31 de ago. de 2013

Se a ciência fosse uma galáxia…


O mapa do projeto Paperscape; no detalhe, uma “nuvem” de estudos sobre buraco negros

(Teoria de Tudo - Folha) SE CADA PESQUISA científica fosse uma estrela, como seria a galáxia da ciência? Essa pergunta pode parecer meio sem propósito, mas um estudo que usou exatamente essa lógica acaba de produzir um mapa extremamente interessante, que permite visualizar o jogo de influências nas ciências naturais.

Na imagem acima, o mapa do projeto Paperscape, cada ponto representa um artigo científico publicado no ArXiv, o maior repositório do planeta para artigos científicos preliminares. Com 867 mil artigos hoje, essa base de dados é hoje a principal via de comunicação para a matemática, a física, a astronomia, a ciência da computação e outras áreas das exatas.

De modo diferente daquele que ainda é praxe nas ciências biológicas, a maioria dos físicos hoje divulga os resultados de seus estudos assim que os obtém, sem passar por revisão independente, postando-os no ArXiv. Só depois de os artigos serem discutidos é que são submetidos para publicação formal em periódicos científicos.

Isso torna a física e a astronomia muito mais dinâmicas que a biologia hoje, mas resulta também num cenário mais caótico. Nas publicações científicas “oficiais” tudo é monitorado por organizações que indexam os estudos, mostrando quais trabalhos citam quais. Isso permite a alguém ter uma noção melhor de quão influente é um estudo e quem ele está influenciando. Na cacofonia do ArXiv, porém, encontrar produção científica relevante requer grande expertise em cada área, pois tudo lá dentro ocorre, de certa forma, à margem da ciência oficial.

É aí que entra a ideia de Damien George e Rob Knegjens, criadores do Paperscape. A dupla encontrou uma maneira eficaz e elegante de fazer isso, criando um aplicativo que consulta o banco de dados do ArXiv a todo momento, e cria automaticamente o mapa acima. Ele é uma representação gráfica do cenário acadêmico nas áreas cobertas pelo site.

Na imagem, cada pequeno círculo representa um estudo (é possível dar um zoom para explorar áreas específicas, e clicar no círculo abre um link para o estudo). Quanto maior o círculo, mais citações o estudo recebeu. Quanto mais brilhante, mais recente é o trabalho. As diferentes cores representam diferentes áreas específicas: astrofísica (rosa) , física de altas energias teórica (azul), física experimental (verde), etc. O posicionamento dos círculos é calculado com base em citações. Quando um estudo cita o outro, ambos se aproximam um pouco. Se dois estudos citam um terceiro em comum, aproximam-se ainda mais.

A área de fronteira entre a astrofísica e a física de altas energias, altamente interdisciplinar

O resultado é um panorama de conexão bem interessante. Entendendo a lógica do mapa, é possível ver, por exemplo, o turbilhão de interdisciplinaridade entre a astrofísica e a física de partículas, que interagem para tentar criar uma teoria física capaz de abarcar ao mesmo tempo os mundos macroscópico e macroscópico. Esse é o maior desafio da física hoje, e fica claro ao se olhar para o mapa.

Olhando para cada macro região é possível ver os trabalhos mais influentes. Na área da astrofísica/cosmologia, os dados da sonda WMAP (que mediu a idade do universo) e a descoberta da energia escura, dominam a paisagem. Em áreas mais interdisciplinares, se destacam estudos com teorias mais especulativas, como o trabalho da física teórica Lisa Randall que prevê a existência de dimensões espaciais extras.

A “nuvem” da matemática, rarefeita, e um estudo de geometria que migrou para a física

Já matemática, por exemplo, existe como uma nuvem difusa a sudoeste do mapa geral. Alguns trabalhos que desenvolveram ferramentas importantes migraram para dentro de regiões da física onde são altamente citados.

O mapa do Paperscape, de certa forma, lembra uma galáxia de verdade. Estudos que citam muito uns aos outros ganham mais “massa” e se aproximam mais uns dos outros, como se tivessem gravidade. E áreas da ciência nas quais pesquisadores trabalham mais isolados viram nuvens rarefeitas como a da matemática. No algoritmo que rege as regras do projeto existe até mesmo uma espécie de “energia escura”, uma força tênue que permeia tudo e age como uma “anti-gravidade”.

Para quem se interessa por ciência, observar esse tipo de padrão no mapa do Paperscape é tão divertido quanto olhar para detalhes de uma galáxia de verdade. Fico imaginando como seria o mapa com a biologia, a química e outras ciências com pouca presença no ArXiv se encaixando nesse panorama.

30 de ago. de 2013

Planetário de Londrina exibe documentário e duas sessões

Neste sábado, será exibido um documentário "Como viajar através do tempo" e duas sessões com 44 ingressos limitados


(Bonde) O Planetário de Londrina exibe um documentário e duas sessões neste sábado, dia 31 de agosto.

Às 15 horas, com entrada franca, será exibido o documentário legendado "Como viajar através do tempo".

As sessões começam às 16 horas, com ingressos a R$3,00, com a exibição de O Aniversário do Pingo.

Pingo é um garotinho muito esperto que está completando 10 anos. Seu avô, que é astrônomo, não pôde comparecer à festinha, então lhe enviou um presente diferente: um par de partículas subatômicas, que o Pingo logo apelidou de Tontão e Lelé. Essas partículas têm como missão explicar ao menino tudo sobre o Universo e as estrelas, e juntos eles passam uma inesquecível noite conversando sobre as estrelas, os planetas e as constelações.

Às 17 horas, também com ingressos a R$3,00, será exibida a sessão Além dos Olhos: A Astronomia depois dos Telescópios.

A Astronomia está presente no pensamento humano desde as eras mais remotas, e evolui consideravelmente com a criação dos telescópios. Nessa apresentação, fazemos uma viagem ao longo da história, passando por momentos marcantes na evolução desse instrumento. Compreendemos ainda como os telescópios funcionam e o que eles já nos revelaram sobre o Cosmo.

Tópicos: Refração e Reflexão da luz, história dos telescópios, tipos de telescópios.

Os ingressos são limitados aos 44 lugares em cada sessão.

Boletim Observe! - Ano IV - Número 9 - Setembro de 2013

 


Boletim Informativo do Núcleo de Estudos e Observação Astronômica "José Brazilício de Souza" (NEOA – JBS)  (clique no banner para acessar)

Seara da Ciência abre inscrições para cursos básicos de Astronomia, Química, Física e Biologia (CE)

Seara da Ciência abre inscrições para cursos básicos




Desde quinta-feira (29), estão abertas as inscrições para cursos básicos de Química, Biologia, Física, Matemática e Astronomia da Seara da Ciência. Os cursos são gratuitos e voltados para alunos do ensino médio de escolas públicas. O objetivo é dar reforço teórico de cada área e realizar experimentos em laboratório. As inscrições vão até 6 de setembro, ou até preencher o número de vagas disponíveis.

