22 de mar. de 2012
A Busca por sinais de vida
(Victor Alencar - O Povo) Vivemos em um universo cheio de estrelas nascendo e morrendo, e planetas orbitando essas estrelas. Temos os mais bizarros e enigmáticos corpos celestes, fenômenos misteriosos que influenciam na expansão do universo e matéria que nos envolve e nós não sabemos nem de que é composta. Em meio a tantas indagações sem um ponto final, vem em mente a mais popular de todas: estamos sozinhos no universo?
Protagonista de diversos filmes de ficção científica, a vida fora da Terra vem sempre junta de monstros assustadores e naves fantásticas, mas a nossa realidade é bem diferente disso. O homem desde 300 a.C., com as palavras do filósofo grego Epicurius, vem tentando procurar formas de vida em outros locais do universo.
A astrobiologia e os planetas extrassolares
A astrobiologia é o ramo da astronomia que pesquisa sobre as formas de vida fora da Terra, desde as zonas de probabilidades, especificidades da pesquisa, até a análise de dados para possíveis fontes de vida. Um dos ramos da astrobiologia que têm importante visibilidade na comunidade científica é a de exoplanetas, ou pesquisa de planetas fora do Sistema Solar.
Na pesquisa sobre os exoplanetas, sempre uma dúvida nos vem em mente: como é que eles descobrem planetas orbitando estrelas tão longe de nós? Sim, é uma pergunta intrigante, mas hoje a ciência possui tecnologia suficiente e vários métodos para a detecção desses planetas fora do sistema solar.
Dentre esses métodos de detecção indireta, eles podem usar equipamentos que “apagam” a luz das estrelas, o chamado coronógrafo, em uma espécie de eclipse artificial e podem detectar alguns planetas. Outras vezes, eles podem verificar pelo aumento e decréscimo de brilho da estrela, mas, sendo esta sem nenhuma companheira, assim há um planeta orbitando.
Infelizmente, as pesquisas só mostram a descoberta de exoplanetas grandes, como do tamanho de Júpiter (que tem um diâmetro que cabe cerca 12 planetas Terra) e que são bem quentes (chamados de “hot-jupters” em inglês), pois ainda não temos tecnologia suficiente para achar os planetas como a Terra (“like-earth” em inglês).
Porém, para um planeta extrassolar ser também um planeta com condições propícias para o aparecimento de vida, ele deve respeitar uma série de fatores. Geralmente, o fator principal é que ele deve estar na chamada zona de habitabilidade, que é uma zona ideal para o aparecimento de vida. Essa zona é determinada pelo tipo de estrela (que relaciona a massa com a luminosidade e a temperatura dela) e a distância dependendo do tipo de estrela até uma região onde seja possível haver água em estado líquido. Aliando isso ao tamanho do planeta, temperatura média e composição atmosférica, então podemos dizer que lá pode ser que haja vida.
Existem cerca de 500 planetas extrassolares descobertos até agora. O site atualizado é http://exoplanet.eu e nele há o arquivo de cada planeta extrassolar bem como os grupos de pesquisa e outras informações relevantes.
Probabilidade de civilizações e formas de comunicação
Em 1959, começou o primeiro projeto de astrobiologia. Logo em seguida, em 1961, o astrofísico Frank Drake formulou uma equação para calcular a probabilidade de uma civilização se comunicar com a Terra. A conhecida equação de Drake, apesar de interessante, é acusada de não colocar todas as variáveis necessárias e não levar em conta as dinâmicas populacionais de uma hipotética civilização avançada.
Frank Drake foi também um dos pioneiros no projeto SETI (Search for Extra-Terrestrial Intelligence), que usa a base de dados de ondas eletromagnéticas (ondas de rádio) para a busca de algum padrão de comunicação. Desde 1960, nada foi achado.
Porém, temos que levar em conta que vivemos em um universo com mais galáxias do que grãos de areia em toda a Terra. Cada galáxia, por menor que seja, possui milhões de estrelas e essas estrelas têm o potencial de gerar sistemas planetários. Assim, em meio desse mar de possibilidades, será que estamos sozinhos nessa imensidão do Cosmos?
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