25 de fev. de 2013

Na volta às aulas, Rio de Janeiro oferece exposição sobre Química

Museu de Astronomia, no Rio de Janeiro, oferece a estudantes a partir do ensino fundamental exposição que mostra a Química de maneira descomplicada. A entrada é gratuita

(MAST) No Rio de Janeiro, a volta às aulas fica mais divertida com a parceria do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST)! Destinado a pesquisas científicas e preservação da memória da ciência no Brasil, o museu se destaca também pelas suas atividades de popularização da ciência para o grande público, em especial os grupos escolares. Para começar o ano letivo em grande estilo, o MAST oferece aos estudantes a partir do ensino fundamental uma mostra lúdica que apresenta a Química de maneira descomplicada.

Na exposição “A Química na história do universo, da terra e do corpo”, uma tabela periódica certamente é peça essencial. Mas não basta, por si só, para representar o que é essa ciência. Sob um aspecto histórico e moderno, a Química é apresentada enquanto agente da origem e da evolução do universo, enquanto elemento presente nas transformações dos produtos da terra e como a ciência que permite à biologia manipular as estruturas do ser vivo, operando nos limites da ética científica.

“Nos últimos duzentos anos, a enorme expansão dos conhecimentos químicos e físicos deu aos materiais um irremediável valor social e econômico. Associada ao remédio e ao veneno, ao bem-estar e ao doping, à produção de combustíveis, à poluição, à contaminação dos alimentos e dos ambientes, a Química marcou a evolução histórica do mundo e dos homens” – explica Heloisa Maria Bertol Domingues, diretora do MAST e curadora da exposição juntamente com o químico e filósofo Gastão Galvão de Carvalho e Sousa.

A exposição é gratuita e fica aberta à visitação na terça, quinta e sexta das 9h às 17h; quarta das 9h às 20h; sábado das 14h às 20h; domingo e feriado das 14h às 18h. O Museu de Astronomia fica na Rua General Bruce, 586, Bairro Imperial de São Cristóvão, Rio de Janeiro. Para outras informações: www.mast.br ou (21) 3514-5200.

A Química na história do universo, da terra e do corpo
Na exposição, os visitantes encontram 19 instrumentos científicos de diferentes áreas da ciência, com aplicação na Química. Se deparam, também, com vídeos, projeções, painéis e ambientações de dois laboratórios: um do século XX, com frascos, balanças, centrífugas e aparatos científicos usados no estudo da Química; e outro do século XV, que simula um espaço de alquimia.

Por três módulos, perpassa uma linha do tempo que mostra a história dessa ciência relacionada aos elementos “universo, terra e corpo”.

No primeiro módulo, a imagem de uma galáxia ajuda a explicar a Química como agente da origem e da evolução do mundo. Nesse ambiente, a explanação sobre o estudo do espectro é acompanhada pelo Espectroscópio de Difração, instrumento do século XX utilizado para o estudo do espectro de raias de lâmpadas espectrais, através da passagem de um feixe luminoso por uma rede de difração.

O módulo “terra” aborda a evolução da Química através dos séculos e apresenta os elementos químicos e estudos relacionados. Para melhor compreensão dos assuntos abordados, estão expostos uma tabela periódica e instrumentos como o Carbacidômetro de Wolpert do século XIX, utilizado para determinar a quantidade de gás carbônico contido na atmosfera de ambientes fechados.

O último módulo da exposição, sobre o “Corpo”, aborda a relação da Química como ciência que permite a manipulação das estruturas do ser vivo. A projeção de uma infogravura concebida a partir do homem vitruviano é acompanhada por textos de Louis Pasteur – que contribuiu para o estudo das origens da vida, com passos decisivos na análise da estrutura molecular dos corpos – e de Marie Curie, ganhadora dos Prêmios Nobel de Física, em 1903, pela descoberta da radioatividade, e de Química, em 1911, pela descoberta dos elementos rádio e polônio e por investigar suas propriedades.

Completam essa sessão entrevistas de especialistas renomados, como o professor do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Francisco Radler de Aquino Neto, que coordena um trabalho de combate ao doping no âmbito esportivo, sendo membro das comissões do Conselho Nacional de Esporte do Ministério do Esporte e das confederações brasileiras de Ciclismo, de Surf, de Remo e de Desportos Aquáticos.

Além de Radler, a exposição traz depoimentos do secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, do pesquisador do Observatório Nacional do Rio de Janeiro (ON), Marcelo Borges Fernandes e da também pesquisadora do ON, Katia Cunha, que fala sobre arqueologia galáctica e identificação da idade das estrelas através da Química.

“Queremos mostrar a Química enquanto fronteira do conhecimento. Tal como foi a alquimia nos séculos XV e XVI, hoje, a Química está no centro dos estudos sobre o meio ambiente, as mudanças climáticas, a sustentabilidade, bem como sobre a manipulação das estruturas do corpo. É importante que o conhecimento a respeito de sua atuação em amplo espectro seja difundido” – ressalta Heloisa Bertol.

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