A Multiwave e a Critical Software, duas das empresas tecnológicas portuguesas com maior ligação à agência espacial norte-americana, vão continuar a trabalhar com a "nova" NASA, reconfigurada com o fim do programa dos vaivéns especiais.
(DN - Portugal) O lançamento da última missão de um vaivém, com a partida do Atlantis, encerrou este programa de três décadas da NASA.
João Carreira, um dos fundadores da Critical Software, afirma que a agência espacial foi dos primeiros clientes da empresa de Coimbra, criada em 1998, e a colaboração começou no laboratório de propulsão a jacto (em Pasadena, Califórnia), passando ao "software" da sonda Mars Rover e hoje ao centro de "software" da NASA na Virgínia.
"Verificamos se 'software' está a fazer o que é esperado, que foi desenvolvido conforme as especificações e que tem comportamento à prova de falhas", disse à Lusa o gestor português, que se encontra nos Estados Unidos.
"Há um mundo de 'software' em tudo o que vai para o Espaço. São sistemas que não podem falhar, ou cuja falha teria terríveis consequências, em termos financeiros ou de vidas humanas", adiantou Carreira.
O "software" da Critical tem sido usado no desenvolvimento de vários programas, incluindo o dos vaivéns espaciais, que termina com o lançamento do Atlantis para a última missão, a 135ª desta frota da NASA.
Carreira confessa "alguma pena a nível pessoal" com o "terminar do ciclo" dos vaivéns, mas afirma que o impacto para as contas da Critical será reduzido, uma vez que há outros projetos em curso e que a carteira de clientes na indústria aeroespacial é diversificada, incluindo a agência espacial europeia (ESA) e a brasileira Embraer.
Outras empresas de "software" portuguesas já trabalharam para a agência espacial norte-americana, caso da Edisoft e da Chiron, que colaborou no desenvolvimento do sistema de informação ambiental do Kennedy Space Center, onde são lançados os vaivéns.
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