(DN - Portugal) O grupo de cientistas que há pouco mais de um mês surpreendeu o mundo ao medir neutrinos (partículas subatómicas) a viajar mais rápido do que a luz vai repetir a experiência, foi hoje divulgado.
A teoria da Relatividade de Einstein proíbe que qualquer elemento se desloque mais depressa do que a luz, pelo que a confirmar-se que os neutrinos ultrapassam esta barreira põe em causa um dos factores basilares de toda a física moderna.
Os investigadores do CERN - o maior laborátório do mundo, sediado na Suíça - vão refazer a experiência com alterações mínimas que, esperam, desfaçam as dúvidas de muitos críticos sobre a metodologia utilizada.
Sergio Bertolucci, director do CERN, disse à BBC que a ideia é utilizar desta vez feixes de neutrinos mais curtos, que permitam identificar exactamente a sua relação com conjuntos de protões medidos no detector OPERA, do acelerador de partículas Large Hadron Collider (LHC).
O físico Matt Strassler, da Universidade de Rutgers, citado pelo jornal britânico Telegraph, explicou como este método deverá clarificar os dados da experiência original. "É como enviar uma série de 'cliques' altos e isolados, em vez que um longo apito. Neste último caso é preciso perceber quando exactamente o apito começa e acaba, enquanto que no primeiro caso assim que se ouve o 'clique' ele já acabou".
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