31 de jul. de 2013

Estação Espacial Internacional visível no Brasil nesta quarta-feira


(Apolo11) A Estação Espacial Internacional, ISS, irá passar em cima do Brasil nesta quarta-feira, 31 de julho e poderá ser vista em toda região Sul, Sudeste e Nordeste do país. Para São Paulo a ISS estará visível a partir das 18:40, aparecendo no sudoeste(região do céu onde estará presente o Cruzeiro do Sul).

O show espacial dura cerca de 6 minutos.

Tripulação
Neste momento, seis astronautas estão a bordo da ISS. 3 russos, 2 americanos, sendo uma mulher e um italiano.

O Comandante atual da ISS é o russo Pavel Vinogradov, cosmonauta que foi ao espaço junto com o astronauta brasileiro Marcos Pontes em 2006. É a terceira vez que Pavel está no espaço, a primeira foi em 1997 na espaçonave Mir, a segunda em 2006 na ISS e retornando agora em 2013, como Comandante da ISS.

Passagem sobre o Brasil
Vindo do Uruguai, a ISS entra no Brasil passando em cima de Alegrete(RS), Santiago(RS), Ijuí(RS), Chapecó(SC), Irati(PR), Ponta Grossa(PR), Itapeva(SP), Botucatu(SP), São Carlos(SP), Mococa(SP), Passos(MG), Abaeté(MG), Corinto(MG), Montes Claros(MG), Rio Pardo de Minas(MG), Brumado(BA), Ipirá(BA), Paulo Afonso(BA) e desaparece na sombra da Terra perto de Arcoverde(PE).
----
E mais:
Qual é a melhor forma de ver a Estação Espacial Internacional da sua cidade (Cássio Leandro Dal Ri Barbosa - G1)

Cidade fundada sobre cratera de meteoro não registra assassinatos há 20 anos


(CenárioMT) A cidade de Araguainha, distante 463 km a Leste de Cuiabá, é uma das cidades mais calmas de Mato Grosso. De acordo com o Mapa da Violência 2013, o pequeno município, que foi fundado na cratera de um gigante meteoro que caiu há 245 milhões de anos, está há 20 anos sem registrar nenhuma ocorrência de homicídio.

Com pouco mais de 1.100 habitantes e com 46 anos de emancipação política, o município não registra uma ocorrência de qualquer espécie há quase dois meses e a última foi um desentendimento de vizinhos, no qual ninguém acabou preso por causa da boa qualidade do trabalho e prevenção que a Polícia Militar faz na cidade.

A prefeita do município, Maria José Medeiros (PR), garante que a situação de paz se deve primeiramente a pequena população e ao pouco uso de drogas na cidade. “Aqui nós trabalhamos com prevenção de drogas desde o período de escola. Crianças são orientadas a não usar entorpecente e isso prevalece no futuro delas. E não temos grandes ocorrências por causa da população. Aqui todos se conhecem, são parentes ou trabalham no mesmo endereço. Isso ajuda a manter a cidade como um exemplo de paz no país”, disse a prefeita, alegre com o resultado da pesquisa.

A cidade conta atualmente com três policias militares, sendo um cabo e dois soldados, além de um investigador da Polícia Civil. O Corpo de Bombeiros fica na cidade de Barra do Garças, distante quase 200km de Araguainha e o hospital mais próximo do município fica há 1h30m.


Existe uma delegacia, onde os infratores são levados para cumprirem pena por delitos. “Na sede da delegacia têm duas celas, mas ninguém passa por ali faz dias”, conta a prefeita.

O último crime de homicídio foi registrado no ano de 1993, quando um fazendeiro foi assassinado por dois assaltantes que invadiram duas terras para roubar gado e quando o prrietários das terras reagiu ao crime acabou sendo executado. Os autores do crime não eram de Mato Grosso.

A prefeita conta que alguns crimes como roubo, desvio de carga e furtos são realizado por pessoas que vêm de Goiás, que fica distante apenas 2km de Araguiainha. “Os crimes são feitos por pessoas que não são da nossa cidade. Os chacareiros, fazendeiros e moradores da área urbana são amigos da Polícia e sempre que alguém é detido aqui na cidade são de outro estado, como Goiás ou Brasília”, relatou a prefeita.

A cidade é procurada para moradia por pessoas adultas. Uma pesquisa interna na cidade consta que moram poucos jovens em Araguainha e quem procura morar nesse município na maioria das vezes são idosos ou pessoas com família constituídas. Até mesmo quando o maior evento festivo da cidade está prestes a acontecer, os policiais de companhias próximas são chamados para ajudar na segurança. “No Festival de Praia atuamos com policiais de cidades vizinhas. Nada aqui estraga nossa paz”, garante a prefeita.

Fato marcante desse pequeno município é o Domo de Araguainha, consistindo na cratera erodida de um astroblema, com 40 km de diâmetro,6 que resultou do impacto de um corpo celeste de grandes proporções sobre a superfície da Terra. Pesquisas estimam que o impacto penetrou 2400m sob a superfície, abrindo uma cratera de 24 km de diâmetro que hoje, sob efeito da erosão, tem 40 km.

É o maior astroblema conhecido na América do Sul. A cidade de Araguainha encontra-se dentro dessa cratera. Estudos indicam, ainda, que o impacto ocorreu há aproximadamente 245 milhões de anos, e que o local atingido, na época, era um mar de águas rasas.O fenômeno poderia ter sido a causa da extinção de espécies que viviam na época. Região que hoje se tornou reconhecida mundialmente, por tal evidência das consequências e mudanças deste astroblema.

Arte e filosofia na Biblioteca da Floresta


(Agência Acre) Com quantas artes se faz filosofia? Na oficina de férias “Ética e Cultura no Tempo e no Espaço”, promovida pela Biblioteca da Floresta/FEM na última quinta-feira, 25, fotografia, pintura, música, literatura e cinema dialogaram para oferecer aos inscritos um exercício de sensibilização ao pensamento filosófico.

O evento, realizado no auditório da biblioteca, o contou com a participação de professores, estudantes, jornalistas, funcionários públicos, artistas, advogados, astrônomos, entre outros.

Ministrada pelo diretor da Biblioteca da Floresta, Marcos Afonso Pontes, a oficina tem o objetivo de estabelecer o diálogo entre a tradição e a modernidade e abordar os desafios com relação à atual crise da produção do conhecimento.

Após participar três vezes do evento, a jornalista e professora universitária Giselle Lucena garante que “é impossível sair da palestra da mesma maneira que se entra, pois a oficina é uma fonte rica de bons conhecimentos e sempre nos leva a contemplar o mundo de outras formas. Sinto alegria, revolta, orgulho e outras sensações que me despertam a curiosidade por mais e mais conhecimento”.

Desde que deixou o auditório da biblioteca após a oficina, o assessor jurídico da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), Thalles Vinícius, vem comentando com os amigos a experiência. “Foi uma atividade maravilhosa, um verdadeiro mergulho no mundo das ideias. Quando me impressiono com algo e corro para contar aos amigos é porque foi muito bom!”, disse.

“Ética e Cultura no Tempo e no Espaço” foi dedicada aos sonhadores e escritores, que tiveram suas datas celebradas, respectivamente, nos dias 9 e 25 de julho. A oficina também fez parte da programação dos “25 Anos Chico Mendes Vive Mais”.

31º Encontro de Físicos do Norte-Nordeste será realizado em Campina Grande com apoio da UEPB



(UEPB) Durante o período de 4 a 8 de novembro, será realizado em Campina Grande o 31º Encontro de Físicos do Norte-Nordeste, em uma ação conjunta da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e Instituto Federal de Tecnologia da Paraíba (IFPB). O evento já é tradicional no calendário das universidades do Norte e Nordeste e atrai uma média de 500 físicos, entre licenciados, bacharéis, pós-graduandos e pesquisadores, para participar de mesas-redondas, palestras, minicursos, oficinas e apresentar trabalhos nas formas oral e painel.

O evento está dividido em duas atividades, que ocorrem em períodos distintos. No período de 4 a 6 de novembro, acontecem as atividades de ensino, com minicursos, oficinas e mesas-redondas voltadas principalmente para professores de Física da Educação Básica, alunos de licenciatura e bolsistas PIBID.

Este ano, as atividades de ensino têm como objetivo trazer para os professores e futuros professores, o estado atual da pesquisa de ponta em Física, com palestras sobre temas atuais desta ciência e também abordar novas abordagens para o ensino da disciplina “Física”. Os participantes terão a oportunidade de apresentar seus relatos de experiências no formato de pôster/painel, possibilitando a divulgação de ações que já vêm ocorrendo na escola de Educação Básica.

Já no período de 6 a 8 de novembro ocorrem as atividades de pesquisa, voltadas para a apresentação de pesquisas em várias linhas temáticas, com palestras, plenárias e apresentações orais. A abrangência de temas permite conhecer as possibilidades de programas de pós-graduação existentes nas regiões N/NE e também conhecer o que vem sendo feito em termos de pesquisa de ponta regionalmente.
Maiores informações podem ser obtidas no site http://www.sbfisica.org.br/~efnne/xxxi/.

30 de jul. de 2013

Encontro debate desafios do jornalismo científico


(A Tarde) Os desafios na cobertura jornalística de temas relativos à ciência e tecnologia foram debatidos no Encontro Imprensa de Jornalismo Científico, promovido pela revista Imprensa. O evento, que reuniu jornalistas de todo o país, foi realizado paralelamente à reunião da 65ª Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em Recife, Pernambuco.

O primeiro ciclo de debates - com o tema "Ciência traduzida para o Brasil" - foi aberto pelo jornalista e pesquisador Ulisses Capozzoli, editor da revista Scientific American - Brasil. A mediação foi da pesquisadora Carolina Córdula, pós-doutora em bioquímica especializada em divulgação científica.

Segundo Capozzoli, a ciência brasileira foi um feito napoleônico, referindo-se ao fato de que só se estabeleceu por aqui após a mudança da família real portuguesa para o Brasil em 1808.

Especialização
Ele destacou a importância da especialização do profissional que pretende exercer o jornalismo científico: "É fundamental acumular informações nas várias áreas, como biologia, astronomia, medicina, história e filosofia da ciência", disse.