Os cursos possuem carga horária de 30h/aula com turmas pela manhã e pela tarde. Para se inscrever, o aluno deve se apresentar na recepção da Seara da Ciência, portando carteira estudantil ou declaração da escola. O horário de atendimento da Seara é de 8h30 as 11h30 e 14h30 as 17h30. Se, ao final do período de inscrição, restarem vagas nos cursos, elas serão destinadas a estudantes de escolas privadas inscritos na lista de espera.

O quê: inscrição para cursos básicos de Química, Física, Biologia e Astronomia da Seara da Ciência.
Onde: Seara da Ciência (ao lado entrada do Campus do Pici da UFC pela Avenida Humberto Monte).
Período de inscrições: 29 de agosto a 6 de setembro, ou até preencher o número de vagas.
Início das aulas: 9 de setembro.
Mais informações: (85) 3366.9245 | www.seara.ufc.br

Cursos
QUÍMICA (25 vagas por turma)
Turma 1 (manhã) Terças e Quintas: 8h30-11h30
Turma 2 (tarde) Segundas e Sextas: 14h-17h

FÍSICA (25 vagas por turma)
Turma 1 (manhã) Terças e Quintas: 8h30-11h30
Turma 2 (tarde) Terças e Quintas: 14h-17h

BIOLOGIA (30 vagas por turma)
Turma 1 (manhã) Terças e Quartas: 8h30-11h30
Turma 2 (tarde) Quartas e Sextas: 14h-17h

MATEMÁTICA (40 vagas por turma)
Geometria (manhã) Segundas e Sextas: 8h30-11h30
Trigonometria (tarde) Segundas e Quartas: 14h-17h

ASTRONOMIA* (20 vagas por turma)
Turma 1 (manhã) Terças e Quintas: 8h30-11h30
Turma 2 (tarde) Quartas e Sextas: 14h-17h
*Inclui carga horária de 6h de aulas práticas à noite: 17h30 - 20h30
OBS.: Para o curso de ASTRONOMIA, serão aceitos alunos da oitava e da nona série do ensino fundamental.
----
E mais:
Seara da Ciência abre inscrições para cursos básicos, no Ceará (G1)

Sessão Astronomia trata da dificuldade de colonizar Marte

(USP) A Sessão Astronomia deste sábado, dia 31, será sobre o tema As Dificuldades de Colonizar Marte.

O evento é promovido pelo Centro de Divulgação da Astronomia - Observatório Dietrich Schiel do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da USP em São Carlos e será realizado às 21 horas.

O palestrante será Diego Scanavachi Custódio, da equipe do Observatório.

No dia 13 de agosto, um importante portal de notícias do Brasil publicou uma notícia dizendo que existem mais de 100 mil candidatos a uma viagem somente de ida para Marte. O projeto se chama Mars One e visa à ida de milhares de pessoas a Marte para colonizá-lo. O projeto cobra uma taxa de inscrição, pois o orçamento para sua execução gira em torno de seis bilhões de dólares americanos. Parece fácil, quando se pensa que o homem já foi até a Lua, mas até hoje nós não conseguimos construir uma colônia lá. Será que os humanos conseguem ir até Marte em 2023?

Na sessão deste sábado, o palestrante falará sobre as dificuldades que surgem numa viagem a Marte e o ambiente inóspito oferecido pelo planeta aos futuros colonizadores.

A palestra acontecerá no anfiteatro do Observatório, que fica no campus 1, acesso para pedestres próximo à esquina da Av. Dr. Carlos Botelho com a Rua Visconde de Inhaúma. Entrada franca.

Mais informações:
Tel.: (16) 3373-9191

Luar e luz zodiacal criam cidade astronômica futurística


Futuro hoje
(Inovação Tecnológica) O que pode parecer uma cidade do futuro flutuando por cima das nuvens, saída de uma história de ficção científica, é, na realidade o observatório mais antigo do ESO, La Silla.

Esta fotografia foi tirada perto do telescópio de 3,6 metros, pouco depois do pôr do Sol. A Lua não aparece na imagem, mas o observatório está banhado pela luz do luar refletido nas nuvens mais abaixo, dando um aspecto surreal à cena.

A tênue banda de luz dourada brilhante por cima das nuvens é a luz zodiacal, causada pela luz solar refletida por partículas de poeira que se encontram entre o Sol e a Terra. Este fenômeno raro só pode ser visto logo após o pôr do Sol, ou logo antes antes do nascer do Sol, em épocas específicas do ano.

Podem ser vistos vários telescópios na fotografia. Por exemplo, a grande estrutura angular no final da estrada está o Telescópio de Nova Geração (NTT - New Generation Telescope), mais um brinde à conhecida falta de criatividade dos astrônomos europeus ao dar nome aos seus telescópios.

Quando ele era realmente de nova geração - ele foi inaugurado em 1989 - o telescópio incluía um número de características revolucionárias, entre elas o primeiro sistema completo de óptica ativa, assim como a revolucionária cobertura octogonal. Muitas das características do NTT foram mais tarde incorporadas no VLT (Very Large Telescope, ou Telescópio Muito Grande).

A cúpula em primeiro plano, logo à direita, é a do telescópio suíço Leonhard Euler de 1,2 metros.

Nota de Falecimento: Bruce C. Murray



Faleceu ontem (29), de complicações oriundas do Mal de Alzheimer, o astrônomo ex-diretor do Jet Propulsion Laboratory e co-fundador da Planetary Society Bruce C. Murray.

Maiores detalhes aqui (em inglês)

Maioria dos átomos que compõem os humanos foi produzida em estrelas

(The New York Times / Folha) Em 1929, o astrônomo Harlow Shapley, da Universidade Harvard, afirmou: "Nós, seres orgânicos que nos descrevemos como humanos, somos feitos da mesma matéria que as estrelas".

Foi uma observação surpreendente, considerando que, na época, ninguém nem sequer sabia o que fazia as estrelas brilharem.

Trinta anos ainda se passariam até Geoffrey e Margaret Burbidge, William Fowler e Fred Hoyle, em artigo que se tornaria clássico, demonstrarem que os átomos que nos compõem não apenas são os mesmos que os das estrelas: a maioria deles foi, na verdade, produzida em estrelas. Começando pelos primordiais hidrogênio e hélio, elementos mais densos como ferro, oxigênio, carbono e nitrogênio foram gerados numa série de reações termonucleares e então espalhados pelo espaço quando essas estrelas morreram e explodiram como supernovas, num frenesi termonuclear final.

Notícias divulgadas recentemente me lembraram disso. Uma delas envolvia escaravelhos, que, aparentemente, orientam-se pela luz da Via Láctea.

A outra foi o anúncio de que astrônomos identificaram a origem da existência do ouro no Universo em um cataclismo conhecido como explosão de raios gama.

Edo Berger, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, no Massachusetts, disse que a explosão pode ter criado uma quantidade de ouro equivalente à massa de 20 Luas da Terra.

