11 de ago. de 2011

A busca pela 'partícula de Deus' na sua casa


(O Globo) A força coletiva dos milhões de computadores ligados na internet agora também poderá ser usada para ajudar na busca pelo bóson de Higgs, partícula subatômica apelidada de "partícula de Deus". Os responsáveis pelo Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), maior acelerador de partículas do mundo, anunciaram o lançamento do site http://lhcathome.web.cern.ch/LHCathome/ , versão melhorada do esforço iniciado em 2004 para angariar o auxílio do público na simulação dos feixes de prótons produzidos pelo equipamento do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), localizado na fronteira entre a França e a Suíça, antes mesmo dele começar a funcionar.


O projeto segue a linha do pioneiro Seti@Home, programa lançado pela Universidade de Berkeley que desde 1999 se aproveita do poder computacional ocioso na internet no processo de busca por sinais de vida extraterrestre. Segundo o Cern, os avanços na tecnologia dos computadores pessoais agora permite que eles contribuam na simulação das próprias colisões de partículas dos feixes de prótons,.

"Os voluntários agora podem ajudar ativamente os físicos na busca pelas novas partículas fundamentais que nos darão pistas sobre a origem do nosso Universo ao contribuírem com o poder computacional ocioso de seus computadores pessoais e portáteis", informou no Cern em um comunicado divulgado esta semana.

Além do seu anel subterrâneo com 27 quilômetros de extensão para realizar as colisões de partículas, o LHC conta com uma enorme infraestrutura de informática capaz de processar os 15 milhões de gigabytes de dados gerados anualmente pelos experimentos e distribuí-los para cientistas em todo mundo. O LHC@Home vai complementar esta rede ao dividir a gigantesca tarefa de simular as colisões, enviando de volta os resultados para os pesquisadores.

"Ao procurar por discrepâncias entre as simulações e os dados, estaremos procurando por sinais de conflito entre as atuais teorias e o Universo físico. Em última instância, essas discrepâncias podem levar-nos à descoberta de novos fenômenos que podem ser associados a novos princípios fundamentais da natureza", diz o site
http://lhcathome.web.cern.ch/LHCathome/ .


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