(Folha) Situações que ocorrem rotineiramente na Terra podem significar problemas de solução complicada --e ainda impossível nos dias atuais-- no ambiente espacial. A reprodução sexual humana, exemplo, é um deles.
O sexo, o desenvolvimento do feto e o parto são alguns das dificuldades que foram citadas durante a abertura de um simpósio, que teve início na última sexta (30) e acaba nesta segunda-feira, sobre tecnologias e estratégias a serem pensadas e desenvolvidas para viagens intergalácticas e colonização de outros planetas.
"Sexo é bem diferente em um ambiente de microgravidade porque aparentemente você não tem tração e fica colidindo contra as paredes", comentou o pesquisador Athena Andreadis, da Escola de Medicina da Universidade de Massachusetts, no site space.com. "Pense sobre isso: você não tem fricção, você não tem resistência."
Esse não é o único obstáculo. Mesmo que os bebês fossem concebidos e nascidos no espaço, as viagens de longa duração poderiam originar quadros totalmente inesperados.
Além do efeito psicológico, ao ficar muito tempo confinado, o viajante passa por um processo de atrofiamento dos músculos e redução do volume sanguíneo, entre outros prejuízos ao corpo.
Outro assunto que preocupa os pesquisadores é se os planetas a serem colonizados terão ou não condições semelhantes às da Terra. Ao que tudo indica até agora, a resposta é não.
Com isso, a biosfera da Terra teria que ser construída dentro e um domo onde os astronautas poderiam viver. Algo que parece mais acessível a filmes de ficção científica.
Participam do Simpósio de Naves Espaciais, em Orlando, na Flórida (EUA), cientistas de universidades, funcionários de centros espaciais da Nasa (agência espacial dos EUA) e organizações privadas.
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Os cientistas já devem ter pensado em fazer uma gravidade artificial, fazendo com que a nave gire e crie uma força centrifuga. Uma parte da nave ficaria sem gravidade e a outra com a força centrifuga.
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