Ele diz ser impossível fazer jornalismo científico sem algum conhecimento de literatura, das artes. "É preciso conhecer os clássicos da ficção científica, saber da estrutura atômica, da estrutura celular".

"Os jornalistas que forem trabalhar com divulgação de ciência devem ter em mente que o jornalismo científico é, antes de tudo, jornalismo interpretativo, contextualização histórica de acontecimentos. Para fazer essa contextualização, é preciso um outro tipo de jornalista", disse.

"Poderia retomar uma resposta de Freud à pergunta: 'Para que serve a psicanálise?'. Ele dizia que servia para diminuir o sofrimento humano. Os trabalhadores intelectuais e os jornalistas que escrevem sobre ciência deviam trabalhar tendo isso em mente", sugere.

Ao falar na abertura do encontro no Colégio São Bento de Olinda, a presidente da SBPC, Helena Nader, lamentou a fragilidade do sistema educacional brasileiro:

"O Brasil não preserva, não conhece nem acha relevante a história", referindo-se, entre outras coisas, aos grandes nomes da ciência nacional que não são valorizados como deveriam.

Ela cita cientistas brasileiros que mereceriam, mas não ganharam o Prêmio Nobel.

"Maurício Rocha e Silva merecia um Nobel, por ter desenvolvido o primeiro medicamento [a bradicinina] eficaz contra a hipertensão. O [Carlos] Chagas é outro, além do Sérgio Ferreira, descobridor do captopril, mas foi o chefe dele que ganhou", lamentou. "O Bolsa Família ajuda, mas, sem educação, nada feito", acrescentou.

O Encontro Imprensa de Jornalismo Científico prosseguiu nos dias seguintes com a realização de duas mesas de debate com a participação dos jornalistas Luís Nassif, da Agência Dinheiro Vivo, e Nereide Brandão, da EBC, entre outros.

Estudante alagoana é aprovada em Mestrado de Astronomia da USP

Kizzy Resende é a única nordestina selecionada para Mestrado Profissional em Ensino de Astronomia


(Tribuna Hoje) Quem frequenta o Observatório Astronômico Genival Leite Lima, no Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), com certeza conhece Kizzy Alves Resende. Sempre com um sorriso no rosto, a jovem pode falar horas e horas sobre estrelas variáveis, estrelas duplas e outras especificidades que fascinam os estudiosos do universo. Nestes dias, a estudante tem mais um motivo para sorrir: ela foi aprovada no Mestrado Profissional em Ensino de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), um dos mais renomados centros de pesquisa em Astronomia do País.

Para entender a importância da conquista de Kizzy, é preciso voltar a 2005, quando era aluna do 1º ano de Ensino Médio da Escola Estadual Bom Conselho, em Bebedouro. Foi nesta época que conheceu aquele que seria o seu mentor na ciência, o professor de Física Adriano Aubert. “Naquela época, ela não tinha qualquer interesse por Física ou qualquer outra ciência exata”, lembra o professor.

Em 2006, Kizzy se inscreveu no projeto “Fazendo Ciência na Escola”, que Aubert promoveu com várias turmas do Bom Conselho e onde, ao final do ano, cada aluno precisava apresentar um trabalho sobre um tema específico. O desinteresse inicial se converteu em paixão quando o professor levou o planetário móvel da Usina Ciência da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para a escola. “Nunca passou pela minha cabeça me envolver com a Astronomia, mas à medida que pesquisava para o meu trabalho, apaixonava-me cada vez mais por aquele universo”, conta a jovem. O empenho foi tanto que, no mesmo ano, Kizzy teve seu estudo sobre estrelas duplas selecionado para a Feira Nacional de Ciências da Educação Básica (Fenaceb), em Belo Horizonte.

Observatório
Após concluir o Ensino Médio, já atuava no Centro de Estudos Astronômicos de Alagoas (CEAAL) e a Usina Ciência da Ufal. Em 2009, quando foi inaugurado o Observatório Astronômico do Cepa, Adriano Aubert, coordenador do espaço, convidou a pupila para compor a equipe de voluntários que atuam no observatório.

No observatório, Kizzy faz um pouco de tudo: opera o planetário móvel da Usina Ciência, é instrutora de cursos e comparece semanalmente às sessões do observatório. As atividades realizadas no local auxiliaram nos projetos desenvolvidos no curso de Licenciatura em Geografia da Ufal, onde se formou recentemente. “Graças ao envolvimento com o projeto do professor Adriano, no 2º ano do Ensino Médio, eu já sabia como redigir um trabalho científico. Estes anos no OAGLL também me tornaram mais comunicativa e falar em público se tornou algo natural, o que é muito importante para alguém que, como eu, quer ser professora”, avalia.

Orgulho
Com um projeto sobre a importância dos planetários como recursos didáticos, Kizzy foi aprovada logo na primeira chamada do recém-criado mestrado do IAG-USP, sendo a única alagoana e nordestina entre os quinze aprovados . As aulas começam no dia 12 de agosto e a garota segue para São Paulo deixando amigos e família em Alagoas, mas levando consigo a determinação de voltar para a terra natal para contribuir ainda mais para a difusão da Astronomia no Estado.

“Este mestrado é uma grande conquista, mas também um desafio para mim. Quero aperfeiçoar tudo o que já aprendi e voltar a Alagoas para colaborar ainda mais na divulgação da Astronomia. O professor Adriano foi uma peça chave neste processo, pois, se não fosse ele, minha vida teria tomado uma direção diferente, ele é um amigo e uma referência de profissional para mim”, destaca.

Adriano não esconde o orgulho pela conquista da aluna. “Nesses oito anos que convivo com Kizzy, ela teve uma evolução incrível, é muito dedicada e a sua aprovação no IAG deixou todos nós contentes. Além disso, sua conquista mostra que, tendo o incentivo e os e os espaços de difusão, muitos outros jovens também podem ter trajetória de sucesso na astronomia”, afirma.

Revista Universo LIADA



Convite de participação da revista Universo LIADA. Clique na imagem acima para acessar condições (em espanhol)

29 de jul. de 2013

Astronomia ao Vivo! - HANGOUT de domingo (28/07/13)

Videocast "Céu da Semana" - 19 de julho a 04 de agosto de 2013



LAbI - Laboratório Aberto de Interatividade para Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico - da UFSCar

Nasa comemora 55 anos com a calculadora na mão


(GHX/Terra) A Nasa chega aos 55 anos nesta segunda-feira. De pequeno passo em pequeno passo, a agência espacial americana comemora saltos gigantescos em seu passado. Hoje, porém, não há orçamento para grandes celebrações: as conquistas que encantaram, assombraram e elevaram a humanidade perderam relevância em um cenário de retração econômica que limita o alcance de um nome associado a feitos impossíveis e inspiradores.

Escorada na disputa política com a União Soviética, a decolagem da Nasa foi fulminante. Até a conquista da Lua, em 1969, a calculadora passava longe das preocupações de seus cientistas. Assim, em uma década, inverteu o domínio espacial, ampliou o escopo da perspectiva humana e assumiu a predominância científica na área. Para isso, gastou tanto quanto foi necessário.

Mas o dinheiro não acompanhou a mudança de foco da política para a ciência. Em 1966, por exemplo, a Nasa recebia 4,4% do orçamento federal dos Estados Unidos. Em 2012, com a Guerra Fria a anos-luz de distância, teve direito a menos de 0,5% da receita total, US$ 17,7 bilhões, o equivalente à metade dos valores captados anualmente entre 1964 e 1966.

Uma sequência de reduções nos últimos anos, motivada pela crise econômica e pela opinião pública, obrigou a agência a brecar investimentos em ciências, exploração e operações espaciais - as três maiores áreas em valores aplicados. Seu orçamento, que era de US$ 18,4 bilhões em 2011, caiu no ano seguinte para US$ 17,8 bilhões. Em 2013, a agência recebeu US$ 16,9 bilhões. Com isso, reduziu drasticamente suas atividades em educação - paradoxalmente, uma das iniciativas que poderiam verter a opinião pública em seu favor.

Para 2014, o projeto de lei de dotação orçamentária em tramitação no Congresso dos EUA prevê que a Nasa receba US$ 300 milhões a menos do que no exercício atual. Os números foram divulgados no início de julho, dando início a debates que envolvem a Câmara, o Senado e a Casa Branca.

Frequentemente atuando como mera espectadora do processo, a agência decidiu se pronunciar - na opinião de um de seus principais executivos. David Weaver, diretor adjunto do Departamento de Comunicações da Nasa, externou em seu blog, em 17 de julho, a profunda preocupação com o projeto de lei em análise. "Esta proposta desafia a superioridade da América na exploração do espaço, tecnologia, inovação e descoberta científica", escreveu.

Weaver declarou especial receio quanto ao corte no financiamento para a recém-criada divisão de tecnologia espacial, a Space Technology Mission Directorate, que se dedica à obtenção de novas e não testadas tecnologias para uso em missões espaciais da agência.

​Cenário
​É nesse cenário, com a calculadora na mão, que a Nasa busca manter e incrementar seus projetos de pesquisa e exploração espacial. Para a doutora em Astronomia Duilia Fernandes de Mello, tais programas ainda não estão realmente ameaçados. Pesquisadora associada da Nasa e professora da Universidade Católica da América, em Washington, Duilia diz que a agência norte-americana lidera as atividades espaciais mundiais e vai demorar para que qualquer outro país alcance o que ela já fez e ainda faz.

"Os cortes orçamentários foram feitos há pouco tempo, então, não se sabe o impacto disto no futuro. As missões espaciais são planejadas com muita antecedência, e as maiores missões continuam sendo construídas. A Nasa não cancelou nenhuma missão de impacto", pondera.

Duilia cita o projeto James Webb Space Telescope, cujo lançamento está previsto para 2018. O telescópio espacial implantará um observatório de captação da radiação infravermelha. Com isso, permitirá observar e estudar a formação das primeiras galáxias e estrelas.

Após o James Webb, a Nasa terá um intervalo sem grandes missões. Entretanto a pesquisadora salienta que a agência possui vários projetos em estudo, além de contar com uma particularidade da ciência atual: a cooperação internacional. "Precisamos ser otimistas, pois a tendência é que os países se juntem para executar missões importantes como, por exemplo, uma possível missão tripulada a Marte", avalia.

