1 de fev. de 2012

A Extinção do Astrônomo Amador e o Surgimento do Astrônomo Estéril

(Audemário Prazeres - AAP)

“Pela dignidade do seu objetivo e pela perfeição de suas teorias, é a Astronomia o mais belo monumento do espírito humano”. (Laplace)

Atualmente a comunidade astronômica mundial passa por uma realidade difícil: a extinção de bons profissionais com habilidades em práticas observacionais dedicados ao desenvolvimento da ciência astronômica. Em contraponto, temos os valiosos astrônomos amadores sistemáticos, nos quais contribuem por vezes com modestos instrumentos e recursos de cunho pessoal, no aprimoramento dessa Ciência. Neste contexto, constatamos a proliferação de pessoas e instituições que fazem uso de uma “pseudo-astronomia”, ao qual podemos denominá-los de “astrônomos estéreis” que, sem o devido acúmulo de conteúdo teórico e prático com os fenômenos e astros da Abobada Celeste, se intitulam como astrônomos amadores e em nada contribuem no desenvolvimento da Astronomia.

Em um artigo de minha autoria, já publicado em vários segmentos de mídia, intitulado “Astronomia na visão peculiar de quem a desenvolve”, apresento um conceito bem aprofundado sobre a diferenciação entre Astrônomo amador em relação aos enquadrados como “Astrônomos contemplativos”. Nas próximas linhas pretendo abordar um tema ao qual merece ser refletido o mais rápido possível por todos da comunidade astronômica brasileira, que é a dificuldade de se encontrar pessoas que realmente amem a Astronomia e fazermos erradicar dentro de nossas instituições a “bactéria” dos “pseudo-s amadores”, os quais não possuem sentimento de dedicação para o desenvolvimento da Ciência astronômica e, quando se encontram na condição de sócios membros votantes, alimentam o perfil politicalha com o uso do expediente da politicagem, aflorando diferenças pessoais entre os dirigentes e criticando, ordinariamente, as ações então desenvolvidas.

Antes de continuar minhas argumentações, permitam-me expor um belíssimo discurso proferido no dia 23 de Junho de 1976, quando então tomava posse da Presidência da Société Astronomique de France, o Prof. B. Morando, a saber:

“...São efetivamente muitos os astrônomos profissionais que foram levados a escolher o seu ofício pela paixão que a Astronomia inspirava na sua juventude. Mas a vida cotidiana, as tarefas rotineiras e administrativas, às vezes até mesmo a competição áspera, poderiam talvez acabar por desencantar-lhes, se o ardor, a fé, a curiosidade e a animação dos astrônomos amadores de todas as idades não devolvessem o reflexo da própria adolescência entusiasta. Há muitas maneiras de ser um astrônomo amador: alguns se interessam na construção de um instrumento, outros preferem a observação com um aparelho de fábrica, quer se contentes penetrando com olhos maravilhados a glória sempre nova de nosso velho Universo, quer tragam um tijolo para o edifício da Ciência, mediando e juntando dados ou retomem por si mesmos parte do caminho que tem levado ao estado atual da Astronomia. Outros ainda se ocupam em estudos assistindo palestras ou cursos, ou lendo revistas e manuais. No entanto, todos têm em comum que sentem a graça incomparável da Astronomia e fazem do que dizia o astrônomo Laplace: “Quando se sente aquela curiosidade ativa e devoradora que nos leva a penetrar nas maravilhas da natureza, não se pergunta mais para que sirva esse estudo, porque ele serve para nossa felicidade”.

Evidentemente, que as sábias palavras proferidas pelo Professor Morando, sobre a valorização da participação de nós astrônomos amadores sistemáticos no “tijolo” da construção do edifício da Ciência astronômica são absolutamente meritórias. Porém, observamos um contraponto cada vez mais acentuado nos dias de hoje, que é a proliferação do “Astrônomo Estéril” (aquele que não produz). Se bem consultarmos o significado da palavra “estéril”, e no caso, lendo no dicionário Michaelis, encontramos as seguintes definições: “1. Que não dá fruto; infecundo. 2. Improdutivo. 3. Incapaz de procriar. 4. Sem proveito; inútil”.

