(Cesar Baima - O Globo) O fim do longo isolamento dos seis participantes do projeto Mars500 nesta sexta-feira me lembrou que por esta época também estou completando 500 dias desde que comecei a trabalhar na editoria de Ciência do Globo. Desde garoto gostava do assunto e, como muitos meninos da minha idade, meu sonho era ser astronauta. Frequentava as sessões de cúpula e fiz um curso de identificação do céu no Planetário da Gávea, um dos meus brinquedos favoritos era o jogo do Pequeno Químico (algo impensável nesses tempos superprotetores, assim como alguns outros jogos científicos realmente perigosos que foram parar nas lojas no século passado), lia com avidez todos livros de ciência que caíam na minha mão (até hoje guardo com muito carinho minha cópia desgastada de “Cosmos”, de Carl Sagan, cuja série de TV está ganhando versão atualizada) e até tive meu pequeno telescópio newtoniano, com o qual vi eclipses da Lua, os anéis de Saturno, Júpiter e suas luas e apresentei a Astronomia para alguns amigos (e que infelizmente hoje está quebrado...).
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