O próximo alvo
Marte pode ser o passo seguinte a uma exploração iniciada naquele que foi o momento mais marcante da história da Nasa: o chegada à Lua, em 1969. "O ser humano é explorador por natureza, e o pouso na Lua demonstrou que podemos sair do nosso planeta e começar a explorar o universo", afirma Duilia. "Claro que não imaginávamos que, quase 50 anos depois, ainda não teríamos saído para os outros planetas, mas acredito que seja apenas uma questão de tempo", completa.

Apesar de as viagens interplanetárias terem ficado no papel, a Nasa não parou no tempo. Em seus 55 anos, não faltam exemplos de projetos de sucesso lançados ao espaço. Entre eles, as sondas Voyager ultrapassaram as três décadas de lançamento e se aproximam do fim do sistema solar, na heliopausa, ainda transmitindo dados à Terra. A Estação Espacial Internacional, nascida da parceria com a comunidade internacional, hoje está em sua 37ª expedição, sempre destacando a pesquisa científica em ambiente de microgravidade.

​Para Duilia, entre os projetos da Nasa que integram sua relação de favoritos, estão o telescópio espacial Hubble e os robôs de exploração de Marte. "O Hubble, por estar acima da atmosfera, revelou detalhes do universo que não conhecíamos e ainda vem surpreendendo depois de mais de 20 anos", diz.

Quanto aos robôs, ela destaca o Spirit e o Opportunity, que passearam por Marte por 10 anos e traçaram o caminho para o último robô, o Curiosity. "Hoje sabemos muito mais sobre o passado de Marte e podemos planejar com seriedade uma ida tripulada ao planeta", afirma.​

O início
Criada por lei em 29 de julho de 1958, a Nasa começa, na verdade, em 4 de outubro de 1957, data em que a então União Soviética deu início à série Sputnik de satélites artificiais. Em meio à Guerra Fria, o revés na corrida espacial significava muito mais do que avanços científicos. Até a assinatura final do presidente Dwight D. Eisenhower, sucederam-se debates sobre o formato do novo órgão, mas a sua criação era um caminho sem volta. O objetivo? A expansão do conhecimento humano sobre os fenômenos na atmosfera e no espaço. E, claro, vencer o inimigo.

Série UFS/INCT-A de Seminários em Astronomia - Exoplanetas



Palestra sobre Exoplanetas

Detecção e propriedades de planetas extrassolares: este será o tema da próxima palestra sobre Astronomia a ocorrer na UFS. A palestra será oferecida pelo Prof. Dr. Marcelo Emilio (UEPG), um jovem pesquisador que defendeu o doutorado em 2001 e já entrou na história pela pesquisa que resultou na determinação atual mais precisa do diâmetro do Sol (http://www.ifa.hawaii.edu/ info/press-releases/solar_ radius/). Não obstante, o Dr. Emílio acumula em seu currículo a participação em três artigos na Nature e em dois artigos na Science, revistas estas que ocupam a posição mais alta no ranking das melhores revistas científicas.
http://buscatextual.cnpq.br/ buscatextual/visualizacv.do? id=K4791927Z9

Data: 30 de julho de 2013, terça-feira
Horário: 10h
Local: auditório da Didática 5

Resumo da palestra:
Até a presente data foram descobertos quase mil planetas orbitando outras estrelas que não o Sol. Chamamos esses planetas de exoplanetas. Nessa palestra falaremos dos principais métodos de detecção e algumas propriedades dosexoplanetas já descobertos. Em particular daremos ênfase ao programa espacial CoRoT no qual o Brasil faz parte e seus planetas descobertos. Abordaremos dificuldades práticas na determinação de exoplanetas em curvas de luz.

Este seminário faz parte Série UFS/INCT-A de Seminários em Astronomia, organizado pelo Departamento de Física da UFS. O seminário é aberto a todos os púlicos, gratuito, e sem inscrição prévia. Mais informações em www.dfi.ufs.br

Boletim Observe! - Ano IV - Número 8 - Agosto de 2013

 


Boletim Informativo do Núcleo de Estudos e Observação Astronômica "José Brazilício de Souza" (NEOA – JBS)  (clique no banner para acessar)

26 de jul. de 2013

Os céus estrelados de Van Gogh


(Ronaldo Rogério de Freitas Mourão) Nenhum pintor sentiu melhor a força da música cromática da noite que o atormentado holandês Vincent van Gogh. Após exprimir a vida miserável dos camponeses e da gente humilde, em sua alucinação expressionista Van Gogh descobriu, no período de Arles (fevereiro de 1888 - maio de 1889), sob a influência dos dias iluminados pelo sol do Midi francês, o impacto das cores vivas da primavera que o conduziram a um novo cromatismo, bem como a uma nova visão fulgurante de um Universo profundo, ilimitado e infinito. Com estas descobertas, uma notável irradiação surgiu em suas telas, o que lhe permitiria ultrapassar o Impressionismo para atingir uma arte exaltada e violentamente expressionista.

E nesse momento que o seu interesse, ou melhor, a sua sensibilidade de gênio o conduz ao Cosmo, ao Sol, às estrelas e aos planetas. Seduzido pela luz artificial, em Café noturno (setembro de 1888 - Arles), e pela miragem das noites, em Café de calçada à noite (outono de 1888 - Arles), ou pelas cintilações e reflexos das estrelas nas águas, em Noite estrelada (1889 - St. Rémy), Van Gogh procurou exprimir as noites cheias de estrelas em uma nova realidade luminosa e cromática até então desconhecida dos artistas.

Van Gogh confessaria a seu irmão, Theo, que experimentava uma terrível necessidade de sair à noite para pintar as estrelas. Movido por este impulso, Van Gogh instalou-se às margens do Ródano, de início colando velas nas abas do seu chapéu, depois sob um lampião de gás, para alumiar a palheta e a tela. Deste modo, Van Gogh pintou as estrelas em telas que, finalmente em setembro, seriam enviadas a Theo, com a observação de que a Noite estrelada era uma de suas obras mais calmas. Do ponto de vista artístico, Van Gogh encontrou em Arles, na Provença, uma nova harmonia na expressão da noite que não só seria o símbolo da vida, mas também o símbolo da morte. Depois de uma crise nervosa, na véspera do Natal, após violenta discussão com Gauguin, Van Gogh cortou a própria orelha. Logo em seguida, o pintor das estrelas solicitou ao irmão ser internado no asilo de Saint-Rémy. No período de Saint-Rémy (maio de 1889 - março de 1890), as estrelas continuariam dominando as suas telas, agora associadas aos ciprestes, que parecem ascender ao céu como flamas verdes imensas. É desse período uma série de novos estudos do céu estrelado: Noite estrelada (junho de 1889 - Museu de Arte Moderna de Nova York); Os ciprestes (também de junho de 1889 - Metropolitan Museum de Nova York); Passeio ao crepúsculo ou Casal ao luar (outubro de 1889 - Museu de Arte de São Paulo).

Dos seus quadros sobre o céu noturno, o mais notável é O caminho dos ciprestes (maio de 1890 - Museu Krõller - MüIler, Otterlo, Holanda), pintado em Auverssur-Oise, que Van Gogh descreveu em carta a Gauguin, de 17 de junho de 1890: "Um céu noturno com uma lua sem brilho, só o delgado crescente emergindo da sombra opaca projetada da Terra, uma estrela com um brilho exagerado, se você quiser, brilho suave de rosa e verde no céu ultramar onde passam as nuvens(...) Muito romântico, se lhe parece, mas também acho provençal..."

Nessa tela, a "estrela com brilho exagerado" é Vênus, que esteve em conjunção com a Lua em 19 de junho de 1890. Convém lembrar que, na época, Vênus Estrela da Tarde apresentava-se como um astro de visibilidade vespertina, na constelação de Câncer, quando também atingiu a maior latitude heliocêntrica norte. Por outro lado, o fenômeno que Van Gogh descreveu como "sombra opaca projetada da Terra" da qual emerge o fino crescente lunar é o conhecido fenômeno da luz cinzenta, tão comum logo que tem início a Lua nova. De fato, o crescente muito delgado - pouco luminoso - permite que se observe melhor a tênue luz cinzenta, ou seja, a luminosidade proveniente da Terra que a superfície lunar reflete. Assim, apesar da exaltação de cores, Van Gogh era um artista que não desprezava os modelos nem a realidade dos fenômenos. Ele soube, como ninguém, ouvir a sinfonia cromática do céu.

Projeto 'Caçadores de Meteoritos'


Projeto de divulgação científica na área da meteorítica 'Caçadores de Meteoritos'. Pretende expandir a informação sobre meteorítica no Brasil, incentivando buscas de meteoritos nas diversas regiões brasileiras.

O projeto conta com uma petição virtual que pode ser assinada por meio do link a seguir: http://www.peticao24.com/cacadores_de_meteoritos

e na página de divulgação da campanha, interessados podem criar seus próprios grupos de caça aos meteoritos pelo Brasil:

http://meteoritosbrasil.weebly.com/campanha.html

O principal intuito é contribuir com o projeto lançado pelo Museu Nacional. O Brasil possui um número bem pequeno de meteoritos descobertos, 62 deles até hoje foram registrados junto ao Meteoritical Bulletin. Para efeito de comparação: o Brasil corresponde a quase 50% da América do Sul, porém países como Chile e Argentina possuem um número de meteoritos descobertos e registrados oficialmente superior ao do Brasil. Além disso, países com tamanho territorial semelhante ao nosso, como por exemplo Estados Unidos, possui um número bem superior ao nosso.

A falta de informação sobre os meteoritos no Brasil contribui fortemente para a não descoberta de novas peças no Brasil. Vale lembrar que muitos meteoritos estão em mãos de particulares, que temem perder os meteoritos e não enviam amostras para análise em instituições de pesquisa.

O estudo dos meteoritos, é muito importante para desvendar mistérios da origem do nosso sistema e sua evolução, meteoritos são vestígios do passado, com bilhões de anos de idade.

