28 de abr. de 2013

5 clássicos para descobrir a ficção científica

Adriano Fromer Piazzi, publisher da Editora Aleph, referência em ficção científica no Brasil, elenca cinco títulos para quem quer desbravar e se surpreender com o gênero



1. O fim da infância, Arthur C. Clarke
(Galileu) Indico para quem torce o nariz para o gênero. Me marcou demais quando eu tinha uns 18 anos e tive a honra e sorte de publicar no Brasil. Esse livro aborda a condição humana de uma forma genial. Todos os desejos materiais e a miséria acabaram entre a humanidade graças a uma raça de alienígenas que chega à Terra. Suas naves pairam sobre grandes cidades, o que inspirou mais tarde a famosa cena do filme Independence Day. O que acontecerá com o mundo, quem são esses alienígenas, por que não podemos vê-los? Todas essas questões coroadas com um final surpreendente.

2. Fundação, Isaac Asimov
Nessa trilogia clássica, um matemático desenvolve um cálculo superavançado para saber o futuro da humanidade e ele percebe que ela irá para o saco. Asimov se baseia muito na História, como na queda do império romano, para criar o enredo. Além das indagações sobre o futuro, a obra contém uma trama política muito forte e o autor cria, a todo momento, saídas geniais para situações tipicamente sem saída.

3. O jogo do exterminador, Orson Scott Card
É o primeiro de uma série de livros de ficção científica, muito bacana para aqueles mais jovens, porque brinca com o universo do videogame. A trama é fantástica e, nos Estados Unidos, a obra costuma ser até adotada por escolas.

4. Neuromancer, William Gibson
É obra fundamental para quem gosta de ficção científica. Não se trata de um livro de iniciação, porque tem um enredo mais complexo. Além de genial, é fundamental pelo que representa para esse tipo de literatura. Ele revolucionou a ficção científica e é uma das fontes do filme Matrix. Aqui surge o conceito de ciberespaço e a noção de se ligar a uma máquina para se conectar a outra realidade e a outras pessoas.

5. Realidades adaptadas, Philip K.Dick
Esse americano foi chamado pela sua conterrânea e também autora de ficção científica Ursula Le Guin de “nosso Jorge Luís Borges”. Isso porque a todo momento está questionando e mexendo com o conceito de realidade e os limites do que é real e do que não é real. K.Dick tem diversos clássicos, entre eles o Homem do Castelo Alto, mas esse livro de contos serve de uma bela iniciação a seu trabalho. Os textos inspiraram grandes filmes de ficção científica, como Minority Report, Agente do Destino e Vingador do Futuro.

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