20 de jun. de 2013
Acelerador de partículas de futura geração pronto para construção
(Ciência Hoje - Portugal) A construção do Colisionador Linear Internacional (ILC), futuro projecto na física de partículas, já foi anunciado em três cerimónias consecutivas, na Ásia (Japão), Europa (Suíça) e nos Estados Unidos (Chicago), onde é apresentado o relatório oficial.
Este colisionador de próxima geração virá completar o trabalho que tem sido desenvolvido com o LHC, do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN). O desenho técnico para o projecto apresenta um dos instrumentos tecnologicamente mais avançados.
“Queremos agradecer à equipa do ILC pelo relatório e estamos ansiosos por testemunhar o próximo passo do projecto”, segundo referiu Pier Oddone, director do comité ICFA. Acrescentando que foi graças a “um esforço global e cooperação” que se conseguiu “uma máquina tão sofisticada em larga escala”.
“A descoberta do Bosão de Higgs com o LHC tornou, de certa forma, o ILC ainda mais atractivo, já que pode estudar algumas propriedades em grande detalhe” – sendo “um bom complemento do grande colisionador”, afirmou do seu lado, Sakue Yamada, investigadora principal do ILC.
O novo acelerador terá cavidades supercondutoras aceleradoras que operarão a temperaturas próximas dos zero graus, dando às partículas energia de forma contínua até que colidam com os detectores no centro do acelerador de 31 quilómetros.
Durante o seu funcionamento, pacotes de electrões e as suas antipartículas (positrões) colidirão sete mil vezes por segundo a uma energia total de 500 GeV (gigaelectrões-volt), criando uma série de novas partículas que serão reconstruídas e registadas nos detectores do ILC.
O ILC oferecerá uma grande quantidade de dados aos cientistas para que poderão medir com precisão as propriedades das partículas como o bosão de Higgs, descoberto pelo (LHC) ou fornecer mais informação sobre matéria escura.
Com o projecto estar pronto, os próximos passos serão propor o ILC aos governos colaboradores, realizar propostas exequíveis e decidir onde se construirá. Os sítios propostos são o Japão, Suíça (CERN) e Estados Unidos da América (Fermilab), havendo fortes indícios que poderá ser Japão o escolhido.
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