5 de abr. de 2011

Mercado negro de meteoritos invade a internet

(O Globo) Sites americanos como o Ebay e o Star-bits.com estão com as vendas aquecidas por causa de pedaços de meteoritos valorizados por cientistas e colecionadores, segundo reportagem do "New York Times".

- É um mercado negro - diz Ralph Harvey, geólogo da Case Western Reserve University que dirige a busca federal por meteoritos na Antártica. - É tão organizado quanto qualquer comércio de drogas e simplesmente ilegal.

A descoberta de uma rica e significativa cratera de meteoritos no sul do Egito, ao norte da fronteira sudanesa, revelou o apetite voraz por novos fragmentos. Os cientistas pareciam estar a um passo de decifrar um quebra-cabeças mas ladrões saquearam o local e o caos político no Egito parece garantir que os cientistas não voltarão lá tão cedo.

Enquanto isso, o Star-bits.com vende 10 fragmentos com ricas pátinas ditos de Gebel Kamil. O mais caro - uma pedra de um quilo - custa US$ 1.600. O responsável pelo site, Eric Olson, disse que os meteoritos são legítimos e foram comprados de segunda e terceira mão, não diretamente no Egito.

Já os cientistas dizem que as amostras são relativamente poucas comparadas com as crescentes vendas ilícitas.

O mercado negro explodiu por causa de novos meteoritos do Norte da África e da Península Arábica. A partir do final dos anos 80 e 90, os exploradores e os nômades descobriram que os meteoritos de cor escura se destacavam contra áreas planas e sem traços cobertos de areia e seixos pequenos. E o ar seco do deserto ajudou a preservar as rochas vindas do espaço.

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