A divulgação da importância dos meteoritos e de sua identificação é o primeiro passo para contribuir para a descoberta de novos meteoritos no Brasil, é claro, que a ajuda da população é muito importante, tanto para o aprendizado quanto para a divulgação do projeto.

25 de jul. de 2013

Ciência sem Fronteiras vai oferecer 300 bolsas na área espacial

Há bolsas para graduação sanduíche, pós e pesquisa. Edital deve ser lançado em breve, segundo presidente do CNPq.

(G1) O programa federal Ciência sem Fronteiras (CsF) vai oferecer 300 bolsas de estudo para interessados em estudar cursos na área espacial em diversas modalidades, desde graduação sanduíche a pós-doutorado.

Do total de bolsas, 150 serão destinadas a brasileiros e 150 para pesquisadores estrangeiros que quiserem atuar em instituições de ensino e pesquisa do Brasil.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (24) pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva, em encontro com bolsistas do programa, durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece até sexta-feira (26), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife.

Poderão se candidatar estudantes das áreas de engenharia, física, matemática e afins, além de subáreas do conhecimento vinculadas à indústria aeroespacial.

As bolsas serão distribuídas da seguinte forma: 40 para graduação sanduíche; 10 para doutorado pleno; 20 para doutorado sanduíche; 30 para pós-doutorado no exterior; 90 para a atração de jovens talentos; 40 para pesquisador visitante; 70 para o desenvolvimento tecnológico e inovação no exterior (35 para pesquisadores juniores e 35 para seniores).

Segundo o presidente do CNPq, o edital deve ser lançado em breve.

USP tem mais de 4 mil vagas em cursos gratuitos para idosos

Inscrições vão de 29 de julho a 9 de agosto


(Catraca Livre) No segundo semestre de 2013, a USP irá realizar mais uma edição do programa Universidade Aberta à Terceira Idade, que oferece cursos gratuitos para pessoas com mais de 60 anos de idade. Serão mais de 4 mil vagas para as atividades, que acontecem nos campi de São Paulo, Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto e São Carlos.

O projeto inclui disciplinas dos cursos regulares da USP. Alguns dos temas oferecidos são História da Arte, Literatura Japonesa, Princípios de Administração, Introdução à Astronomia, Educação Física na Terceira Idade, entre outros. Há também atividades específicas para idosos, como palestras sobre saúde, oficinas de artesanato, pintura e dança e ginástica laboral.

As inscrições vão de 29 de julho a 9 de agosto. Confira mais informações no site da USP.

A Exposição "Espaço Espectroscopia" é reaberta no MAST

Inaugurada em 1998, a exposição totalmente repaginada será reaberta em 17 de julho no Pavilhão da Luneta Equatorial de 32 cm

(JC) Como saber de que matéria os astros são feitos? Qual a sua temperatura? Qual a sua massa? Com que velocidade se deslocam? O Espaço Espectroscopia mostra um pouco da técnica que revolucionou a Astronomia e os instrumentos do acervo do MAST que testemunharam a saga do homem na busca da compreensão do universo. Inaugurada em 1998, a exposição totalmente repaginada, foi reaberta em 17 de julho no Pavilhão da Luneta Equatorial de 32 cm.

A espectroscopia é uma técnica que se desenvolveu a partir do fenômeno, explicado por Newton, da decomposição da luz branca num espectro de cores, as cores do arco-íris. Decifrou a composição química e a idade das estrelas, mostrando, fundamentalmente, que o universo não contém nenhum outro elemento químico além dos conhecidos na Terra.

Na exposição, são apresentados aspectos históricos da espectroscopia, sua importância para a astronomia e na discussão da origem e evolução do universo. Estão expostos, entre outros objetos da coleção do MAST, vários espectroscópios, que são instrumentos capazes de separar a luz em seus componentes monocromáticos.

Três desses espectroscópios possuem fontes de luz artificial que emitem determinados feixes de luz que são projetados numa folha de papel. A partir das diferentes cores, é possível determinar os comprimentos de onda de cada fonte luminosa. Para Antonio Carlos Martins, responsável pelo projeto expográfico, este é um diferencial da exposição, possibilitar, ao público, conhecer esses instrumentos científicos "participando de uma experiência".

Observatório Nacional lança nova versão do Passeio Virtual

De smartphones e tablets o visitante poderá conhecer e estação sísmica e ver a Grande Luneta Equatorial

(JC) O Observatório Nacional (ON/MCTI) lançou uma versão do Passeio Virtual para smartphones e tablets. A atração - que foi ampliada, incorporando novos ambientes - pode ser acessada na página da instituição na internet.

Agora o visitante virtual poderá ver a Grande Luneta Equatorial de 46 centímetros, instalada em 1922, que permitiu ao Brasil ingressar nos programas internacionais de observação de estrelas duplas visuais, planetas, asteroides, cometas, eclipses solares e lunares. E também o Relógio de Sol, que marca as horas do dia pela própria luz do Sol, define o mês, a constelação, a estação do ano e os pontos cardeais.

O passeio permite, ainda, conhecer a estação sísmica, que, desde 1920, capta e registra as vibrações mecânicas do movimento do solo, além do interior do Pavilhão Luiz Cruls, antiga Sala da Hora, onde hoje funciona a Divisão de Atividades Educacionais.

Prédios e instrumentos
A primeira versão do Passeio Virtual pelas dependências do ON foi lançada no fim de 2011. O objetivo é mostrar ao visitante os detalhes não somente da arquitetura eclética de seus prédios quase centenários como também dos seus instrumentos científicos.

Na visita é possível conhecer a biblioteca e seu acervo especializado nas áreas de astronomia, geofísica, tempo e frequência e outras ciências exatas. E percorrer o espaço bucólico do Observatório Nacional, patrimônio histórico e cultural do país.

O público pode ver também os sismógrafos e gravímetros que fazem parte da Rede Brasileira de Observatórios e Padrões Geofísicos; o telescópio Heliômetro, instrumento de alta precisão que monitora diariamente as variações da forma e do volume do Sol; o Serviço da Hora, a partir do qual é disseminada a Hora Legal Brasileira, gerada a partir de um conjunto de nove relógios atômicos; e seu acervo histórico de equipamentos de determinação de sinais horários, entre outros ambientes.

24 de jul. de 2013

Na SBPC, Circo da Ciência desperta curiosidade de jovens cientistas

Espaço para menores está montado em frente ao Colégio de Aplicação. Monitores e expositores explicam experiências físicas, químicas e biológicas.


(G1) Um espaço dedicado à ciência para crianças e jovens foi montado em frente ao Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por ocasião da vinda da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), evento que começou domingo (21) e vai até a sexta (26), no Recife. No Circo da Ciência, em formato de um circo de verdade, as crianças podem brincar com experiências físicas e químicas trazidas de vários lugares de todo o país.

Logo na entrada, bonecos gigantes representam grandes cientistas da humanidade, como Albert Einstein e Charles Darwin. Eles posam ao lado das crianças que querem saber mais sobre a química no início da terra e outras experiências físícas.

O local faz parte da programação do SBPC Jovem, uma secção dedicada aos mais jovens dentro do grande evento acadêmico de palestras complexas. Foram montados 20 estantes dentro do circo, cada um com um tema diferente. No centro do cômodo, alguns instrumentos atiçam a curiosidade dos mais novos. A 'Caravana dos Notáveis Cientistas Pernambucanos' traz caricaturas divertidas dos principais pesquisadores de Pernambuco, como Paulo Freire e Ulysses Pernambucano. Também está montada a exposição “História Química da Humanidade”, com painéis explicativos sobre a influência da química na história da humanidade e dos seres vivos, incluindo experiências químicas que podem ser realizadas na hora.

Antônio Carlos Alves montou um estande com informações e experiências do Parque da Ciência de Ipatinga, cidade do interior de Minas Gerais. Na manhã desta segunda-feira (22), na UFPE, ele compartilha ilusões de ótica em três dimensões. “Você consegue ver um castelo de areia nesta figura?”, desafia o professor de física quem ousar adentrar sua área. “Quase ninguém que passou aqui até agora conseguiu ver”, disse ele.

Enquanto conversava com a reportagem do G1, algumas pessoas chegaram e não tiveram sucesso em ver as figuras escondidas nas páginas do chamado “Olho Mágico”. “Vou conseguir antes de ir embora”, disse uma adolescente, sem sucesso. “Neste aqui tem uma arca do tesouro com vários golfinhos. São figuras sobrepostas, é preciso fixar o olhar num ponto da imagem e depois afastar dos olhos”, ensinou Antônio.
Seis estados brasileiros (RJ, RS, PR,SP, MG e PE) trouxeram amostras de seus respectivos espaços da ciência. De Pernambuco, estão presentes representantes do Recife e de Petrolina, no Sertão.

O Circo da Ciência está montado entre o Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) e o Colégio de Aplicação, na UFPEx, Zona Oeste do Recife, e fica aberto das 9h às 12h e das 13h às 17h.

A SBPC segue na Universidade Federal de Pernambuco até o dia 26 de julho. A programação completa pode ser conferida no site do evento.

Pós-doutorado no Projeto Imagens Profundas do Universo na Catholic University of America (CUA)



(SAB) Estão abertas as pré-inscrições para pós-doutorado no Projeto Imagens Profundas do Universo a ser realizado sob supervisão da Profa. Duilia de Mello na Catholic University of America (CUA) em Washington, DC, EUA.

O candidato deverá cumprir os requisitos do programa Ciência Sem Fronteiras (CsF) de pós-doutorado. O financiamento do CsF será pedido em colaboração com o candidato e sujeito a aprovação do CsF. O candidato deverá ter experiência em tratamento de imagens, redução de dados e de preferência ter experiência na área extragaláctica, porém candidatos em outras áreas serão considerados.

Os interessados deverão enviar curriculo via email para demello@cua.edu até o dia 30 de julho de 2013. O projeto a ser encaminhado ao CsF será escrito em colaboração com o candidato vencedor e deverá ser enviado para o CsF até 30 de agosto de 2013. Se aprovado pelo CsF, o pós-doutorando deverá iniciar suas atividades em janeiro-fevereiro de 2014 com duração de até 2 anos.