As próprias estrelas de nêutrons são frutos de cataclismos: explosões de supernovas que podem espremer o espaço para fora de átomos e comprimir uma massa maior que o Sol numa bola de 32 quilômetros de diâmetro.

Berger sugeriu que, de fato, é possível que todo o ouro do universo tenha sido produzido por colisões entre estrelas de nêutrons.

Isso nos traz de volta ao escaravelho, o humilde rola-bosta.

Esses seres, que vivem das fezes de animais maiores, têm um problema. A partir do momento em que um escaravelho encontrou esterco e rolou um pouco para formar uma bola, ele precisa tirar a bola do local, rolando-a em linha reta para longe da pilha de esterco, senão outros escaravelhos virão roubá-la.

Como os besouros fazem isso, mesmo em noites sem luar, têm sido um mistério.

Em janeiro, uma equipe de pesquisadores suecos e sul-africanos revelou que os escaravelhos coprófagos africanos podem usar a Via Láctea para se orientar.

Os pesquisadores descobriram que, quando eram colocados pequenos "chapéus" nos escaravelhos, impedindo-os de enxergar o céu, ou quando nuvens ocultavam as estrelas, os escaravelhos andavam a esmo.

Mas eles não se desviam do caminho em noites estreladas.

Seria difícil imaginar uma conexão entre o microscópico e o macroscópico e entre o espaço interno e o sideral mais bela que essa ou que tão bem induz um sentimento de humildade.

Os antigos egípcios consideravam os escaravelhos sagrados por sua capacidade de gerar vida a partir de dejetos.

O escaravelho era símbolo da renovação eterna e da vida que nasce da morte.

Os egípcios usavam representações de escaravelhos como amuletos.

Em um dos símbolos máximos de reciclagem, alguns desses amuletos eram feitos de ouro.

29 de ago. de 2013

Curso Fundamentos de Astronomia Moderna - módulo I (SP)

Curso Livre de Introdução à Astronomia, destinado às pessoas interessadas em conhecer o Universo.

Descrição
Objetivo:
Proporcionar conhecimentos básicos de Astronomia e Astrofísica, fornecendo uma visão embasada em conceitos científicos fundamentais dos diversos tópicos dessa área do conhecimento, com abordagem elementar de formalismo matemático.

Para um melhor aproveitamento sugere-se que os participantes estejam cursando ou tenham concluído o ensino médio ou superior.

Conteúdo Programático:
Módulo I (2013 - 2º semestre)
1. Tópicos de História e Evolução dos Conceitos da Astronomia
2. Radiações Eletromagnéticas, Mensageiras da Informação do Universo
3. Esfera Celeste e Astronomia Observacional
4. Dinâmica de Sistemas Planetários
5. O Sistema Solar, Planetas, Luas e os corpos menores
6. Atividades Práticas em Astronomia

Módulo II (2014 - 1º semestre)
7. Estrutura, Dinâmica e Evolução Estelar
8. Galáxias - Estrutura, Formação, Classificação e Evolução.
9. Telescópios, Sondas e Missões Espaciais
10. Astrobiologia e Exoplanetas
11. Grupo Local e Aglomerados de Galáxias. Meio Intergaláctico. Núcleos Ativos de Galáxias.
12. Introdução à Cosmologia

Local:
Curso Depol
Largo Santa Cecília 73, sala 02
na saída do metrô Santa Cecília
(estacionamento conveniado a 50m)

Horário:
Sábados das 10 às 12h

Datas:
Setembro: dias 14, 21 e 28
Outubro: dias 05, 19 e 26
Novembro: dias 09, 23 e 30
Dezembro: dia 07
(Total de 10 aulas de 2 horas)

Investimento:
3 parcelas de R$ 100,00
(uma na inscrição por depósito bancário 2 outras em cheques pré-datados para 14/10 e 14/11/2013)
ou R$ 280,00 à vista

Inscrições
pauloleme.astro@gmail.com
cel (11) 9.8267-9119

Observação do Céu em Ermo (SC)

XVIII Ciclo de Cursos Especiais do Observatório Nacional


Rio de Janeiro, 21 a 25 de outubro de 2013

Pelo décimo oitavo ano consecutivo, a Divisão de Programas de Pós-Graduação do Observatório Nacional vem oferecer aos estudantes e pesquisadores das áreas de Astronomia, Astrofísica e Cosmologia a escola avançada denominada Ciclo de Cursos Especiais (CCE). O XVIII CCE será realizado na sede do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, de 21 a 25 de Outubro de 2013.

Segundo o padrão das edições anteriores, os cursos oferecidos abrangem diferentes temáticas como Astrofísica Extragaláctica, Astrofísica Estelar e Galáctica, Cosmologia, Ciências Planetárias e História da Astronomia.

Os convidados desta décima-oitava edição do evento são:

- Martin Asplund - Research School of Astronomy and Astrophysics, Australian National University, Australia
- Helge Kragh - Department of Physics and Astronomy - Science Studies, Aarhus University, Dinamarca
- Rosaly Lopes-Gautier - NASA Jet Propulsion Laboratory, EUA
- Daisuke Nagai - Department of Physics, University of Yale, EUA

O prazo para as inscrições é até 10/10/2013.

Para maiores informações, favor acessar o endereço:

http://www.on.br/cce/2013/br/

Astronomia na Ciência Hoje - ed. 306


- Se a expansão do universo se deve à maior explosão já conhecida, o Big Bang, poderia essa aceleração ser causada pela segunda maior explosão conhecida pela astronomia atual, as supernovas?

28 de ago. de 2013

Meteorito de Cheliabinsk sofreu 'fusão intensa' antes de cair na Terra

Ele pode ter passado junto ao Sol ou se chocado antes com outro planeta. Conclusão foi tirada a partir da análise de fragmentos achados nos Urais.


(AFP/G1) O meteorito que se desintegrou em fevereiro passado sobre a região russa de Cheliabinsk sofreu um 'processo de fusão intensa' e pode ter passado junto ao Sol ou se chocado antes com outro planeta, revela um estudo publicado nesta terça-feira (27).

Alguns dos fragmentos encontrados nos Urais russos mostram que o meteorito sofreu um "processo de fusão intensa" mesmo antes de entrar na atmosfera terrestre, destaca a análise dos investigadores do Instituto de Geologia e Mineralogia de Novosibirsk (IGM), na Rússia.

"Isto significa, com segurança, que ocorreu uma colisão entre o meteorito de Cheliabinsk e outro corpo do sistema solar (asteroide ou planeta) ou que ele passou perto do Sol", disse Victor Chariguin, do IGM, que deve apresentar suas conclusões na Conferência de Geoquímica Goldschmidt, em Florença.

A chuva de meteoritos em Cheliabinsk caiu no dia 15 de fevereiro, após a explosão - a cerca de 20 km de altitude - de um asteroide de diâmetro estimado em 17 metros e com peso entre 5 mil e 10 mil toneladas.

Além dos milhares de pequenos fragmentos de rocha que atingiram a Terra, foi a onda de choque da desintegração que causou os danos mais importantes na cidade, ferindo mais de mil pessoas.