Como exemplo ilustrativo desse possível candidato à “astrônomo estéril”, lembro uma cena comum - e até penosa para nós, verdadeiros astrônomos amadores focados na administração de entidades, eventos astronômicos, pesquisa, observação, divulgação e ensino da ciência astronômica - quando nos deparamos com um público leigo e curioso com a Astronomia, que nos faz confrontar com um famoso paradigma criado e mantido pela grande mídia sensacionalista (e inúmeros proprietários pessoais de sites astronômicos e afins) que insistem em divulgar imagens astronômicas nas quais muitas delas são coloridas e tratadas artificialmente, seja pela fonte originária da imagem, ou por muitos desses internautas responsáveis por seus sites, as modificarem em seus programas de edição de imagens até ao ponto que lhes convém divulgá-las.

Com isto, o grande público leigo encontra-se acostumado a entender os astros com aspectos visuais não correspondentes aos vistos pelas oculares dos telescópios. Dessa forma, ocorre uma grande frustração junto a esse público leigo, que ao observar um dado astro de forma direta ao telescópio forja em sua memória a comparação com a imagem artificial absolutamente tratada e até modificada grosseiramente nas quais ele deduzia poder observar no telescópio. Essa frustração, indiretamente, também é repassada para nós Astrônomos Amadores. Afinal, é nosso intuito fazer com que o nosso visitante ou aprendiz tenha a mesma satisfação que obtemos ao observar determinado astro ou fenômeno.

Nós, astrônomos amadores (ou seja: aqueles que amam o que faz), devemos estimular a formação de mais astrônomos amadores. E que estes sejam sistemáticos em suas observações assim como nós. Devo aqui lembrar a todos da comunidade astronômica que com um simples binóculo 7X50 é possível a realização de 50 tipos de observações astronômicas de grande valor científico. Inclusive, cheguei a publicar um artigo em várias mídias, intitulado “Você Tem um Binóculo e Não Faz Observações Astronômicas?”, onde apresento a lista dos astros e fenômenos bastante acessíveis com tais instrumentos.

Devemos acima de tudo fazer uso de uma “forja”, na qual se “molde” astrônomos amadores e jamais (seja de forma direta ou indireta), proliferarmos “astrônomos estéreis”. Afinal, estes são inúteis para o desenvolvimento da essência maior existente na nossa Astronomia, e que Galileu nos primou com o seu famoso método científico que é o OBSERVACIONAL.

Esse meu manifesto, parte da premissa de que a Astronomia cada vez mais vem cedendo terreno à Astronáutica, e ainda, continuamos lutando com as pseudociências como a astrologia. Mas, existe outro agravante, que surgiu com o advento da Internet, é latente a criação - e ao mesmo tempo - a acomodação desses “astrônomos estéreis”, nos quais se limitam em “navegações” pela WEB, e por vezes, deturpam e divulgam informações erradas. Sem esquecer o fato de quando chegam às nossas instituições com o objetivo de se tornarem membros, resultando em sua maioria em verdadeiros preguiçosos, não interessados e sempre buscando o “jeitinho brasileiro” para burlar as etapas dos métodos observacionais e recorrendo a programas de busca da internet por observações ou pesquisas as quais plagiam.