O projeto Imagens Profundas do Universo, além da CUA, tem colaborações na NASA Goddard Space Flight Center em Greenbelt, MD, e no instituto do Space Telescope (STScI) em Baltimore, MD. Para maiores informações sobre o programa do CsF de pós doutorado consulte

http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/pos-doutorado

Campanhas Nacionais para a Educação em Astronomia

(Prof. Rodolfo Langhi)


1) Projeto “Eratóstenes Brasil”:* calcule o tamanho de nosso planeta Terra de uma maneira simples, eficaz e socializadora! Trata-se de uma atividade didática que funciona desde 2010 envolvendo várias escolas da América Latina (e Clubes de Astronomia) por meio da observação sistemática da sombra de uma haste vertical. Veja como é fácil participar em:
http://sites.google.com/site/projetoerato/



2) Projeto “Maratona da Via Láctea”:* participe em medir o quanto a iluminação pública afeta o céu estrelado de sua cidade! Trata-se de uma atividade simples de observação a olho nu da constelação do Escorpião. Esta atividade foi um sucesso durante o Ano Internacional da Astronomia (2009) e a partir de 2013 a retomamos em todo o território nacional. Participe! Acesse:
http://sites.google.com/site/maratonavialactea/




3) Projeto “Observando Estrelas”:* juntamente com seus alunos, observe e registre a olho nu a variação de brilho de uma estrela variável, introduzindo-os à Astronomia Observacional e à metodologia de coleta de dados científicos por meio da observação. Remeta estes dados e seja um “astrônomo-mirim” por compreender a natureza dos céus! Participe:
http://sites.google.com/site/estrelasvariaveis/



4) Projeto “Astrônomo por um Mês”:* se você é um professor que trabalha com Astronomia e gostaria de usar um observatório astronômico para realizar algum tipo de estudo sobre um astro ou fenômeno astronômico específico, então chegou a sua chance! Neste projeto, certos observatórios sãocolocados à sua disposição para que você reúna seus alunos e desenvolva um trabalho de observação sistemática do céu usando os equipamentos “profissionais” durante um mês. Veja como participar em:
http://sites.google.com/site/astronomoporummes/




5) Informativo do Observatório Didático de Astronomia (IODA):* periódico mensal destinado aos professores que desejam se atualizar com informações, fenômenos, ações pedagógicas, pesquisas em ensino de Astronomia, e relatos de experiências de docentes que trabalham temas de Astronomia. Consulte mensalmente:
http://sites.google.com/site/iodastronomia/



6) Curso da IAU no Brasil:* de 12 A 15 DE AGOSTO DE 2013, ocorrerá o cursoNASE - Network for Astronomy School Education (Rede de Ensino de Astronomia na Escola, promovido pela International Astronomical Union - IAU). O principal objetivo do NASE é a formação de professores em exercício, de futuros professores e de pesquisadores sobre Educação em Astronomia, incluindo discussões sobre metodologias de ensino de Astronomia.
Local: Observatório Didático de Astronomia da UNESP/Bauru. Informações e
inscrições:

http://sites.google.com/site/cursodaiaunobrasil/

23 de jul. de 2013

Jundiaí recebe astronauta em evento científico

(Mercado da Comunicação) Entre os dias 24 e 27 de julho, a cidade de Jundiaí, em São Paulo, vai sediar o 41º Encontro Regional de Ensino de Astronomia (EREA). O evento é realizado pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) em parceria com a Secretaria de Educação de Jundiaí.

A programação contará com minicursos e aulas de astrônomos. Os participantes vão entender mais sobre alguns fenômenos, como, por exemplo, as estações do ano, os equinócios, os solstícios, as fases da Lua e as evoluções das estrelas.

Haverá ainda observações do Sol e noturnas, além de oficinas para montar galileoscópios (lunetas) e para construir foguetes de garrafa pet e relógios solares. E, no encerramento, o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, irá conversar com o público sobre sua missão especial na Estação Internacional Espacial (ISS, na sigla em inglês).

Segundo o professor e astrônomo Dr. João Canalle, coordenador nacional da OBA, o projeto tem como missão debater e compartilhar práticas pedagógicas voltadas ao ensino da astronomia e divulgar o valor dessa ciência em âmbito regional. “Queremos ainda realizar uma integração entre educadores, pesquisadores, estudantes e astrônomos”, destaca.

Os minicursos e oficinas vão acontecer no Centro de Formação Permanente Professor Paulo Freire, no Complexo Argos. Já a palestra de Marcos Pontes será na Escola Técnica Estadual Vasco Venchiarutti.

Os Encontros Regionais de Ensino de Astronomia são promovidos pela instituição durante todo o ano, desde 2009, através de parcerias locais e principalmente com recursos obtidos junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e junto ao Instituto Nacional de Estudos Espaciais (INespaço). Quem quiser organizar um EREA em sua região, basta entrar em contato com a secretaria (oba.secretaria@gmail.com).

Serviço:
41º EREA – Jundiaí (SP)
Período: de 24 a 27 de julho.
Locais:
Centro de Formação Permanente Professor Paulo Freire, no Complexo Argos;
Escola Técnica Estadual Vasco Venchiarutti.

Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA - http://www.oba.org.br)

Programação dos Encontros Regionais de Ensino de Astronomia:
http://www.erea.ufscar.br/

Tempo celeste

(Marcelo Gleiser - Folha) Grosso modo, existem duas eras que caracterizam a existência de humanos na Terra: primeiro, a dos caçadores-coletores, grupos nômades que peregrinavam por grandes áreas em busca de comida e abrigo. Depois, a que chamamos de "civilização", produto da fixação de populações em torno de áreas cultiváveis, presumivelmente a partir dos natufianos, cerca de 10 mil anos antes de Cristo, na área onde hoje estão Israel e Jordânia.

Essas determinações dependem crucialmente de artefatos achados em escavações arqueológicas. É possível que outras áreas existissem onde a agricultura fosse cultivada antes disso e que ainda não foram descobertas. Essa é uma característica básica das ciências ditas históricas, onde o que num momento é o "primeiro" pode ser suplantado por novos achados.

Dado o que sabemos, ou sabíamos, havia uma outra distinção essencial entre os caçadores-coletores e as primeiras civilizações. Na transição de uma era para outra surgiu uma preocupação com a passagem do tempo que levou à elaboração de meios que tornassem possível sua determinação: "relógios" primitivos que marcassem a regularidade dos ciclos naturais.

Certamente, os caçadores-coletores sabiam da passagem dos dias, das fases da Lua, das estações do ano, todos esses fenômenos que ligavam a Terra aos céus. Sabiam também, e temiam, fenômenos não regulares como eclipses, cometas e chuvas de meteoros. Era claro que existiam padrões de ordem e de desordem nos céus, cuja compreensão ia muito além dos poderes humanos (até bem mais tarde, quando a ciência entra em cena).

A divinização dos céus --que se tornam a morada dos deuses-- foi de certa forma uma tentativa de estabelecer algum tipo de controle sobre o que era incontrolável, com o intuito de preservar o grupo contra forças naturais implacáveis e misteriosas.

Porém, dado o caráter nômade dos caçadores-coletores, não se sabia que tinham já não só uma preocupação com a passagem do tempo, mas meios de marcá-la. Essa foi a revelação surpreendente de pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, que descobriram o mais antigo "relógio" celeste, criado aproximadamente 10 mil anos atrás.

Doze pedras imitando as várias fases da Lua, num arco de cerca de 50 metros. No centro, uma pedra de dois metros de diâmetro marca a Lua cheia. Curiosamente, o arranjo é alinhado com o Sol nascente no meio do solstício de inverno da época, o que dava aos arquitetos a chance de recalibrar seu calendário lunar com o ano solar. Arqueólogos encontraram evidências de que as pedras foram mudadas de lugar durante milhares de anos.

O achado muda nosso modo de pensar sobre os caçadores-coletores, que obviamente eram bem mais sofisticados do que imaginávamos. Nessa região da Escócia, migrações de animais ocorriam com regularidade, e prevê-las era garantia de comida. Usar os céus para fazê-lo mostrava um conhecimento astronômico bem anterior ao das civilizações do Oriente Médio. E é a prova de um início formal da história ainda antes da agricultura, forjado por uma profunda ligação entre o homem e os céus.

Programa de Pós-Graduação em Física e Astronomia da UNIVAP



(SAB) Estão abertas, de 01 de julho a 01 de agosto de 2013, as inscrições para os cursos de Mestrado e Doutorado em Física e Astronomia da Universidade do Vale do Paraíba - UNIVAP, em São José dos Campos, SP.

O Programa (nota 4 CAPES) oferece gratuidade das mensalidades aos alunos do programa e bolsas da estudos (CAPES, FAPESP, CNPq e FVE/Univap), dependendo da demanda.

Áreas de Pesquisa:
1) Física Espacial:
Física da Alta Atmosfera
Física da Ionosfera
Física da Mesosfera
Física da Magnetosfera e do Meio Interplanetário
Física da Relação Sol-Terra
Física das inter-relações Sol-Terra-Clima por meio de registros naturais

2) Astrofísica:
Astroquímica Experimental
Astrofísica estelar e formação de estrelas
Estudo da dinâmica de sistemas estelares
Astrofísica extragalática
Astrobiologia
Física Solar
Simulações numéricas de galáxias em colisão

3) Física da Matéria Condensada:
Estudo das propriedades termomecânicas das ligas amorfas de carbono- nitrogênio hidrogenadas
Estudo da composição bioquímica da pele humana por espectroscopia Raman in vivo
Estudo da composição bioquímica de materiais biológicos por espectroscopia
Raman e imageamento por FT-IR
Diagnóstico de doenças por Nanossonda

O objetivo do Programa de Pós-graduação em Física e Astronomia da UNIVAP é formar profissionais e docentes para o campo industrial e acadêmico do Brasil e exterior, visando qualificar graduados em curso superior nas áreas de Física, Astronomia, Matemática, Química, Computação, Engenharias e áreas correlatas.

Os alunos dos Cursos são envolvidos no projeto e no desenvolvimento de novos equipamentos, na modelagem e análise dos dados obtidos por estes e por outros instrumentos disponíveis à comunidade geofísica e astronômica, no estudo de novos materiais, supercondutores e semicondutores, trabalhando com os docentes-pesquisadores do programa e em cooperação com grupos de pesquisa de instituições nacionais e do exterior.

