Fazer com que os detritos penetrem na atmosfera e entrem em combustão é a proposta de James Mason
(Ciência Hoje - Portugal) O lixo espacial continua a ser um perigo para satélites e astronautas. Agora, um cientista da NASA propõe uma solução que passa por utilizar um sistema de raios laser pouco potentes – situado na Terra – que poderá eliminar os detritos. Em 1978, um consultor da agência espacial norte-americana Donald Kessler afirmou que uma colisão entre dois pedaços de lixo pode desencadear uma série de efeitos em cadeia com consequências nefastas, provocando o aumento de detritos.
Na chamada “síndrome Kessler” se a velocidade com que se faz lixo é maior do que a velocidade com que se elimina, o planeta fica rodeado por tantos detritos que
até o lançamento de satélites fica comprometido. Há mais de 30 anos que os cientistas têm tentado acabar com esta ameaça.
Houve já várias propostas destinadas a solucionar o problema, desde a utilização de robôs espaciais até redes gigantes. Mas nenhuma delas parece viável. As agências espaciais limitam-se a afastar os seus satélites da rota dos pedaços de lixo e, pouco a pouco, a órbita terrestre está a tornar-se num recurso sobre-explorado que mais tarde ou mais cedo pode tornar-se inútil.
Agora, a NASA apresenta um projecto que pode ser viável. Como explica James Mason, a ideia consiste em utilizar um raio laser para resolver o problema. Ao contrário de outros projectos que visavam destruir as peças, este quer desacelerá-las ligeiramente, modificando as suas rotas e fazendo com que penetrem na atmosfera, entrando, assim, em combustão.
A ideia parece agradar até porque é de baixo custo. Serão apenas necessários lasers de baixa potência – dez vezes menos poderosos do que muitos modelos de uso militar. Apesar dos seus 5 KW o feixe de fotões seria suficiente.
Falta apenas que a administração da NASA apoie a iniciativa para se começar a fazer ensaios. Mason acredita que este sistema pode inverter a síndrome de Kessler em pouco tempo.
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