5 de jan. de 2011

MAST Expõe um dos Maiores Meteoritos do Brasil


(MCT / Brazilian Space) Os visitantes do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCT), no Rio de Janeiro, têm a oportunidade de conhecer o segundo maior meteorito do Brasil, o Santa Luzia de Goiás. Pertencente ao acervo do Museu Nacional, o corpo espacial chegou ao Mast, na semana passada e fica exposto durante todo o primeiro semestre deste ano.

“O público terá a oportunidade não só de ver, mas de tocar em um legítimo representante do Cinturão de Asteróides e de conhecer mais sobre estas ‘janelas’ para o passado da Terra”, garante o astrônomo do Mast, Eugênio Reis. Uma das mais importantes descobertas astronômicas do País, o meteorito foi encontrado em 1922 na cidade de Santa Luzia – hoje conhecida como Luziânia –, no estado de Goiás, pesa cerca de 1,9 toneladas e foi doado pelo governo ao Museu Nacional em 1928.

Santa Luzia de Goiás é o segundo maior meteorito já identificado em terras brasileiras. O maior deles é o meteorito de Bendegó, de 5,36 toneladas, encontrado em 1784, no sertão baiano. “O Brasil tem 55 meteoritos reconhecidos pela ciência, apesar de as estatísticas sugerirem a existência de milhares de exemplares espalhados por seu território, além de pelo menos uma centena preservada por particulares”, explica a astrônoma do Museu Nacional Elizabeth Zucoloto, uma das maiores especialistas no assunto do Brasil.

Meteorito
Um meteorito surge quando um meteoróide, formado por fragmentos de asteróide, cometas ou ainda restos de planetas desintegrados – que podem variar de tamanho desde simples poeira a corpos celestes com quilômetros de diâmetro – alcança a superfície da Terra. “São chamados assim, os corpos espaciais que se chocam com o planeta sem que vaporizarem durante a queda”, declara Reis.

Ao contrário dos meteoros (popularmente conhecidos como estrelas cadentes), os meteoritos que atingem a superfície da Terra não têm incandescência, além de terem sua massa drasticamente reduzida devido ao atrito com o ar. Quando encontrado, geralmente, o meteorito recebe o nome da cidade ou localidade mais próxima de onde foi achado, facilitando, assim, sua localização. Este é o motivo de alguns nomes estranhos para os meteoritos, como o Bendegó, nome de um riacho próximo ao local onde foi encontrado, na Bahia.

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