Para maiores informações e instruções para inscrição acesse:
http://www.ipd.univap.br/fisica_astronomia/mestrado_fis_astr/inscri_selecoes.php
http://www.ipd.univap.br/fisica_astronomia/doutorado_fis_astr/inscri_selecoes.php

Endereço:
Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP)
Instituo de Pesquisa e Desenvolvimento (IP&D)
Av. Shishima Hifumi, 2911, Urbanova, São José dos Campos
CEP:12244-000
Tel. (12) 3947-1113
e-mail: olidors@univap.br (Mestrado) e guga@univap.br (Doutorado)

Comandar um telescópio a partir de casa

Projecto Gloria (GLObal Robotic-telescope Intelligent Array for e-Science)


(Ciência Hoje - Portugal) A partir de um computador pessoal ligado à Internet qualquer pessoa em qualquer parte do mundo pode controlar um dos 17 telescópios do projecto Gloria (GLObal Robotic-telescope Intelligent Array for e-Science), que começou a funcionar com o Telescópio Aberto de Divulgação Solar (TADS), situado no Observatório de Teide, em Tenerife.

Para aceder a este projecto, que se iniciou com o telescópio do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), é preciso abrir uma conta no seu sítio web e fazer uma reserva para poder teleoperar.

O responsável do projecto no IAC, Miquel Serra-Ricart, explica que de momento o acesso restringe-se a 15 minutos para que muitas pessoas o possam utilizar. O problema será mesmo a lista de espera.

Só é necessário um computador vulgar e uma linha ADSL. O projecto tem licenças copyleft, o que permite a livre distribuição gratuita dos seus conteúdos e materiais. Os utilizadores poderão conectar novos telescópios à rede, assim como criar experiências e participar em actividades de divulgação astronómica.

Financiado pela União Europeia, participam no projecto 13 sócios de oito países que dispõem de 17 telescópios em África, América, Ásia e Europa. A ideia é que se incorporem outros telescópios tanto de particulares como de entidades públicas ou privadas.

22 de jul. de 2013

Astronomia ao Vivo! - HANGOUT de domingo (21/07/13)

Videocast "Céu da Semana" - 22 a 28 de julho de 2013



LAbI - Laboratório Aberto de Interatividade para Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico - da UFSCar

Concurso para Professor Adjunto na UFMG



NÚMERO DE VAGAS: 01 (uma)

ÁREAS DO CONHECIMENTO: Astrofísica em uma das seguintes especialidades:
Astrofísica Estelar; Astrofísica do Meio Interestelar; A Galáxia e as
Nuvens de Magalhães.

PERÍODO DE INSCRIÇÃO: de 03/07/2013 a 02/09/2013

DATA LIMITE PARA ENTREGA DE DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS: 12/09/2013

TIPOS DE PROVAS: Prova de Títulos, Prova Didática e Apresentação de
Seminário.

Maiores informações no link abaixo:

http://www13.fisica.ufmg.br/docs/concurso-E353-01072013.html

RELEA - Revista Latinoamericana de Educación en Astronomía


Edição nr.15 disponível (clique na imagem acima para acessar)

20 de jul. de 2013

Ciência na cabeça e frevo no pé

Em clima de descontração, Recife receberá comunidade científica, entre os dias 21 e 26 de julho, para a 65ª Reunião Anual da SBPC

(JC) Recife é uma cidade veterana em reuniões anuais da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A 65ª Reunião Anual da SBPC, entre 21 e 26 de julho, será a quinta edição na capital pernambucana. Os encontros realizados na "Veneza brasileira" são marcados por novidades e um clima de descontração. Em 2003, foi o lançamento da Ciência Jovem e da Expotec, e em 2005 a criação do único bloco carnavalesco no mundo que é exclusivo de divulgação científica: "Com ciência na cabeça e frevo no pé", que vai se apresentar esse ano também.

A escolha da cidade sede segue um processo formal. De acordo com o engenheiro agrônomo José Antonio Aleixo da Silva, secretário da SBPC, a interessada tem que oficialmente se lançar como candidata e apresentar as razões pelas quais deve se qualificar para sediar a reunião perante o Conselho da SBPC. "Esta é a forma atual de escolha de uma cidade para sediar uma reunião anual", explica ele, lembrando que Recife já sediou quatro reuniões anuais: 7ª RA em1955; 26ª RA em 1974; 45ª RA em 1993 e a 55ª RA em 2003.

Aleixo que é professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco conta como a cidade chegou a mais essa reunião anual. "Foi em 2003, na sessão de encerramento da 55a RA que nos candidatamos para realizar a reunião de 2013, o que foi confirmado na 63a RA em Goiás. Portanto, a escolha de Pernambuco para 65a RA é uma solicitação que se concretiza 10 anos depois", festeja ele.

Foi também na reunião de 2003 que a cidade registrou o maior público inscrito, foram 17.300 pessoas. Nesse mesmo ano, Aleixo lembra o lançamento da experiência de interiorização do evento. "O polo principal foi Recife e havia outros seis polos no interior: em Nazaré da Mata, Vitória de Santo Antão, Palmares, Caruaru, Arcoverde e Salgueiro", conta ele.

De acordo com Aleixo desta vez será diferente. "Devido à grande demanda, teremos que realizar a reunião em duas etapas: a primeira que estamos chamando de "SBPC Educação", será de 15 a 17 de julho nos municípios de Recife, Caruaru, Garanhuns, Serra Talhada e Petrolina. Será destinada majoritariamente para professores da rede Estadual, com minicursos, palestras, conferências e mesas redondas", explica o professor. Durante a semana de 21 a 26 de julho, quando ocorrerá o evento na capital pernambucana, essas cidades também terão atividades durante dois dias e receberão transmissões diretas e gravadas de atividades da reunião em Recife. "Com isto, tudo indica que teremos um público maior que o de 2003, poderemos superar os 20 mil inscritos", aposta Alexo.

Vocação científica - Pernambuco tem em sua história marcas de uma vocação científica. A primeira tentativa de criação de uma universidade no Brasil data da época de Maurício de Nassau (1637-1641), que trouxe para o estado vários cientistas holandeses. Frans Post e Albert Eckout são exemplos de nomes da ciência que desembarcaram por aqui, junto com diversos artistas, que se uniram em um projeto denominado "exploração profunda e universal da terra". "Hoje, Pernambuco se destaca em várias áreas científicas e tecnológicas, como por exemplo: ciências exatas, humanas e biológicas, possui um excelente polo médico, de informática e o complexo portuário de Suape que possui um cluster de indústrias nos mais diversos setores", informa o secretário da SBPC.

Para o professor Aleixo as expectativas para esta reunião são as melhores possíveis. "O título da reunião anual: "Ciência para o novo Brasil" foi definido desde o ano passado e hoje vemos todo esse movimento da população indo às ruas clamando por um novo Brasil. Coincidência ou não, o que queremos mostrar nessa reunião é o que a ciência, tecnologia e inovação podem fazer para esse novo Brasil que todos querem".

Bloco da ciência - Albert Einstein, José Leite Lopes, Galileu Galilei, Joana Doberheiner e muitos outros cientistas ilustres estarão presentes na 65ª Reunião Anual da SBPC, em Recife. Todos estarão representados em bonecos gigantes que fazem parte da troça carnavalesca "Com Ciência na Cabeça e Frevo no Pé", que desfilará ao final do encontro.

A ideia surgiu em 2005, quando foi realizada uma reunião regional da SBPC, também em Recife. O professor José Antonio Aleixo da Silva, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), lembra que nesse ano se comemorou 100 anos da teoria da relatividade e como forma de homenagem foi feito um boneco gigante de Albert Einstein. "A reunião regional coincidiu com a semana pré-carnavalesca e resolvemos ao final fazer um desfile na avenida dos reitores, e como o boneco já estava pronto, ele participou do desfile", conta Aleixo.

Atualmente, vários ícones da ciência brasileira e mundial fazem parte do time de bonecos gigantes da troça. Ao lado de Albert Einstein, José Leite Lopes, Galileu Galilei e Joana Doberheiner estão Santos Dumont, Leonardo Da Vinci, Charles Darwin, Madame Curie, Naide Teodósio, Milton Santos, Carlos Chagas, Paulo Freire, Cesar Lattes.

As troças carnavalescas ou troças carnavalescas mistas são pequenas agremiações, menores em estrutura que os blocos ou clubes de frevo. A representante científica fez tanto sucesso que passou a desfilar na quarta-feira da semana pré-carnavalesca no Recife Antigo e na segunda-feira de Carnaval em Olinda.

Para este ano, Aleixo anuncia uma novidade. "Hoje, nosso bloco tem 14 bonecos gigantes de cientistas do mundo e na 65a RA da SBPC o bloco estará presente com um novo boneco gigante que por enquanto não podemos divulgar o nome do cientista, será surpresa", informa Aleixo.

19 de jul. de 2013

Cláudio Benevides Pamplona (23/12/1942 – 01/07/2013)


(Heliomárzio Moreira) O professor e astrônomo Cláudio Benevides Pamplona, de elevado nível intelectual, possuía uma das mais extraordinárias mentes no estudo da Astronomia e ciências correlatas, era um exímio observador e pesquisador dos fenômenos celestes com trabalhos observacionais que recebiam elogios dos maiores astrônomos de sua época.

Nasceu no dia 23 de dezembro de 1942, na cidade de Fortaleza, Ceará. Filho do médico Carlos Ribeiro Pamplona e de Miriam Benevides Pamplona. Pai de Carlos Ribeiro Pamplona Neto, nascido do primeiro matrimônio. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Ceará e com cursos de Astronomia e Climatologia pela Universidade Estadual do Ceará.

Fundou e Dirigiu o Observatório Astronômico Herschel-Einstein, em 10 de outubro de 1965, sob a luz do cometa Ikeya-Seki, aonde veio dar grandes contribuições à Astronomia brasileira e mundial juntamente com sua amada esposa Iolanda Siqueira Pamplona, que coordena os trabalhos no OAHE.