Muitos fragmentos do meteorito caíram na região de Cheliabinsk, mas acredita-se que o pedaço maior esteja no lago Chebarkul, onde alguns cientistas tentam localizá-lo.
----
Matérias similares no Terra e UOL

Quarta-feira é dia de observação do céu por telescópios no Planetário


(Fundação Planetário) Ver os planetas e estrelas através de modernos telescópios e com auxílio e explicação de astrônomos profissionais. Esta é a proposta da Observação do Céu, realizada todas às quartas-feiras no Planetário da Gávea, às 18h30. São quatro telescópios, localizados em cúpulas de observação, capazes de localizar automaticamente cerca de 64 mil objetos do céu. A atividade é gratuita e aberta ao público.

A Observação do Céu é uma das atividades mais concorridas do Planetário. Realizada na praça dos telescópios, o projeto é gratuito, mas depende das condições meteorológicas para ser realizado. Somente nos dias de tempo bom - sem nuvens ou chuva - é que a observação dos astros se torna possível. Para participar, os visitantes precisam retirar as senhas (160 por dia de observação) que começam a ser distribuídas meia hora antes do início de cada observação na recepção do Museu do Universo.

O Planetário da Gávea fica na Rua Vice-Governador Rubens Berardo, 100. Gávea. Informações pelo telefone: 21- 2274-0046. Acompanhe a programação do Planetário pelo Twitter (www.twitter.com/PlanetarioDoRio) e Facebook (www.facebook.com/planetariodorio).

Convite à Palestra - Parque Cientec da USP


Aluno brasileiro já monitora e até faz satélite

NASA pretende estabelecer uma parceria entre estudantes da Califórnia e brasileiros para que juntos desenvolvam um satélite



(Estadão/Exame) O espaço sideral nunca esteve tão perto das salas de aula brasileiras. Alunos de escolas públicas e particulares estão monitorando satélites lançados pela NASA pela internet, sem precisar sair da escola. A agência espacial americana, contudo, quer ir além: pretende estabelecer uma parceria entre estudantes da Califórnia e brasileiros para que juntos desenvolvam um satélite.

Enquanto isso, colégios daqui constroem os próprios microssatélites, de cerca de 10cm², para depois submetê-los a voos suborbitais (que não entram em órbita) e fazer imagens da superfície terrestre. Também monitoram imagens do primeiro satélite do projeto, o ArduSat, que tem cerca de 30 sensores diferentes.

Lançado no dia 4, ele foi projetado por uma startup americana, a NanoSatisfi, que desenvolve os programas que possibilitarão que alunos brasileiros tenham acesso às informações coletadas no espaço.

Com a tecnologia desenvolvida pela empresa, é possível que os satélites sejam locados temporariamente pelos brasileiros e configurados remotamente com todos os sensores. Dessa mesma forma, qualquer outra pessoa pode locar um satélite e obter informações sobre radiação, campos magnéticos ou até frequências de luz.

"O ArduSat foi desenvolvido especialmente para que seja explorado democraticamente por estudantes, professores e adoradores em todo o mundo. Só foi possível com financiamento coletivo e com uma rede de parceiros. O nosso objetivo é tornar o espaço disponível para mais de 500 mil alunos em 5 anos", afirma Chris Wake, vice-presidente de negócios da NanoSatisfi.

Ao mesmo tempo em que monitoram esses dados, escolas como a Graded School Morumbi e a Referência Silva Jardim, um colégio público modelo do Recife, constroem os próprios satélites com a tecnologia da plataforma Arduíno, que funciona como uma espécie de "Lego eletrônico".

É o que fez o estudante Bruno Riguzzi, de 14 anos, da Graded. Nas últimas férias, ele foi aos EUA visitar centros de pesquisas da NASA com a escola para aprender como gerenciar satélites no Brasil. "A gente viu como funcionam os satélites e foguetes da NASA lá primeiro, para depois fazer os nossos. Estamos esperando que ainda neste mês possamos começar a baixar informações do que já está em órbita", diz. "Isso é muito novo no Brasil e eu nunca imaginei que fosse lidar com uma tecnologia como essa na escola, porque não sabia que era simples."

A ideia do projeto é que os satélites criados pelos alunos sejam lançados em pouco tempo e que os estudantes possam desenvolver as próprias tecnologias para decodificar as informações. "Queremos encorajar os alunos brasileiros a construir pequenos satélites e submetê-los ao nosso programa de voos suborbitais para que possam testá-los nas mesmas condições que existem no espaço", afirma Dougal Maclise, gerente de Tecnologia do Centro de Pesquisa Ames da NASA.

Ele explica que uma das principais dificuldades na montagem das tecnologias espaciais é lidar com a gravidade zero. Para isso, a NASA realiza voos curtos, de 10 segundos a 4 minutos, para que pesquisadores ou estudantes simulem suas tecnologias como se estivessem na Estação Espacial Internacional. Nesses voos é que serão testados os satélites dos alunos brasileiros.

O projeto chegou ao Brasil por meio do professor de Física Manoel Belem, que fundou a empresa SpaceTrip4Us. Ele ensina alunos e professores brasileiros a construírem os microssatélites e a monitorarem as informações.

"Faltava no Brasil uma plataforma móvel de aprendizagem simples que não sobrecarregasse o professor e permitisse curadoria de qualquer conteúdo com mobilidade. Monitorando o espaço, os alunos descobrem na prática que aprender Física é simples", afirma Belem.

Custo. O pacote todo, contudo, ainda não é barato. Contando com aulas, treinamento de professores e a construção do satélite, pode chegar a até R$ 10 mil para a escola. No Recife, a EREM Silva Jardim tenta comprar todo o serviço por meio de financiamento coletivo. "O que eu mais quero é tornar esse conteúdo disponível a escolas públicas, principalmente por financiamento coletivo", afirma Belém.

Já escolas como o Dante Alighieri e o Centro Paula Souza, ambos em São Paulo, optaram por pacotes mais baratos: formam os professores para dar aulas de Robótica, Física e Matemática de forma mais interativa, mostrando aos alunos as experiências da agência espacial americana.

Observação astronômica na Creche Cruz e Souza (SC)



Clique na imagem acima para detalhes

Palestra “Construindo Satélites nos IFs” (AC)


(Gama Hidra) Será realizado no dia 29 de agosto (quinta -feira) a Palestra “Construindo Satélites nos IFs”, com a participação do professor Cedric Salotto Cordeiro, do Centro de Referência em Sistemas Embarcados e Aeroespaciais do Instituto Federal Fluminense - IFF. organizado pela Pró-reitoria de Inovação do Instituto Federal do Acre – PROIN/IFAC.

O projeto tem apoio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC - SETEC/MEC e como executor o Instituto Federal Fluminense. O objetivo é unir a Rede de EPCT com o foco de incentivar e unir as forças dos alunos e professores da Rede para a busca por inovação tecnológica, independência tecnológica e empreendedorismo no País.

