma solução para essa questão”, afirmou.
Com os observatórios virtuais, segundo Yan, é possível transmitir e distribuir o acesso a esses dados, permitindo o desenvolvimento de padrões de interoperacionalidade e a utilização de ferramentas amigáveis para exploração das informações.
“O WWT acaba fazendo muito mais do que telescópios individuais, porque agrega os dados obtidos por eles em uma interface amigável. Estamos traduzindo o conteúdo para diversas línguas e colocando à disposição dos usuários informações segregadas, com visualização das imagens e acesso detalhado aos dados que estão por trás delas”, explicou.
A cientista conta que o WWT já possibilitou novas descobertas, ao disponibilizar o acesso a dados de objetos astronômicos que haviam sido registrados nas imagens, mas que não haviam sido descritos.
“O sistema permite também produzir animações e visualizar a conformação do céu em datas passadas. A partir dos dados em alta resolução, pudemos produzir também animações com imagens da Terra que mostravam, por exemplo, a dinâmica da vegetação em determinada região, ou os dados sobre áreas de inundação na Flórida em um determinado período, a partir dos relatórios enviados por moradores”, disse.
A experiência, afirma, poderia ser reproduzida para outros tipos de informação, como aquelas relacionadas à ciência ambiental, que também lida com uma vasta quantidade de dados heterogêneos de diferentes fontes.
“Sabemos que não será fácil reproduzir o sucesso do WWT, mas esse será o desafio. Além dos usos científicos, vemos nesse tipo de ferramenta uma função importante na divulgação da ciência, porque torna os dados acessíveis para as pessoas comuns e para fins pedagógicos. Isso terá um impacto importante, no caso do meio ambiente, para a conscientização dos gestores e para influenciar as políticas públicas”, disse.
WorldWide Telescope: http://www.worldwidetelescope.org/
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