12 de jan. de 2012

Rússia afirma que sonda deve cair no oceano Índico

Local exato da queda só poderá ser calculado três dias antes de a sonda atingir a superfície da Terra

(AP/iG) Autoridades russas esperam que a sonda Phobos-Grunt caia no oceano Índico, longe de qualquer área populosa. No entanto, ainda não é possível garantir o local exato da queda.

A agência espacial russa afirmou nesta quarta (11) que é preciso uma janela de três dias para poder definir onde os fragmentos da sonda vão cair exatamente. Espera-se que a queda seja no domingo(15), às 7h18 (horário de Brasília) a cerca de 1.700 quilômetros de Jacarta. De acordo com a agência espacial, a previsão ficará mais precisa conforme a sonda se aproximar da Terra.

Antes a agência havia previsto que fragmentos da sonda poderiam cair entre sábado e domingo em qualquer local entre as latitudes 51.4 Norte e 51.4 Sul - o que poupava apenas habitantes da Rússia, Escandinávia e de parte do Canadá.

A sonda russa Phobos-Grunt foi lançada, em novembro, para a lua marciana Phobos em uma missão que duraria dois anos e meio. A sonda buscaria amostras do solo e retornaria a Terra. Mas ela ficou presa na órbita da Terra.

Desde o lançamento em novembro, engenheiros russos e da Agência Espacial Europeia têm tentado, sem sucesso, tirá-la da órbita terrestre e mandá-la em direção à lua marciana Phobos.

A Phobos-Grunt pesa 13,2 toneladas e a maior parte de seu peso vem de uma carga de combustível extremamente tóxica. Especialistas alertaram que caso o combustível se congele, uma parte dele poderia ser derramada na Terra, representando um grande perigo se fosse lançado em áreas populosas.

A agência tem insistido que todo o combustível será queimado na reentrada da sonda. A combustão deve ocorrer a cerca de 100 quilômetros antes de atingir o solo ou a água. A agência afirma também que 10 quilos de Cobalto-57, material radioativo contido em um dos equipamentos da sonda, também não representam ameaça de contaminação. No entanto, a superfície da Terra será atingida por cerca de - cujo peso total é no máximo de 200 quilos - não vão se queimar na reentrada, e deverão se espatifar na superfície da Terra.

Nos últimos meses, duas naves também se chocaram com a Terra: o satélite meteorológico americano UARS, que caiu em setembro no oceano Pacífico e o alemão ROSAT, um mês depois, no Índico.

O Centro Geral de Reconhecimento Espacial do Ministério da Defesa russo, que determinou com precisão a data e o local da queda do UARS e do ROSAT, vigia os parâmetros da órbita da estação ininterruptamente.

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