A palestra será realizada nos três períodos (matutino, vespertino e noturno), no auditório do Câmpus Rio Branco (programação anexa). A inscrição pode ser feita no local. Haverá emissão de certificados.

24ª Caminhada Arqueoastronômica - Equinócio de Primavera (SC)


Sábado, 21 de setembro de 2013

Atividade Pública e Gratuita - clique na imagem para informações e inscrições

27 de ago. de 2013

Observação Astronômica no Parque Cientec da USP


O poder criativo da imperfeição

(Marcelo Gleiser - Folha) Na semana passada, escrevi sobre como nossas teorias científicas sobre o mundo são aproximações de uma realidade que podemos compreender apenas em parte. Nossos instrumentos de pesquisa, que tanto ampliam nossa visão de mundo, têm necessariamente limites de precisão. Não há dúvida de que Galileu, com seu telescópio, viu mais longe do que todos antes dele.

Também não há dúvida de que hoje vemos muito mais longe do que Galileu poderia ter sonhado em 1610. E certamente, em cem anos nossa visão cósmica terá sido ampliada de forma imprevisível.

No avanço do conhecimento científico, vemos um conceito que tem um papel essencial: simetria. Já desde os tempos de Platão, a noção de que existe uma linguagem secreta da Natureza, uma matemática por trás da ordem que observamos, teve um papel fundamental.

Platão --e, com ele, muitos matemáticos até hoje-- acreditava que os conceitos matemáticos existiam em uma espécie de dimensão paralela, acessível apenas através da razão. Nesse caso, os teoremas da matemática (como o famoso teorema de Pitágoras) existem como verdades absolutas, que a mente humana, ao menos as mais aptas, pode ocasionalmente descobrir. Para os Platônicos, a matemática é uma descoberta e não uma invenção humana.

O matemático Gregory Chaitin, que defende esta posição, sem muita paixão, também a acusa de ser uma espécie de religião, um resquício de uma teologia Tomista onde a fé é buscada no estudo da "mente de Deus".

Hoje, a busca por uma teoria final da Natureza, ao menos no que diz respeito às forças que agem nas partículas fundamentais da matéria, é a encarnação moderna do sonho platônico de um código secreto da Natureza. As teorias de unificação, como são chamadas (veja a coluna da semana passada), visam justamente isso, formular todas as forças como manifestações de uma única, com sua simetria abrangendo todas as outras.

Culturalmente, é difícil não traçar uma linha entre as fés monoteístas e a busca por uma unidade da Natureza nas ciências. Este sonho, porém, é impossível de ser realizado.

Primeiro, porque nossas teorias são sempre temporárias, passíveis de ajustes e revisões futuras. Não existe uma teoria que podemos dizer final, pois nossas explicações mudam de acordo com o conhecimento acumulado que temos das coisas.

Um século atrás, um elétron era algo muito diferente do que é hoje. Em cem anos, será algo muito diferente outra vez. Não podemos saber se as forças que conhecemos hoje são as únicas que existem.

Segundo, por que nossas teorias e as simetrias que detectamos nos padrões regulares da Natureza são em geral aproximações. Não existe uma perfeição no mundo, apenas em nossas mentes. De fato, quando analisamos com calma as "unificações" da física vemos que são aproximações que funcionam apenas dentro de certas condições.

O que encontramos são assimetrias, imperfeições que surgem desde as descrições das propriedades da matéria até às das moléculas que determinam a vida, as proteínas e os ácidos nucleicos (RNA e DNA). Por trás da riqueza que vemos nas formas materiais, encontramos a força criativa das imperfeições.

Palestra: "A Via Láctea, nossa ilha no Universo" (SE)

O homem que prevê o céu

No site Climatempo, o paulistano Marcos Calil escreve diariamente sobre o universo. Anuncia a passagem de um possível cometa ou revela se a noite reserva uma chuva de estrelas cadentes


(Época) Os e-mails do paulistano Marcos Calil nunca terminam com “atenciosamente”, “abraços” ou “beijocas”. Para se despedir de um correspondente, ele costuma desejar “bons céus” na linha que precede sua assinatura. Calil é astrônomo e, entre outras tantas tarefas, faz a previsão diária do céu para o site Climatempo – esse mais conhecido por antecipar frentes frias e tempestades. Na área dedicada à astronomia, Calil informa a um leitor se a noite reserva uma chuva de meteoros (as tão aclamadas estrelas cadentes). Onde estão posicionados os planetas visíveis a olho nu. Ou ainda se haverá nebulosas e galáxias na imensidão negra.

A relação de Calil com o universo não segue o roteiro tradicional. Não foi na infância, quando estamos mais suscetíveis às sedutoras estrelas ou à passagem de um cometa, que ele se apaixonou pelo céu. Calil só despertou para a astronomia dois anos depois de se formar em matemática, quando assistiu a uma palestra sobre o tema. “Naquele dia, descobri o que queria ser quando crescer”, brinca. Então entrou num mestrado, depois num doutorado. Sua vida nunca mais deixou de orbitar entre o Sol e os planetas.

Há sete anos, Calil presta diariamente o serviço de previsão do céu. Começou num site próprio, continuou no Climatempo. Teve até um programa de televisão no canal pago, para o qual aprendeu a linguagem da TV e fez aulas de fonoaudiologia. Como apresentador, entrevistava outros astrônomos sobre o céu da noite. Chegou a fazer a cobertura de três eclipses lunares – com direito a tira-dúvidas ao vivo. Tudo voluntário. O programa acabou por falta de patrocínio, mas Calil continuou seus trabalhos na internet.

A previsão do futuro do céu não passa de um acumulado de cálculos matemáticos feitos por um programa de computador chamado Stellarium (você pode baixar o software em casa sem nenhum custo). O que Calil faz é interpretar os resultados. Ele tem um público cativo a quem repassar as informações – cerca de 10 mil pessoas visitam sua área no site todo mês. São os pescadores os mais ávidos por notícias. Não raro, um deles procura os serviços de Calil para conferir se a Lua estará cheia numa quarta-feira qualquer, uma forma de assegurar que a maré vai estar para peixe. Vez ou outra, uma noiva também escreve para saber a hora exata do pôr do sol no dia do seu casamento. Quer subir ao altar com a despedida do Sol.

Calil também usa suas habilidades em causa própria. Quando conheceu sua mulher, bons anos atrás, os dois ficaram alguns meses se encontrando descompromissadamente (nada de a relação engatar). Até que ele a convidou para ir a Extrema, no Sul de Minas Gerais, uma cidade de interior com céu perfeito para o seu objetivo: mostrar um eclipse lunar à futura namorada. “Só aí a coisa vingou”, diz.

IIIº Workshop de Arqueoastronomia (SC)


Clique na imagem acima para acessar

26 de ago. de 2013

Astronomia ao Vivo! - HANGOUT de domingo (25/08/13)

Nasa mostra objeto 'potencialmente perigoso' passando próximo à Terra

Imagem divulgada pela Nasa nesta quinta-feira é de asteroide '1998 KN3'. Objeto foi detectado por 'caçador de asteroides' com onda infravermelha.