Em sua trajetória na pesquisa e divulgação científica, participou de entidades astronômicas nacionais onde foi presidente, diretor e sócio Honorário da Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia. Membro fundador e ex-secretário geral da união Brasileira de Astronomia (UBA), da qual foi consultor científico da comissão de cometas. Membro titular da Société Astronomique de France (SAF).

Foi observador meteorológico da Fundação Cearense de Meteorologia e Chuvas Artificiais, a atual FUNCEME.

Professor de Geografia Astronômica e Cosmografia, Meteorologia e Climatologia do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual do Ceará.

Colaborou com a NASA e com o Instituto Smithsonian (Washington D.C. – Estados Unidos da América), durante as missões do projeto Apolo, com vários registros de Fenômenos Lunares Transitórios, os TLPs sobre a superfície lunar, com registros nos arquivos do Smithsonian.

Participou do GATE (GARP Atlantic Tropical Experiment – Experimento do Atlântico Tropical) a bordo do navio oceanográfico Almirante Saldanha, em setembro de 1974, para o GARP (Programa Global de Pesquisa Atmosférica). Recebendo condecoração em 2011.

Foi assessor do Instituto Brasileiro de Estudos Antárticos – IBEA.

Com mente aberta, foi um dos maiores astrônomos brasileiros a defender abertamente o estudo científico dos Objetos Voadores Não Identificados. Proferiu palestra no I Fórum Mundial de Ufologia, em Brasília, a 13 de dezembro de 1997, onde foi um dos destaques.

Um dos precursores na fundação do Observatório Oto de Alencar, na Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Realizou inúmeras palestras e conferências sobre Astronomia e Climatologia. Participou de vários congressos e encontros de Astronomia, entre outros, o da União Brasileira de Astronomia, da Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia e da Liga Ibero-Americana de Astronomia.

Recebeu comendas, tais como a de Amigo da FUNCEME, em 20 de setembro de 2002.

Autor de centenas de artigos, publicados em jornais, revistas e boletins científicos, nacionais e internacionais, dentre os quais se destacam: a Coluna COSMOS, que publicou semanalmente na “Tribuna do Ceará”, e depois no jornal “O Povo”, entre dezembro de 1973 e dezembro de 1978; Tempo e Voo – Meteorologia e Aeronáutica, 1972; As Plêiades e as Hyades, 1985 – em parceria com Iolanda Pamplona; Temas Astronômicos, 1981 – em coautoria e Os Cometas através dos tempos (Cronologia Cometária) – pela UECE e BNB, 1985.

Veio a falecer às 17h 15 min do dia 01 de julho de 2013, após uma parada cardiorrespiratória irreversível.

Está sepultado no Cemitério Jardim Metropolitano em Fortaleza.

Cláudio manteve contato com cientistas de diversas nacionalidades os quais vinham visita-lo em sua residência, ou mantinham correspondências sobre a Astronomia e Climatologia, dentre outras ciências relacionadas. Com uma vasta biblioteca com cerca de três mil títulos, maquetes didáticas, uma coleção de meteoritos e arquivos de fotos e filmagens, registros de pesquisas que realizava com seus inseparáveis telescópios, como os refratores Denkar e Yamatar, ou o refletor de 320 mm, o 14-Bis, vai deixar saudades pelas cultas e belas noites de observações astronômicas com a Iolanda e todas as equipes de jovens curiosos e estudiosos, que passaram pelo Observatório em sua companhia a aprender técnicas de observação e a se transformarem em pesquisadores competentes em seus ofícios.

A Astronomia ficou órfã com sua partida, pois o Cláudio foi um grande pai para todos aqueles que buscavam o conhecimento do Céu. Um dos maiores incentivadores da Ciência com uma incansável empolgação a receber estudantes e curiosos, ávidos por conhecerem os mistérios do Cosmos. De espírito acolhedor, tinha o maior prazer em passar o seu conhecimento sobre o universo. Disse certa vez: “quanto mais a gente aprende, mais entende que há muito a aprender”.

Pelo seu amor e respeito pela ciência, que pulsava em suas veias, e seu exemplo de ser humano, Cláudio viverá por muito tempo nas mentes e corações de todos aqueles que tiveram a honra de conhecê-lo e trocar ideias sobre as mais diversas áreas do conhecimento. A observação do céu continuará marcada pelos seus comentários e orientações, imortalizada no mais distante pulsar que lembrará a vibração dos pioneiros da observação do Céu dentre os quais brilha com certeza mais uma grande alma. Da exploração do infinito, grande amigo, você alcançou a sua tão sonhada eternidade!

Faz Tempo é a nova exposição do MAST

No dia 17 de julho, Museu de Astronomia inaugurou exposição sobre o tempo. São abordadas questões acerca da natureza do tempo e dos ciclos naturais que nos permitem perceber ou registrar a passagem do tempo

(JC) Qual a idade do Universo? O que é o tempo? Como medimos o tempo? O Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) responde a essas questões de uma forma criativa, interessante e interativa. Na quarta-feira, 17 de julho, o MAST inaugurou a exposição Faz Tempo que aborda o conceito de tempo de forma interdisciplinar, apresentando instrumentos científicos de medida de tempo, selecionados de seu acervo, e questões relativas às escalas de tempo astronômica e geológica.

Na abertura da mostra, o professor Henrique Lins de Barros, diretor da Escola Nacional de Botânica Tropical do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, apresentou uma palestra sobre a percepção do tempo, conceito de tempo profundo e o tempo como quarta dimensão. O evento aconteceu no auditório do prédio anexo do MAST - Rua General Bruce, 586, Bairro Imperial de São Cristóvão, Rio de Janeiro.

"O tema tempo é multidisciplinar. Pode-se pensar no tempo de várias formas. Ele está presente não só na ciência, mas também, nas músicas, nas poesias, na literatura. A medida de tempo, seu conceito nas ciências naturais, a noção, a percepção de passagem do tempo: tudo isso foi mudando ao longo da nossa história.", analisa Flávia Requeijo, uma das curadoras da exposição.

Faz tempo, a exposição
A exposição está organizada em dois espaços localizados no campus do MAST. No primeiro, o Pavilhão da Luneta Equatorial Heyde de 21 cm (Cúpula 21), são abordadas questões acerca da natureza do tempo, a percepção da passagem do tempo e suas diferentes escalas.

Para situar os visitantes nestas enormes escalas de tempo, há a representação de um "Calendário Cósmico", que conta a história do Universo condensada em um ano. Nele, percebemos que a nossa espécie surgiu na Terra nos últimos instantes dessa história. Além disso, o piso do porão do pavilhão tem adesivos com representações de eventos da história do Universo.

Em um dos painéis, a história da Terra (escala de tempo geológico) é apresentada em detalhes, com suas eras e principais eventos que marcaram a vida no planeta. Como objetos relacionados a estes assuntos, temos os meteoritos e fósseis que ajudam na datação da Terra. Fósseis, cedidos pelo Museu Nacional, estão expostos nesta sala.

No pavilhão do Círculo Meridiano de Gautier, segundo espaço da mostra, são abordados temas relacionados à organização social do tempo e ao "tempo mecânico". Relógios de pêndulo, de quartzo e atômico, serão usados para relacionar as formas de medir o tempo com a história da medição do tempo no Brasil (ON/MAST), a determinação da hora legal brasileira e outras curiosidades.

A exposição conta com aparatos interativos mecânicos e vídeos para explicar o funcionamento de instrumentos de medida de tempo e conceitos científicos neles envolvidos. Como, por exemplo, um circuito que mostra os componentes internos de um relógio de quartzo. O visitante, ao pressionar um botão, age como uma "bateria", fornecendo energia para o relógio funcionar e percebe como é feita a contagem do tempo no display. O painel contém explicações sobre os componentes do circuito e ainda outros modelos de relógio de quartzo da atualidade.

Há outros aparatos como o relógio de pêndulo que proporciona, ao público, a oportunidade de manusear conjuntos diferentes de engrenagens e de pêndulos simples para perceber algumas questões abordadas na exposição. O aparato da Luneta Meridiana mostra que as estrelas também podem ser usadas como referência para medir o tempo, além do Sol. E o quiosque multimídia do Relógio Atômico que explica, por meio de um vídeo de animação, o seu funcionamento.

Para Flávia, a exposição ajuda a "perceber um novo conceito de tempo que também está nas rochas, nos meteoritos, nos fósseis, na literatura e em casa nos nossos relógios. E entender um pouco mais sobre o funcionamento dos instrumentos, ajuda a formar uma ideia sobre o conceito de tempo".

Histórico do Projeto
Ao longo do projeto da nova exposição de longa duração do MAST (Olhar o céu, medir a Terra), a pesquisadora Maria Esther Alvarez Valente começou a desenvolver estudos com seus bolsistas com o objetivo de avaliar como tornar, instigante, prazeroso e inteligível, para os diferentes públicos do MAST, o tema "Medindo o tempo" pertinente a um dos módulos da exposição.

Desde então outros bolsistas passaram pelo projeto agora intitulado Tempo em Exibição, que tem como objetivos gerais: acessar os conhecimentos que os diferentes públicos possuem a respeito do tempo e de sua medida; pesquisar e desenvolver estratégias de abordagem do conceito de tempo em um museu de ciências e identificar o impacto de ações educativas e comunicacionais realizadas no museu sobre as concepções que diferentes públicos fazem do conceito de tempo.

Em março de 2012, o projeto Tempo em Exibição foi contemplado em um edital da Secretaria de Estado de Cultura, na área de "Dinamização em museus e centros de memória", o que possibilitou a concepção e o desenvolvimento de uma exposição, que foi nomeada Faz Tempo.

A exposição, coordenada pela pesquisadora Maria Esther Alvarez Valente, é patrocinada pelo CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e pela Secretaria de Estado da Cultura do Rio de Janeiro.

Serviço

Visitas:
Terça, quinta e sexta, 9h às 17h; quarta, 9h às 20h; sábado, 14h às 20h; domingo e feriado, 14h às 18h
Entrada gratuita
Classificação Livre
Museu de Astronomia e Ciências Afins
Rua General Bruce, 586, Bairro Imperial de São Cristóvão
Informações: (21) 3514-5200 ou www.mast.br

A Ocultação de Dabih Major pela Lua em 23 de Julho 2013!


