Unidade de João Alfredo, no Agreste, está na lista de sete espaços culturais programados em trabalho de interiorização desenvolvido em Pernambuco
(Jornal do Commercio - PE / JC) Mais um museu de ciências, dos sete previstos em projeto de interiorização do governo do Estado, será inaugurado em dezembro. Fica em João Alfredo, a 106 quilômetros do Recife, no Agreste.
Assim como o de Flores e o de Surubim, em funcionamento desde março, contará com exposições itinerantes. Essa é a forma encontrada pelo Espaço Ciência, em Olinda, que coordena o projeto, para garantir novas atrações em cada um deles, a baixo custo.
"Os visitantes que forem mais de uma vez ao local, verão coisas diferentes. Isso é um estimulo para que as pessoas voltem", diz o secretário-geral do Espaço Ciência, Francis Dupuis.
Mas há também o acervo permanente, como a parábola de som e o banquinho do faquir. O primeiro permite se ouvir um sussurro a dezenas de metros de distância, enquanto o outro - um assento cravejado de pregos - não causa dor em quem senta porque distribui a massa do corpo.
O projeto, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência e Tecnologia, tem o apoio das prefeituras, que cede o espaço para o museu. "O município escolhe um imóvel que possa ceder, o CNPq banca os experimentos e nós, as exposições itinerantes", esclarece o diretor do Espaço Ciência, Antônio Carlos Pavão.
A inauguração do de João Alfredo está prevista para o dia 17. Em funcionamento desde 15 de outubro, o museu ocupa uma casa onde antes havia uma clínica. Os consultórios deram lugar a uma sala de vídeo, uma sala escura com exposição sobre ótica e a administração do lugar.
Há até uma bancada para experiências de química. "As obras e mobiliário foram feitos com qualidade muito boa", elogia Francis Dupuis. E já abriga uma exposição itinerante: a da Doença de Chagas, descoberta pelo médico mineiro Carlos Chagas (1878-1934).
Próximos
Os outros quatro municípios ainda estão em processo de escolha. Um dos prováveis é Itaquitinga, na Zona da Mata, a 49 quilômetros do Recife. "O espaço físico está em processo de liberação. É possível que a inauguração ocorra ainda em 2010", adianta Francis.
Os próximos passos do projeto serão instalar os equipamentos fixos nos centros em funcionamento, continuar a produção de exposições itinerantes e com a montagem dos centros.
"A longo prazo, vamos estruturar uma rede de museus científicos em Pernambuco, apoiar as trocas entre eles, a formação de pessoal, além de apoiar as gerências regionais de Educação na formação de professores e realização de feiras de ciências", diz o secretário-geral do Espaço Ciência.
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