Em entrevista a Fred Furtado, Kemp explica que o neutrino, a partícula medida pelo projeto Opera, é um elemento fundamental da natureza e pertence a uma família de estruturas subatômicas que inclui o elétron, o múon e o tau. Há um tipo – ou sabor, como dizem os físicos – de neutrino para cada uma dessas três partículas. Os neutrinos podem mudar de sabor durante sua ‘vida’, um fenômeno chamado de oscilação.
O projeto Opera, no Laboratório Nacional de Gran Sasso, na Itália, foi criado para estudar esses eventos. No ano passado, o projeto anunciou ter medido neutrinos viajando mais rápido que a luz. A controversa medida foi feita após a emissão de um feixe de neutrinos pelo Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), localizado na Suíça, a cerca de 700 km do Opera.
Mas há suspeitas de que o mau funcionamento do sistema de GPS do laboratório ou problemas na sincronização dos relógios atômicos do Opera e do Cern podem ter resultado no registro da velocidade mais alta para os neutrinos. Kemp explica mais detalhadamente essas hipóteses e ressalta a importância de se fazerem novas medições.
O físico, que pertence ao Departamento de Raios Cósmicos e Cronologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), fala ainda sobre o impacto desses resultados – caso sejam validados – na física atual e sobre aplicações práticas da medição de neutrinos.
Matéria com áudio aqui
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E mais:
Responsável pelo teste fracassado com neutrinos pede demissão (Terra), com matérias similares no G1, Folha, Estadão, iG, UOL, R7, Veja, Yahoo e Público - Portugal
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