1 de fev. de 2012

Europa estuda métodos para afastar asteróides perigosos

Projecto «NEOShield» une várias agências espaciais



(Ciência Hoje - Portugal) Nos próximos três anos, o recém-criado projecto europeu «NEOShield» vai estudar diversas técnicas para desintegrar ou desviar os chamados NEO (near-Earth objects, objectos próximos da Terra).

O trabalho está a ser liderado pelo Instituto de Pesquisa Planetária em Berlim (Centro Aeroespacial Alemão), tendo a equipa reunido esta semana pela primeira vez. O projecto vai recorrer aos conhecimentos de toda a Europa, Rússia e Estados Unidos.

Além de definir qual será o melhor projecto de engenharia para lidar com possíveis ameaças vindas do espaço, o programa estudará também respostas para cada situação considerada perigosa. O «NEOShield» surgiu após vários estudos que demonstram o grau de realidade destas ameaças.

Segundo os estudos, há vários objectos que entram regularmente no nosso planeta sem causar dados. No entanto, a cada dois mil anos, cai na Terra um objecto suficientemente grande para poder provocar danos a nível local. A cada um a dois milhões de anos, impacta um objecto com capacidade de prejudicar o planeta a nível global.

Entre as técnicas que serão discutidas, as mais destacadas são o ‘Pêndulo Cinético’ (Kinetic impactor) e o ‘Tractor de Gravidade’ (Gravity tractor). O primeiro trata-se de uma nave espacial com uma espécie de pêndulo que iria 'pontapear' os objectos indesejados para outras paragens.

O ‘Tractor de Gravidade’ é uma técnica que visa o posicionamento de nave perto do objecto alvo. Essa nave utilizaria um propulsor de iões de longa duração para manter a separação entre ambos. Devido à atracção gravitacional entre a nave o NEO seria possível puxar o asteróide ou o cometa para fora da sua trajectória, ou seja, funcionaria como uma espécie de reboque.

Um dos métodos que está também a ser discutido mas com bastantes reservas é o ‘Desvio por Explosão’ (Blast deflection). Trata- se de detonar um dispositivo nuclear na superfície, ou dentro, de um asteróide. Esta é mesmo a hipótese que mais cepticismo recebe da comunidade científica envolvida no programa.

Um comentário:

  1. Anônimo2/2/12 00:17

    Sempre dizem iso, mas não vamos encontrar um objeto com anos de antecedência(é meio raro isso) para usar esses métodos lentos ... Se acontecer , teremos pouco tempo e vamos ter que usar como recurso a força bruta .
    Ou seja , detonar dispositivos nucleares pŕoximos para desviar se possível sua trajetória ... não tentar explodi-lo , que seria má idéia . Mas ninguem vai ter medo de usar armas nucleares se for necessário .

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