17 de set. de 2012

Estratégia europeia em Física de Partículas precisa-se!

Físicos reuniram-se em Cracóvia para debater futuro da investigação na área



(Ciência Hoje - Portugal) Meio milhar de físicos de partículas reuniu-se em Cracóvia (Polónia) para debater o futuro da área durante o Simpósio Aberto do Conselho do CERN de Estratégia Europeia para a Física de Partículas. O encontro vem no seguimento do anúncio relativo às experiências Atlas e CMS que davam conta da descoberta de uma nova partícula consistente com o tão procurado Bosão de Higgs – um avanço que marca um momento de viragem na investigação da área.

O simpósio vem actualizar informações sobre uma estratégia inicialmente proposta em 2006, com a intenção de coordenar o estudo em física de partícula na Europa, bem como a participação europeia em projectos apresentados.

O grupo nomeado para o Conselho do CERN apresentará uma estratégia preliminar a ser discutida pelo conselho em Março de 2013 e a versão final será conhecida no mesmo mês em Bruxelas, numa reunião que coincidirá com um encontro de nível ministerial do Conselho de Competitividade europeu.

“A física de partículas tem sido, a longo prazo, uma diligência internacionalmente coordenada”, segundo assinalou Tatsuya Nakada, porta-voz do grupo de estratégia e docente do Instituto Suíço, em Lausanne. E acrescentou que, especialmente agora, “uma estratégia europeia integrada é essencial”.

O presidente do conselho, Michel Spiro, acentuou, que “a altura em que decorre a reunião do próximo mês de Maio é importante” e a competitividade da Europa "depende de forma crítica dos esforços da base da ciência e a física de partícula não só é a parte dessa base, mas também nutre outras áreas de diligência científica”.

Ciência complementar
Os principais tópicos discutidos até hoje em Cracóvia passaram por considerar potenciais formas de conseguir o sucesso do Grande Colisador de Hadrões (LHC), que se prevê que corra bem mesmo após 2020, de forma complementar entre a investigação base do acelerador, estudos de raio cósmicos, e desenvolvimentos sobre a ciência de neutrinos.

Apesar de o LHC estar no início do seu programa de pesquisa, necessita que o trabalho preliminar comece mais cedo para manter a continuidade. Para Rolf Heuer, director-geral do CERN, “a estratégia europeia para a física de partícula é um sinal da natureza global da física de partícula”. O responsável considera que “permite assegurar que os recursos de Europa sejam utilizados de maneira responsável”.

Haverá uma troca de informação regular entre as três regiões – América, Europa e Ásia – através do Comité Internacional de Futuros Aceleradores (ICFA), que recentemente redigiu um documento que descreve as oportunidades globais para a Física de partículas (Beacons of Discovery).

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