Fico a refletir e comparar, quando nós astrônomos amadores sistemáticos literalmente “viajávamos” na famosa nave imaginária do seriado Cosmos, de Carl Sagan, e com o uso dos nossos modestos instrumentos observávamos repetidamente a Abobada Celeste, que resultavam na realização de “viagens” semelhantes ao que Sagan nos proporcionou em seu maravilhoso seriado. Com isto, além de utilizarmos o nosso imaginário (que é bom no desenvolvimento do nosso cérebro, ainda absolvíamos mais conhecimento prático sobre a Abobada Celeste). Na atualidade, se compararmos a nave de Sagan aos recursos da informática e opções disponíveis na WEB daqueles que possuem computadores pessoais atualizados, a saudosa nave pode ser vista como um verdadeiro “carro de boi” com roda de madeira e eixo rangendo sem óleo, estando ele, em plena estrada de terra no meio rural. Porém, é vital a necessidade de promovermos a “Astronomia feita com as mãos”.

Necessitamos, sem a menor sombra de dúvida, que nossas instituições possam ter integrantes que absorvam o legado dos antigos “Guardas Manobra” existentes no Observatório Nacional. Inclusive, esse perfil de pessoas se legitimou em muitas entidades astronômicas amadoras das décadas de 70 e 80. Eu, particularmente, fui um desses, que absorveu a essência de um “Guarda Manobra” quando iniciei na Astronomia no antigo Clube Estudantil de Astronomia, onde tive o privilegio de conviver com o Grande Mestre Polman (Pe. Jorge Polman).

Mas, você sabe o que era um “Guarda Manobra”? Pois bem, era natural nas instituições astronômicas um determinado integrante, considerado mais experiente, solicitar a um integrante “aspirante” que prepare o instrumento para uma determinada observação. Ou chamá-lo, quando o céu se encontra sem nuvens, ou ainda, acordá-lo em determinada hora da madrugada para registrar determinado fenômeno. Esse responsável por importante tarefa era chamado de “Guarda Manobra”. No antigo Observatório Nacional havia gabinetes reservados para os astrônomos, onde também existia uma espécie de divã, conhecido como “chaisse longue” - onde se tirava boas sonecas, sendo a presença desses funcionários essencial para o desenvolvimento das pesquisas astronômicas. Aconselho a todos que devemos abolir em nossas instituições a função “Monitores”, e incutirmos nesses nossos integrantes colaboradores, o legado dos “Guardas Manobras”, preparando os mesmos para não apenas “apontar” o instrumento para um determinado astro que é visível na noite, mas sim, convergirem suas ações em busca de motivarem, estimularem e encorajarem as pessoas para propiciarem por mais tempo o hábito de observarem o firmamento. Por exemplo:

· Ocultações de estrelas pela Lua, onde como bem sabemos que é uma observação astronômica preponderantemente desenvolvida por amadores (sistemáticos), que em muito colabora os profissionais frente às irregularidades do movimento da Lua;

· Observação das Estrelas Variáveis, que são pulsações regulares e irregulares no brilho de determinadas estrelas, onde muitas dessas observações podem ser feitas com um simples binóculo. Exemplo: Eta (ŋ) Aquilae = Tipo cefeída, variando 3,7 a 4,5 magnitude, em um período de 7,1764 dias. A estrela “sobe” em uns dois dias e “baixa” em cinco dias. Ou, Delta (δ) Cephei = Tipo cefeída, variação entre 3,6 a 4,3 magnitudes, período de 5, 3663 dias. E ainda, Beta (β) Lyrae = Tipo lírida, variação entre 2,1 a 3,4 magnitudes. Período 2, 8673 - Esses exemplos e muitos outros, podem ter seus resultados observacionais convergidos em entidades específicas seja no Brasil ou no exterior, onde possibilitam serem traçados gráficos da curva de luz dessas estrelas. Se faz mister ressaltar, que já presenciei explicações de pessoas que se diziam Astrônomos Amadores (sistemáticos), mas na verdade são pseudo-amadores, que mostravam para o público leigo que determinado cintilar oscilante nas estrelas durante uma observação noturna (provocados pela variação natural na nossa atmosfera), como sendo “Estrelas Variáveis”;

