24 de jan. de 2011

Supertempestades



(Cesar Baima - O Globo) A tragédia causada pelo temporal que se abateu sobre a Região Serrana do Rio ocupa grande espaço no noticiário há vários dias, o que me fez lembrar de algumas das maiores tempestades do Sistema Solar que ilustram o post com as imagens da semana aqui no blog. A mais conhecida delas, sem dúvida, é a Grande Mancha Vermelha de Júpiter (acima, em foto tirada pela sonda Voyager 1 nos anos 80). Esta tempestade tem chamado a atenção de cientistas e leigos desde que os astrônomos apontaram seus primeiros telescópios para o maior planeta do Sistema Solar, há mais de 300 anos. Ela é tão grande que dentro da mancha caberiam três Terras. Ao lado, o vórtice em imagens diversas observações pelo teçescópio espacial Hubble.


Outra tempestade magnífica foi captada pela sonda Cassini em Saturno. A nave está acompanhando sua formação e crescimento desde dezembro, depois que ela foi detectada por astrônomos amadores em terra (abaixo).



Mas o objetivo deste post também é comentar a discussão esta semana estre o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) se esta foi ou não a maior tempestade já registrada na Região Serrana do Rio. Dono da maior série histórica de monitoramento do regime de chuvas em Teresópolis, onde tem uma estação meteorológica em funcionamento contínuo desde 1961, o Inmet afirmou que não. O Inea, no entanto, contestou os dados, afirmando que suas estações de monitoramento detectaram mais chuva do que a divulgada pela Inmet. A rigor, no entanto, esta crítica não tem fundamento, por tentar comparar bananas com laranjas. É claro que instrumentos diferentes, em locais diferentes e em horários diferentes vão registrar números diferentes. Creio que, por trás da disputa sobre o tamanho da chuva, está uma tentativa de expiação de culpa das autoridades. Afinal, quanto maior, mais recordista e mais atípica a tempestade, mais fácil transferir a culpa da tragédia para um ato de Deus inescapável, reduzindo assim a responsabilidade dos governos pelo desastre. Mas essa é só a minha opinião...

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