Ponto esverdeado no canto esquerdo superior da imagem é asteroide '1998 KN3'. (Foto: AFP Photo/NASA/JPL-Caltech)

(AFP/G1) Imagem divulgada pela Nasa nesta quinta-feira (22) mostra um objeto classificado pela agência como "potencialmente perigoso" passando próximo da Terra. Chamado de "1998 KN3", o asteroide atravessa uma nuvem densa de gás e poeira perto da nebulosa de Orion.

A porção caçadora de asteroides do “Explorador para Pesquisa com Infravermelho em Campo Amplo” (Wise, na sigla em inglês), tirou fotografias infravermelhas do asteroide, que aparece na foto como o ponto amarelo esverdeado no canto esquerdo superior.

Devido ao fato de que os asteroides são aquecidos pelo sol, eles brilham sob o comprimento de ondas infravermelhas utilizado pelo Wise.

Astrônomos utilizam a luz infravermelha dos asteroides para medir seus tamanhos, e quando combinados com observações de luz visível, ela pode também medir a refletividade da superfície. As informações captadas pelo Wise revelam que esse asteroide tem diâmetro de cerca de 1,1 quilômetro e reflete apenas 7% da luz visível que chega a sua superfície.

Nesta imagem, o azul denota comprimentos de onda infravermelhos menores e o vermelho, maiores. Objetos mais quentes emitem luz com menor comprimentos de onda, então aparecem azuis. As estrelas azuis, por exemplo, têm temperaturas de milhares de graus. Os gases e poeiras mais gelados aparecem em vermelho. O asteroide aparece amarelo na imagem porque tem temperatura ambiente: mais frio que as estrelas distantes, mas mais quente do que a poeira.

Videocast "Céu da Semana" - 16 de agosto a 01 de setembro de 2013



LAbI UFSCar

Curso "Estudo de crateras de impacto meteorítico" (SP)


Telescópios percorrem praias de São Miguel e levam ciência até à população (Portugal)


(Açoriano Oriental) Dois telescópios apropriados para observar o sol, deixam, durante o verão, as instalações do Observatório Astronómico de Santana (OASA) e percorrem zonas balneares de São Miguel (Açores) para levar o conhecimento científico junto da população.

“No verão, e com o bom tempo, as pessoas frequentam muito as zonas balneares, em vez de visitarem museus. Por isso, entendemos fazer este projeto que percorre várias zonas balneares da ilha de São Miguel, levando telescópios para observação solar e vamos, desta forma, ao encontro das pessoas para uma atividade de astronomia”, disse Pedro Garcia, técnico de divulgação científica do Observatório Astronómico de Santana, em declarações à agência Lusa.

Situado em Santana, em Rabo de Peixe, no concelho da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, o Observatório integra a rede regional de Centros de Ciência do arquipélago dos Açores com o objetivo de promover o conhecimento científico e o acesso às novas tecnologias.

Designado "Na Rota do Sol", a atividade de astronomia nas praias da maior ilha açoriana é realizada em parceria com o Ciência Viva no verão, e tem tido "uma grande recetividade" junto da população desde que arrancou, a partir de 2011.

De acordo com o técnico de divulgação cientifica, esta atividade decorre "uma vez em cada duas semanas, entre 15 de julho e 15 de setembro, indo a cada canto da ilha de São Miguel".

"Este ano o projeto vai inclusive à Fajã do Calhau", no concelho da Povoação, adiantou Pedro Garcia, acrescentando que este ano já foi também possível "ir pela primeira vez ao ilhéu de Vila Franca do Campo".

A ideia é tentar rodar todos os anos por várias praias, mas "uma das zonas balneares onde vamos com maior frequência é o Areal de Santa Bárbara, no concelho da Ribeira Grande, onde está localizado o OASA, e uma zona balnear muito frequentada", disse.

Nas praias, os banhistas têm ao seu dispor dois telescópios, "um perfeitamente normal que leva um filtro especial para bloquear o excesso de luz que permite ver a luz visível do sol" e "outro onde é possível ver a luz do hidrogénio e neste caso a atividade que acontece no sol", explicou.

“Enquanto no primeiro estamos a ver a atmosfera do sol, ou seja, a parte exterior do sol, com o outro telescópio é possível ver a superfície do sol e nesta ver erupções e outros detalhes da atividade do sol”, acrescentou, indicando que as observações acontecem entre as 15:00 e as 17:00 e são gratuitas.

Além de promover o conhecimento científico, esta atividade de astronomia nas praias permite também sensibilizar para as consequências da exposição prolongada ao sol.

O OASA realiza ainda, no verão, observações noturnas nos vários miradouros da ilha de São Miguel, aliando o fator da paisagem natural com "a observação do céu profundo em detalhe".

O técnico de divulgação científica sublinhou que aqueles locais têm condições favoráveis para a observação, frisando que estas atividades gratuitas de divulgação da ciência assentam numa filosofia do OASA de "ir ao encontro das pessoas para divulgar a ciência e o Observatório Astronómico".

Uma visita alienígena é mais fácil do que se pensava


(Io9 / Journal of Astrobiology / Hypescience) Um novo estudo sugere que, usando tecnologia avançada e efeitos gravitacionais, as vastas distâncias do tempo e do espaço podem ser superadas dentro das leis da Física, permitindo um contato imediato com uma facilidade surpreendente.

Usando o efeito estilingue para impulsionar sondas autorreplicantes através do espaço interestelar, uma civilização extraterrestre avançada deve ser capaz de visitar todos os cantos da galáxia em um surpreendentemente curto espaço de tempo. O Paradoxo de Fermi está de volta: a aparente contradição entre as altas estimativas de probabilidade de existência de civilizações extraterrestres e a falta de evidências para tais civilizações ou o contato com elas.

Taxa exponencial de expansão
A hipotética sonda autorreplicante (SRP), ou sonda Von Neumann, é uma ideia que tem sido pensada desde a década de 1940. Criada pelo brilhante matemático John von Neumann, é um sistema não biológico que pode se replicar. Von Neumann não estava pensando em exploração e colonização do espaço na época, mas outros pensadores, como Freeman Dyson, Eric Drexler e Robert Freitas,adotaram sua ideia exatamente justamente para isso.

Uma vez lançada ao espaço, uma SRP poderia viajar para um sistema estelar vizinho, e por meio de aplicações da robótica, montagem molecular, e inteligência artificial, buscar recursos para construir uma réplica exata de si mesma. Tudo o que precisaria fazer é encontrar um asteroide com os recursos materiais adequados.

Com base na sofisticação e finalidade da sonda, ela poderia estabelecer colônias em planetas apropriados (distribuir organismos biológicos ou robôs com inteligência artificial embutida, ou mesmo mentes pensantes virtualizadas). De forma mais simples, uma SRP poderia gerar sondas de Bracewell (uma sonda autônoma com o objetivo de procurar e se comunicar com civilizações alienígenas), o que poderia fazer contato com uma criatura inteligente ou uma civilização.

