1 de abr. de 2011

Exposição no Museu da Vida mergulha no universo da química

(JB) A química como ciência teve início no final do século 18. No entanto, ela está entre nós há muito mais tempo, sendo responsável por tudo que conhecemos, desde o simples ato de acender fogo até o complexo manuseio dos nanomateriais em avançados laboratórios do século 21. Revelar os segredos dessa ciência, o seu desenvolvimento ao longo do tempo, bem como os reflexos no cotidiano das pessoas é a proposta da exposição 'Elementar - a química que faz o mundo', com inauguração na sala de exposições do Museu da Vida nesta sexta-feira, 1º de abril, às 15 horas.

Logo na entrada uma maquete convida o visitante a entrar nesse universo, mostrando um alquimista da idade média em seu ambiente de pesquisa. Mais tarde, a alquimia daria origem à química. Montada em uma área de 140m², a mostra é composta de atividades interativas desde o começo, destacando-se uma grande tabela periódica, atividades com produção de imagens em 3D, painéis e brincadeiras que usam os conceitos da química. Tudo para mostrar sua importância, beleza e influência, revelando que, desde os primórdios, esta ciência ajuda, salva, encanta, diverte e, não sem motivo, também, ameaça.

No Ano Internacional da Química, criado pela Unesco – órgão da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura -, o público pode conferir, no Museu da Vida, como houve a separação entre a alquimia e a química, o porquê das cores em pedras preciosas, como os elementos se combinam para formar o que conhecemos, o que comemos e como eles foram organizados em uma tabela periódica, que, mesmo tendo sido elaborada no século 19, tira do sério muitos estudantes até hoje.

Iniciativa do Museu da Vida, vinculado à Casa de Oswaldo Cruz, unidade técnico-científica da Fiocruz, a exposição 'Elementar – a química que faz o mundo' conta com apoio da Sociedade Brasileira de Química e parceria do Ministério da Ciência e Tecnologia / Conselho Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da The University of Nottingham, do Reino Unido.

Interatividade marca exposição
Ao entrar na sala de exposição, o visitante se depara com uma enorme tabela periódica interativa. Criada pela equipe do Museu da Vida, ela é composta por 118 pequenos cubos com informações sobre cada um dos elementos químicos. Além disso, traz um código em 2D, conhecido como QR Code. Colocado em um pequeno compartimento ao lado de um aparelho de TV, um equipamento ótico lê o código e aciona um vídeo fornecido pela The Nottingham University (Reino Unido) com explicações – legendadas em português – dadas por um cientista sobre o elemento. Ainda nesta parte da mostra é possível brincar com a criação de moléculas, a partir do conhecimento dos elementos. Desta vez uma câmera projeta a imagem da pessoa, manipulando Oxigênio (O), Carbono (C), Hidrogênio (H) e outros, gerando uma possível molécula. O resultado é informado por um áudio, imediatamente ao término do “experimento”.

Em outra área, pode-se observar o comportamento do ferrofluido, um líquido com grande magnetização, demonstrando um composto de partículas em escala nanoscópica. Mergulhado em um solvente especial, esse material – usado na fabricação de caixas de som e na construção civil, por exemplo – é afetado por campo magnético, podendo ser observado com a utilização de imãs. A mostra apresenta ainda cubos com vários tipos de materiais, como vidro, plástico etc.

A última parte é dedicada a oficinas. Nelas as crianças poderão produzir polímeros, moléculas e fazer pinturas. O objetivo é explorar as propriedades dos polímeros, manipular estruturas moleculares e se divertir! Uma substância gelatinosa, ou “gosmenta”, será usada nessa atividade, sendo esticada, amassada ou jogada, para mostrar suas diferentes formas. Além disso, moléculas de glicose, etanol e água serão montadas a partir de estruturas construídas com garrafas plásticas reaproveitadas. E, nesta fase final da mostra, as crianças poderão brincar e aprender com o ‘Pintando o sete invisível’, uma atividade lúdica para mostrar o poder de algumas soluções químicas especiais e conhecidas pelos pequenos.
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E mais:
Exposição no Rio desvenda o mundo da química (Folha)

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