Universidade do Minho prevê duas dezenas de actividades
(Ciência Hoje - Portugal) A Escola de Ciências da Universidade do Minho organiza a primeira edição da Festa da Ciência – que decorrerá a partir de terça e terminará no próximo sábado –, onde será possível lançar naves espaciais, criar vulcões e fazer geocaching, entre duas dezenas de actividades previstas. A iniciativa contará com 1400 alunos do ensino pré-escolar, básico e secundário de Portugal continental e ilhas.
Existirá uma actividade diária chamada de «Cientistas de Palmo e Meio», que permitirá a crianças dos quatro ao seis anos realizar pequenas experiências e observar com lupa ou microscópio materiais biológicos como bichos da fruta ou embriões de pintainho. Em «Química! Acção!», alunos do 5º ao 10º ano terão a oportunidade de ver como decorrem processos químicos e a sua aplicação industrial/ambiental, assim como a reacção ácido-base, a extracção de um corante, a destilação e a precipitação.
No concurso «Vamos fazer um vulcão», na quarta-feira à tarde, os estudantes trazem o cone vulcânico em 3D que fizeram na sua escola e demonstram ao vivo a erupção do modelo. Vence quem tiver o vulcão que cospe mais fogo, é o mais realístico e o mais bonito. Em simultâneo, decorre a mostra «Vulcanismo e materiais vulcânicos», com painéis explicativos, filmes e material em amostras de mão ou ao microscópio. De manhã, apresenta-se na sessão «Esclarece-te» os cursos de Ciências oferecidos pela UMinho.
Na quinta-feira há novo concurso: «Geocaching». Oito equipas de estudantes vão correr pelo campus, de GPS na mão, para encontrar caixas e responder o mais rápido possível a perguntas de geologia, como quantos minerais existem, para que serve o quartzo e se os minerais são comestíveis. Nesta tarde finda a iniciativa «Geodinâmica fluvial», que desvenda como ocorre a erosão nos rios e os sedimentos são levados e depositados. A pouca distância, celebra-se o Dia da Optometria. O roteiro inclui ver os laboratórios, assistir a palestras, fazer rastreios visuais, saber como realizar um exame optométrico e acompanhar a adaptação de uma lente de contacto.
Primeiro voo espacial
A feira também sairá de portas e por volta das 21h, na FNAC Braga decorrerá a tertúlia «Viagem ao Espaço», com Gueorgui Smirnov, investigador e docente de Física da UMinho, e Isabel Pessôa-Lopes, que quase foi astronauta e é hoje analista de riscos ligados a foguetes e satélites.
A sessão celebra os 50 anos do primeiro voo espacial tripulado – o soviético Yuri Gagarin fez na nave Vostok 1 uma órbita à Terra em 108 minutos. Aliás, para sábado está agendado o concurso alusivo “FisicUM”. Às 12h, grupos de alunos vão lançar a partir do solo “naves” que construíram nas escolas, as quais têm que se manter no ar o maior tempo possível e depois aterrar numa zona definida dos relvados sintéticos do campus. Isabel Pessôa-Lopes vai apadrinhar a entrega de prémios aos três melhores e responder a perguntas dos estudantes.
Para sexta-feira 13, está reservado o concurso «Feira da Ciência», onde 40 equipas vão apresentar resultados de investigações em vários domínios e compreender os mistérios do mundo. Os trabalhos distinguidos serão conhecidos às 17h.
Durante a semana, haverá performances do Teatro Infantil de Braga – Tin.Bra e a divulgação de acções da UNICEF, do CAB e do Banco Alimentar. A «Mostra de Cinema Científico» aposta, também aí, das 15h às 17h, em documentários conhecidos sobre o microcosmos, os oceanos, os vulcões, o telescópio espacial Hubble e a obra do Padre Himalaya, inventor do forno solar (pyrhelióphero).
Neste local, caberão ainda três exposições: «Faces da Ciência» explora a vida e obra dos grandes cientistas; «Exposição Interactiva de Matemática» aborda de modo lúdico conceitos e raciocínios matemáticos; e «II Bioconcurso - Fotografia Científica» revela as melhores imagens dos concorrentes nacionais, numa organização do Núcleo de Estudantes de Biologia Aplicada.
A feira abre as portas terça, às 12h, no anfiteatro B1, onde será elencado o programa, seguindo-se a breve apresentação «Comunicar Ciência», por Paula Nogueira, e um momento musical por alunos do Instituto de Letras e Ciências Humanas.
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