23 de mai. de 2012

Aliens "invadiram" o Planetário de Moscou

Pela primeira vez na Rússia decorre a exposição gráfica de pintor suíço Hans Ruedi Giger que foi o autor da personagem de Alien no filme de culto de Ridley Scott.






(Voz da Rússia) No fim de Maio vai estrear um filme de Ridley Scott sob o título de Prometheus que tem as mesmas raízes com o Universo dos Aliens. Os Universos, nos quais corre a acção também foram criados por Hans Ruedi Giger, um representante rutilante de “realismo fantástico” em pintura.

O termo “realismo fantástico” foi introduzido por Friedrich Nietzsche em 1869, mas os fundadores do “realismo fantástico” em pintura, desde 1948, são considerados os pintores austríacos Ernst Fuchs, Rudolf Hausner e Ernst Steiner. Para o Giger, o inspirador principal foi o Salvador Dali. De facto, as suas obras têm uma certa semelhança com a arte de grande surrealista. Contudo, nas obras de Giger evidenciam-se os ecos da “arte arcaica” e também sente-se a influência dos Hyeronimus Bosch, William Blake e Gustave Moreau.

A colaboração de Hans Ruedi Giger com o Ridley Scott teve o início em 1977. Na altura, o realizador estava a trabalhar no filme Alien e tinha convidado, já muito conhecido na altura, o pintor para criação duma personagem monstruosa vinda das profundezas cósmicas. Este trabalho trouxe ao Giger uma estatueta de “Oscar” em 1980 na nominação "Os melhores efeitos visuais" e uma fama mundial.

A atmosfera da exposição espacial, localizada nos níveis baixos do Planetário de Moscou, corresponde na perfeição à arte de Giger: os trabalhos gráficos estão suspensos directamente no parqueamento subterrâneo. A linha visual está sendo suplementada por projecções, instalações de vídeo e acompanhamento musical.

Nos seus trabalhos, o Giger consegue, duma maneira surpreendente, personificar os medos infantis, obrigando o público ficar perplexo de horror e êxtase. Quando se fala da sua vida e das suas obras, nem sempre é fácil traçar a linha entre a realidade e o imaginário. Segundo o próprio pintor, o seu pai farmacêutico ofereceu-lhe um verdadeiro crânio humano, e a partir desta altura ele viu-se fascinado por personagens do além, que influenciaram muito a suas futuras obras. Os psicólogos consideram uma das principais fontes de inspiração do Giger os pesadelos nocturnos. O pintor confessa que tem sofrido de perturbações de sono que lhe ajudam conceber as novas personagens. A pintura se transforma numa espécie de terapia: quando ele trabalha minuciosamente e durante um período prolongado com a criação de algumas personagens, elas gradualmente desaparecem dos seus pesadelos. Mas passado algum tempo são substituídas por outros pesadelos...

A arte e as obras de Hans Ruedi Giger podem originar as diversas opiniões, mas é difícil de não reconhecer o seu carácter invulgar. Ele cria os universos novos convidando o público investigar os lados obscuros da alma de ser humano.
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