Depois da missão executada, ele geraria versões filhas de si mesmo, que seriam enviadas para o sistema estelar mais próximo.

O poder das SRP reside em sua capacidade de se replicar a uma taxa exponencial. A taxa inicial de exploração seria lenta, mas depois seria capaz de produzir, potencialmente, milhões e milhões de descendentes – a taxa de expansão aumentaria numa ordem de magnitude. Assim, mesmo a uma velocidade de cerca de um décimo da velocidade da luz, estas sondas podem abranger uma quantidade enorme de território num espaço de tempo relativamente curto, visto de uma perspectiva cosmológica.

O conceito da SRP tem alimentado grande parte do Paradoxo de Fermi, ou seja, a sugestão de que já deveríamos ter visto sinais de extraterrestres.

Estilingue dinâmico
E agora, com uma nova publicação de Arwen Nicholson e Duncan Forgan, do Instituto de Astronomia da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, o Paradoxo de Fermi apenas ficou consideravelmente pior.

Problemas potenciais ou inibidores para a propagação SRP incluem a energia e o tempo necessário para viajar a distância entre as estrelas – anos-luz. Uma sonda autoconstrutora requer motores de propulsão e uma fonte de combustível não só seria complicada, seria também muito demorada.

Mas, de acordo com o novo estudo, que foi publicado no Jornal Internacional da Astronomia, aliens (ou nossos descendentes no futuro) poderiam usar o efeito estilingue para impulsionar SRPs de estrela para estrela – um efeito já conhecido, usado para mover as sondas Voyager através do nosso sistema solar, pulando de planeta para planeta. Mas, para que funcione numa escala galáctica, as SRPs usariam manobras de estilingue em torno de estrelas, ganhando um impulso também a partir do movimento de cada estrela ao redor do centro galáctico – uma energia gigantesca, capaz de jogar estrelas e planetas pra fora da galáxia.

A autorreplicação em tempo real
Curiosamente, Nicholson e Forgan assumiram a hipótese de que a sonda recolhe matéria (como poeira e gás) a partir do meio interestelar à medida que viaja através do espaço. Ela pode, literalmente, construir réplicas de si mesma enquanto está viajando – sem precisar de paradas.

“Uma sonda pai chega a nova estrela destino, e antes de se lançar no próximo estilingue enquanto dá voltas em torno da estrela, libera uma sonda réplica”, eles observam no estudo. “Tanto a sonda pai quanto a réplica usam o estilingue para aumentar a sua velocidade. À medida que o impulso de velocidade a partir de uma trajetória estilingue depende do ângulo entre as estrelas, a sonda pai e a réplica vão conseguir diferentes impulsos de velocidade, e assim terão diferentes estrelas destino”.

Usando esta técnica, uma civilização alienígena poderia enviar sondas que viajam mais rápido que 10% da velocidade da luz para cada sistema solar único na galáxia em apenas 10 milhões de anos – uma quantidade de tempo significativamente menor do que a idade da Terra.

Então, por onde andariam essas sondas?
Isto significa que uma civilização alienígena poderia (e deveria) ter chegado em nosso sistema solar até agora.

Então, onde estão as sondas? Ou as colônias?

A primeira e desapontadora possibilidade é que estamos de fato sozinhos, e não existe civilização alienígena para enviar as sondas. Mas isso é estranho e altamente improvável.

Também é possível que as sondas já estejam aqui, mas sejam invisíveis para nós. Ou não temos a tecnologia para detectá-las, ou elas estão ociosas esperando por algum momento ou ato nosso – quem sabe passarmos por algum tipo de teste ou limiar tecnológico.

Uma coisa é certa: conforme concluíram os pesquisadores, o estilingue até a estrela mais próxima continua a ser a maneira mais eficaz em tempo e esforço para explorar uma população de estrelas.
----
E mais:
Extraterrestres já podem ter visitado nosso sistema solar (Hypescience)

25 de ago. de 2013

Primeiro webcanal de TV brasileiro dedicado à divulgação científica será inaugurado na segunda-feira

Estreia no dia 26 de agosto tem a neurocientista Suzana Herculano-Houzel a frente do programa "Cerebrando"



(JC) Na próxima segunda-feira, 26 de agosto, a produtora VideoCiência, em parceria com a mostra VerCiência, vai inaugurar o tvciencia.net, primeiro webcanal de TV brasileiro dedicado à produção e veiculação de programas de divulgação científica para televisão e internet banda larga.

Para a estreia da iniciativa, a programação conta com o "Cerebrando", talkshow apresentado pela neurocientista Suzana Herculano-Houzel. Cada edição vai abordar um tema diferente, sempre sob a ótica do funcionamento do nosso cérebro. Os convidados são pessoas que se destacam em suas áreas de atuação profissional e são apaixonadas pelo que fazem.

Outra atração cotada para entrar na grade do TV Ciência é o programa UAU!. Apresentado por Stevens Rehen, renomado especialistas em células-tronco do Brasil, a atração terá como convidados os cientistas mais destacados do nosso país.

23 de ago. de 2013

Cientistas americanos criam relógio mais preciso do mundo

Relógio atômico experimental tem uma variação inferior a um segundo em 13,8 bilhões de anos, a idade estimada do Universo


(AFP/Exame) Físicos americanos revelaram nesta quinta-feira a criação do relógio atômico experimental mais preciso do mundo, com variação inferior a um segundo em 13,8 bilhões de anos, a idade estimada do Universo.

O relógio funciona com átomos de itérbio e raios lazer, o que permite uma regularidade de pulsação dez vezes superior a registrada nos relógios atômicos atuais.

Em comparação a um relógio de quartzo, o novo dispositivo é 10 bilhões de vezes mais preciso.

O dispositivo tem importantes implicações potenciais, como na medida do tempo universal, na aferição dos GPS e sobre sensores de distintas forças, como gravidade, campos magnéticos e temperatura, explicou à AFP Andrew Ludlow, físico do Instituto Nacional de Normas e Tecnologia (NIST) e um dos principais autores do estudo, publicado na revista americana Science.

"Trata-se de um progresso importante na evolução dos relógios atômicos da próxima geração atualmente desenvolvidos no mundo", destacou Ludlow.

Como os demais, os relógios atômicos mantêm a medida do tempo baseando-se na duração do segundo, que corresponde a um fenômeno físico que se reproduz regularmente, mas enquanto os relógios mecânicos utilizam o movimento de um pêndulo, os atômicos se baseiam na frequência sempre constante da luz necessária para fazer vibrar um átomo de césio, a referência internacional atual.

Os últimos relógios atômicos se baseiam em 10.000 átomos de itérbio resfriados ligeiramente acima do zero absoluto (-273,15 graus Celsius). Estos átomos estão presos em tramas óticas formadas por raios lazer.