· Sem esquecer a volta da Selenografia. Essa atividade observacional lamentavelmente foi sendo esquecida por muitos amadores, mediante as sucessivas missões Apolo e, mais recentemente, com os programas com cartas cartográficas da Lua encontradas na WEB. Devo ressaltar ser primordial realizarmos reconhecimentos da cartografia lunar e fazermos apontar com nossos telescópios, locais de diversos pousos lunares e abordar os objetivos dessas missões. Como também, demonstrar a medição da altura das montanhas lunares por meio de suas respectivas sombras, onde é feito com um calculo simples de Trigonometria;

· Retorno do Clube Messier da antiga U.B.A., onde o astrônomo aspirante era motivado em vasculhar o céu em três etapas de colação de grau, para identificar e descrever todos os objetos Messier. Com isto, ele se encontrava ávido a entender e identificar as constelações, e o próprio principio da Mecânica Celeste;

· Capacitar esses aspirantes astrônomos amadores, na construção de lunetas com sucatas ópticas e na construção artesanal de telescópios newtonianos;

· Desenvolver pratica de astrofotografia no método Projeção da Ocular, Foco Primário e Afocal com máquinas analógicas, para depois terem práticas com as digitais;

São muitas as opções observacionais nas quais podemos, paulatinamente, selecionar e “filtrar” perante o nosso público leigo visitante (onde muitas vezes esses são de forma assídua), e até mesmo, entre os nossos membros colaboradores e parceiros. Afinal, entendo que a REGRA é primar pela “qualidade técnica” do nosso pessoal e não mais visarmos “quantidade” de integrantes ou participantes em nossas ações e instituições.

Eis um exemplo prático de ações concomitantemente ao descrito nesse artigo: Neste ano de 2012, em especifico nesse mês de Janeiro, a Associação Astronômica de Pernambuco – A.A.P. - uma entidade fundada por este autor, em 1985, na cidade do Carpina, zona da mata norte canavieira de Pernambuco, completou 27 anos de existência. Atualmente estamos localizados na região do agreste central do Estado, mas exatamente na cidade de Bezerros, na Latitude S - 08° 13’.953” e Longitude W – 035’ 45’.158”. Nossas modestas instalações compreendem uma sala de aula medindo 5,0 x 7,0m, uma comedida oficina; um acervo bibliográfico astronômico considerável; e diversos instrumentos astronômicos tais como: três binóculos, três lunetas refratoras de 60mm, oito monóculos precisos oriundos de binóculos danificados, um telescópio newtoniano modelo americano “cabaça” Astrocan, e mais recentemente concluímos a construção de um belíssimo telescópio newtoniano de 200mm F/8 em montagem equatorial. Estamos finalizando a construção de outro telescópio newtoniano de 200mm sendo F/12, também com montagem equatorial, onde falta apenas um novo tripé e um porta-ocular que será munido de um sistema relógio-motor (clock drive) que acompanhei pessoalmente todas as etapas dos serviços de torneiro mecânico na sua construção ao qual será nosso instrumento principal móvel de observações. Dispomos também de uma área observacional privada com 375m2 de área, onde em paralelo, estaremos reiniciando (em março do corrente ano), pesquisas em Radioastronomia na faixa entre 5 à 15 kHz de MBF (Muito Baixa Freqüência), atividade esta, que foi o “carro-chefe” da A.A.P. em sua fundação, em Janeiro de 1985.

Dessa forma, estamos com nossos recursos pessoais, concluindo a construção de uma antena de Quadro com base giratória medindo 100x100 cm possuindo 200 espiras de fio de cobre N° 32, onde também será somado ao nosso receptor (este nós já o tínhamos no acervo da A.A.P.), um par de antenas telúrica (Geo-Sensor), que vão ser fincadas ao chão em 25 cm e espaçadas uma da outra à 15 metros de distancia. Pois a cidade de Bezerros é vizinha da cidade de Caruaru, onde é constantemente registrada a ocorrência de tremores (terremotos) em baixa escala. Nossa intenção é fazermos uso dos sinais eletromagnéticos oriundo das tempestades solares, nas quais se encontram mais acentuadas devido ao Ciclo atual ser intenso de explosões e manchas solares. Como também, fazer uso dos sinais captados pelos deslocamentos e acomodação de camadas geológicas para fins didáticos entre os nossos membros.