(Sky and Observers_Na noite de 22 para 23 de julho próximo, a Lua - 100% iluminada e com uma elongação de 174°, ocultará a estrela Dabih Major (Beta Capricorni) de magnitude 3.1 (Figura 1). Proporcionando um belo espetáculo aos observadores munidos com pequenos instrumentos óticos como: binóculos, lunetas e telescópios, esse evento poderá ser observado numa grande extensão dos continentes americano, europeu, africano e também parte do oriente médio na Ásia.

Noite de observação astronômica em Chapecó/SC


O Grupo de Estudo em Astronomia da UNOCHAPECÓ, Apontador de Estrelas - Grupo de Astronomia do Oeste Catarinense e o Grupo de Estudo e Observação Astronômica Sigma Octantis estará promovendo no dia 19 de julho, a partir das 19 horas, noite de observação que acontecerá no calçadão ao lado do estacionamento da loja Havan, Centro.

Traga sua família, amigos e vizinho para conhecer mais sobre aglomerados de estrelas, planetas, a Lua, entre outros astros.

Contamos com sua presença.

Obs.: Em caso de condições climáticas desfavoráveis o evento será cancelado.

Cem anos da hora legal no Brasil

(Ronaldo Rogério de Freitas Mourão - JB) Apesar de a hora média já estar em uso em Paris, desde 1816, é estranho um país de tão grande extensão territorial mas sem vias de comunicação rápida nessa época, não tenha adotado a hora média, e a população continuasse a servir-se da hora verdadeira local, fácil de se obter por intermédio dos quadrantes solares.

É certo que, excepcionalmente, nos portos marítimos como Bahia, Rio, Recife, Santos e talvez com outros recursos de comunicação com a Europa, as necessidades de navegação obrigassem os relojoeiros a uma determinação e conservação mais cuidadosas da hora. Consta que antes da criação do Imperial Observatório do Rio de Janeiro, em 1827, existiu na antiga Ilha dos Ratos (hoje Ilha Fiscal), na Baía de Guanabara, um pequeno observatório no qual se achava instalado um instrumento da marca Dolland destinado à observação da passagem de estrelas pelo meridiano. Mais tarde esse instrumento foi removido para terra firme, sendo, então, montado em um prédio situado à Rua Direita (hoje Primeiro de Março), no Rio de Janeiro. Essa luneta foi de propriedade da antiga relojoaria Roskell, estabelecida em 1808, à Rua Direita, 24, no Rio de Janeiro, e, por volta de 1869, sucedida pela firma D. Norris & Cia, à Rua Primeiro de Março, 20, também nesta mesma cidade, onde continuou como os únicos representantes dos relógios e cronômetros ingleses de Robert Roskell e John Poole.

Parece, portanto, caber à casa Roskell, e mais tarde à firma de Diogo Ildefonso Norris, a primazia na determinação regular da hora no Rio de Janeiro e a regulagem dos cronômetros de Marinha de que sempre se ocupou até o primeiro quartel desse século, quando os últimos representantes da firma se afastaram definitivamente do negócio.

A situação anárquica que existia no Brasil em matéria de tempo não mudou após a criação do Observatório do Rio de Janeiro, em 15 de outubro de 1827, o que era de se esperar por se achar o instituto recém-criado isolado na capital do Império, a lutar com dificuldades de toda ordem, sem instrumental eficiente e sem local apropriado ao seu funcionamento. Além disso, era obrigado a acompanhar a via férrea ou o telégrafo, na difusão da hora no interior.

Ora, a primeira linha férrea no Brasil só foi inaugurada em 1854, mas limitada a uma zona muito restrita próxima ao Rio de Janeiro. Somente tornou-se notável a extensão das linhas após 1876, não podendo, portanto, a hora do observatório alcançar grande distância por esse meio de comunicação. Assim, também sucedeu com o telégrafo. Em 1850, só havia comunicações ópticas no Brasil. Em 1852, começou a funcionar o telégrafo elétrico, somente nos arredores da capital, sendo poucos os progressos realizados no começo, até 1876, quando as linhas morosamente aumentadas estenderam-se da Paraíba até o Rio Grande do Sul. Somente em 1886, graças à dedicação do Barão de Capanema, estava o Brasil provido de linhas telegráficas em toda a extensão do litoral, com numerosas e importantes ramificações.

Em dezembro de 1875, foi inaugurado o cabo submarino ligando o Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Pará. Foi, imediatamente, aproveitado para trabalhos de difusão de hora e determinação rigorosa das longitudes dos diversos pontos da costa brasileira, em relação a Greenwich. Em 1884, o Brasil foi convidado pelo governo dos EUA, para participar da Conferência Internacional do Meridiano em Washington, quando foi adotado o meridiano que passa por Greenwich como origem das longitudes e, portanto das horas, assim bem como o sistema de fusos horários. Enviado como representante do Brasil, Luiz Cruls, então diretor do Imperial Observatório do Rio de Janeiro (atual Observatório Nacional), adotou posição contrária à escolha de Greenwich tendo em vista a solicitação do imperador dom Pedro II, que deveria votar com a França. Ora, como os astrônomos franceses defendiam o uso de um meridiano universal independente de uma nacionalidade, eles resolveram se abster, posição seguida pelo Brasil. Em consequência, o Brasil não aceitou as decisões da Conferência de Washington. Desse modo, o território nacional conservou a mesma situação anárquica em relação à hora, uma vez que Cruls não procurou impor junto ao Império e à República a adoção do sistema de fusos horários que daria ordem à situação.

A hora do Observatório Nacional, em 1888, passou a ser anunciada pelo balão time-ball, que era lançado da torre de sinais elevada no terraço do prédio do Observatório ao meio-dia. Tal sinal era utilizado pelo público na cidade e, mais particularmente, pelos navios fundeados no porto. Além disso, a hora fornecida pelo balão, o meio-dia, era transmitida telegraficamente à estação central da EFCB e à central telegráfica no Rio, por intermédio das quais podia ser levada a todos os pontos acessíveis do país. Essa espécie de controle sobre a distribuição da hora, que começava a ser exercido pelo Observatório, não tinha caráter obrigatório nem lei alguma que o determinasse. Era, então, de praxe na Repartição Geral dos Telégrafos o uso da hora da capital, mas nas diversas localidades servidas por linhas telegráficas costumava-se tomar a hora do telégrafo e corrigi-la da diferença para a do Rio, o que importava a utilização da hora média local para cada um desses pontos.

Após a primeira década do século 20, ainda permanecia o Brasil na mesma situação relativamente ao problema da hora, apesar de inúmeros progressos realizados em todos os ramos da atividade humana. No telégrafo era usada a hora do Rio, assim como também nas estradas de ferro próximas da capital. Em São Paulo a hora adotada era a da capital do estado. Nos estados procedia-se mais ou menos da mesma maneira quanto ao horário das vias férreas. Além desses casos, continuava a maior liberdade e independência com os maus resultados decorrentes.

Em outubro de 1912, a convite do governo francês, o astrônomo Nuno Alves Duarte da Silva participou da Conférence Internationale de l’Heure (Conferência Internacional da Hora), no Observatório de Paris, durante o qual, além da criação do Bureau International de l’Heure, adotou-se, finalmente, o sistema de fusos horários e o meridiano de Greenwich como a origem das longitudes e, portanto, da hora como havia sido decidido durante o Congresso. Foi necessário que a França aceitasse as resoluções da Conferência de Washington para o Brasil e viesse a organizar o sistema de hora no seu território. Convém lembrar que para os franceses, em virtude da pequena extensão territorial, eles não tinham os mesmos problemas que os brasileiros.

Felizmente, manifestou-se a necessidade do uso de uma hora especial, o que forçou o Brasil a aderir ao sistema de fusos horários. Foi então pela Lei nº 2.784, de 18 de junho de 1913, sancionada a resolução do Congresso Nacional adotando a hora legal no Brasil. Só após essa data é que realmente começou o governo a exercer o controle direto e efetivo sobre a hora, ficando o país dividido em fusos horários tendo como base o meridiano de Greenwich.

Em 1916, o doutor Luiz da Rocha Miranda, antigo astrônomo do Observatório Nacional, construiu às suas custas o pavilhão em que funciona o Serviço da Hora, no Morro de São Januário. Tal prédio teria recebido com justiça o seu nome, não fosse o admirável gesto de modéstia e gratidão de Rocha Miranda, que exigiu se batizasse o novo pavilhão com o nome do seu antigo mestre e amigo Luiz Cruls, homenagem muito justa a um dos maiores astrônomos do Observatório. Este pavilhão incluía, além de um escritório e laboratório para os aparelhos telegráficos no andar térreo, um subterrâneo destinado a receber pêndulas à pressão constante.

Em 1951, o equipamento do Serviço da Hora se havia tornado completamente obsoleto com o advento da cronometria eletrônica. A nos­sa colaboração com o Bureau International de l'Heure se encontrava praticamente à margem dos seus objetivos científicos. Nessa época o recém-criado Conselho Nacional de Pesquisas instalou um moderno equipamento eletrônico, destinado à conservação e transmissão da hora do Rio de Janeiro.

Em maio de 1970, no Observatório Nacional instalou-se o primeiro relógio atômico de césio do Brasil.

A partir de 2002, o serviço da hora do Observatório Nacional introduziu o uso no Brasil do carimbo do tempo – elemento fundamental a todas as transações comerciais – , pois todos os documentos devem ter uma hora determinada com uma grande precisão, pois a hora gerada pelos computadores locais num tabelionato e até mesmo na compra e venda de ações na bolsa de valores não revela a hora legal brasileira, única prova capaz de determinar o momento exato de uma negociação. As horas dadas pelos microcomputadores geram dados contraditórios, pois, além de não estarem todos sintonizados com a hora legal brasileira, eles podem ser alterados.

Depois de uma longa atividade de 88 anos, o pavilhão da Casa da Hora – Pavilhão Luiz Cruls – foi transferido para um novo prédio construído, durante a administração do doutor Waldimir Pirró e Longo, para dar uma nova infraestrutura ao serviço da hora, em especial ao carimbo do tempo.