Fazendo uma alusão em ações vistas nos principais clubes de futebol, percebemos a existência de um segmento importante na descoberta do atleta chamado “prata da casa”, que são futuros bons jogadores. Com isto, eles fazem uso de “escolinhas de futebol” e realizam “campeonatos de juniores”. A filosofia atual da A.A.P. visa especificamente esse fim. Pois todas as atividades aqui divulgadas- e que são realizadas na nossa instituição - são focadas na juventude entusiasta. E estes não podem ser enquadrados no contexto de apenas “gostarem” da ciência Astronomia, mas sim por desejarem caminhos mais expressivos em suas respectivas formações como futuros cientistas, não necessariamente do campo da Astronomia, mas de outras ciências correlatas. (Evidentemente, estaremos ao longo do ano que se faz iniciar, realizando divulgações dos nossos trabalhos com apresentações de resultados, depoimentos e imagens em nosso sítio virtual que brevemente estará no ar.

Concluindo, percebo que devemos trabalhar no desenvolvimento das nossas ações em um “regime” contrário ao método utilizado por algumas instituições ou grupos informais de Astronomia, que visam unicamente fazer uso de suas divulgações com a astúcia ou artifícios da mídia sensacionalista. Com isto, e por vezes, conotam apenas interesses pessoais de alguns dirigentes ou integrantes desses grupos na busca pelo “estrelismo individual”. Dessa feita, sugiro que busquemos a ausência da vaidade ou luxo, e até humildemente, venhamos nos dispor de “ENSAIOS”, buscando forjar o raro molde insofismável de verdadeiros ASTRONOMOS AMADORES em conformidade com os ensinamentos de ícones como o Grande Mestre Polman. Oxalá que tenhamos sucesso.

3 comentários:

  1. parabés pela matéria, vou ler com mais cuidado mas posso dizer que, num primeiro relance, eu concordo com o tema aprofundado por voces. parabéns. janine milward - sitio das estrelas, parada de um camnho do céu

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    1. Antonio M. Jr.2/2/12 00:05

      Muito boa a matéria mesmo . Essa diferença entre os tipos é coisa muito comum agora . Realmente a net tem criado algumas facilidades que prejudicam quem desenvolve a pesquisa astronômica de forma útil
      Acredito que o aprendizado na Astronomia sempre tem que ser longo, não é baixar um programa e aprender a usar, ou comprar um telescópio automático e cameras digitais ..e ir fazendo imagens.
      Precisa estudar um pouco de Física e se aprofundar na Astronomia teorica e pratica .

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  2. Parabéns ao autor pela visão correta do problema. Sem astrônomos amadores não teremos profissionais para tocar a astronomia brasileira. Acrescento que uma parcela dos astrônomos profissionais brasileiros tem uma visão preconceituosa dos astrônomos amadores. Certos membros de nossa comunidade científica, acham que "amadores" e seus instrumentos, igualmente "amadores", não são sérios e geram dados de qualidade inferior. O pior que passam esta visão equivocada a seus alunos de mestrado e doutorado que, como bem lembrado pelo autor do artigo, não sabem nada de instrumentação astronômica. Acho este preconceito engraçado, uma vez que a "American Association of Variable Star Observers" (www.aavso.org) envia "News Alerts" praticamente todas semanas com solicitações de astrônomos profissionais de universidades seríssimas solicitando ao amadores a coleta de dados observacionais dos mais variados tipos de estrelas variáveis. Quanto artigos científicos surgiram de dados AAVSO? Dezenas? Centenas?

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