Outro lazer pulsa 518.000.000.000.000 vezes por segundo, criando uma transição entre os dois níveis de energia nos átomos que assegura uma vibração de uma regularidade inclusive maior que a de um átomo de césio e poderá conduzir a uma nova definição internacional do segundo e, por consequência, do tempo universal.
----
Matérias similares no UOLO GloboYahoo e Veja
----
E mais:
Relógio atômico de itérbio bate recorde de precisão (UOL)

Tome Ciência: A física 100 anos depois da revolução de Einstein

Cientistas relembram as teorias do maior físico do século XX e debatem a sua importância para a ciência

(JC) De 24 a 30 de agosto, o programa de TV Tome Ciência promove um encontro de físicos para relembrar um importante marco na história da ciência. O mundo inteiro tratou de comemorar em 2005 o centenário das grandes descobertas do gênio Albert Einstein. Em menos de um ano, em 1905, ele redefiniu a natureza da luz, provou a existência dos átomos e moléculas, revolucionou os conceitos de espaço e tempo e a relação entre matéria e energia. As já não tão novas teorias de Einstein permitiram termos hoje energia nuclear, computadores, transmissões de satélite, raios laser, DVDs e muito mais. Mas tudo isto pode ser muito pouco. O que a física explicou até agora, dizem os especialistas, seria apenas uns 4% do que existe no Universo.

Participantes:
Henrique Lins de Barros, doutor em física, pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), integrante do Conselho Editorial do Tome Ciência.

Jorge Sá Martins, pesquisador do CNPq e coordenador do ensino de graduação em física na Universidade Federal Fluminense (UFF).

Martin Makler, pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e doutor em física na área de cosmologia.

Alfredo Tiomno Tolmasquim, diretor do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), que trabalha com história da ciência e lançou recentemente o livro "Einstein, o viajante da relatividade na América do Sul".

Apresentado pelo jornalista André Motta Lima, o programa conta com a participação de um Conselho Científico integrado pelas entidades vinculadas à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, permitindo que cientistas de várias especialidades debatam temas da atualidade. Os debates são exibidos em diversas emissoras com variadas alternativas de horários. A programação pode ser conferida pelo site do programa: www.tomeciencia.com.br.

Observatório na Praça Especial - Observação da Nova Delphinus (MT)


Sábado, 24 de agosto às 16:00 em UTC-04
Praça Das Bandeiras
Cuiabá/MT

Prefeitura adquire telescópio para Clube da Astronomia


(Alagoas 24 Horas) Como parte da criação do Clube de Astronomia, a Prefeitura de Arapiraca, por meio da Secretaria de Educação, adquriu um moderno telescópio, de origem italiana, para observação no Planetário Municipal.

O início da montagem e estruturação do telescópio começou na terça-feira da semana passada. O aparelho é um modelo KONUSMOTOR-70, de origem italiana, que subsidiará os estudos em nível intermediário, na área da astronomia.

A atividade aconteceu no Planetário Municipal, onde a equipe responsável pelas observações astronômicas reuniu-se com o coordenador da cúpula, o professor Anderson Brito, para dar início aos primeiros passos rumo à criação do Clube Municipal de Astronomia.

Segundo o professor Anderson, “A ideia inicial é levar os conceitos astronômicos para o dia a dia da sala de aula, de forma simples e clara e, a médio e longo prazos, tornar a cidade de Arapiraca uma referência na Olimpíada Brasileira de Astronomia(OBA) além de conquistar muitos componentes para o Clube de Astronomia”, disse ele.

“Somos iniciantes nesta caminhada e temos muitos sonhos, mas a cada dia que se passa contribuímos para uma Arapiraca mais e mais técnica e científica, sem esquecer jamais que a educação é um processo", afirmou o professor.

Inaugurado na gestão do prefeito Luciano Barbosa, no ano passado, o Planetário Municipal está sendo fortalecido na gestão da prefeita Célia Rocha, funcionando como 3º Centro de Apoio Educacional, tendo como diretora a professora Janice Gomes.

O Planetário Municipal funciona de segunda à sexta para estudantes mediante agendamento pelos telefones 3530-7467 e 8105-7864. E nos fins de semana (sábado e domingo) abre ao público às 16 horas .

Obama nomeia astrofísica para chefiar a National Science Foundation

France Anne Cordova foi presidente da Purdue University e cuidará de US$ 7 bilhões, caso confirmada pelo Senado


(Nature/Scientific American Brasil) A astrofísica France Anne Cordova foi escolhida para dirigir a fundação nacional de ciências dos Estados Unidos (NSF, na sigla em inglês), encabeçada por um diretor interino desde março de 2013.

O presidente Barack Obama anunciou sua escolha no dia 31 de julho. Se confirmada, Cordova preencherá a lacuna deixada por Subra Suresh, que anunciou sua renúncia em fevereiro depois de cumprir menos da metade de seu mandato de seis anos na liderança dessa agência governamental com orçamento de US$ 7 bilhões de dólares.

Cordova, que obteve seu doutorado no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, atuou como presidente da Purdue University em West Lafayette, Indiana, de 2007 a 2012. Em 2010, ela supervisionou a criação do Instituto de Pesquisa Científica Colombia-Purdue, que visa fomentar a colaboração científica entre a universidade e os Estados Unidos.

Anteriormente, em sua carreira, Cordova trabalhou na Divisão de Ciências da Terra e do Espaço no Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México, e de lá, passou a liderar o departamento de astronomia e astrofísica da Pennsylvania State Universityem University Park. Emsetembro de 1993, foi nomeada a primeira cientista-chefe feminina da NASA.

“Ela é uma pesquisadora acadêmica muito talentosa”, disse Umar Mohideen, presidente do departamento de Física e Astronomia da University of California em Riverside, onde Cordova foi reitora de 2002 a 2007. “Ela lidou com o mundo acadêmico e isso são qualidades que fariam dela uma boa escolha”.

Atualmente, Cordova inicia o processo, às vezes demorado, de conquistar a confirmação do Senado dos Estados Unidos — normalmente um processo fácil para candidatos liderarem a NSF.

No entanto, sua nomeação ocorre em um momento em que os legisladores republicanos no Senado têm usado táticas processuais para retardar a consideração dos escolhidos por Obama.

A diretora da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) Gina McCarthy foi confirmada em 18 de julho depois de um atraso histórico causado por disputas políticas internas, e Obama continua lutando para preencher vários outros cargos científicos de alto escalão.

Este artigo foi reproduzido com permissão do blog de notícias Nature. O artigo foi publicado pela primeira vez em 31 de julho de 2013.

Cursos online grátis de Astronomia das melhores universidades do mundo



(Universia) Você tem curiosidade de saber se estamos sozinhos no mundo ou estudar os planetas e as estrelas? A Universia Brasil vai ajudar você a estudar Astronomia com os professores das melhores universidades do mundo. Confira a lista dos cursos oferecidos online e gratuitamente:

Confirmada a descoberta do maior fragmento do meteorito de Cheliabinsk

Pedaço do corpo celeste pesa 3,4 kg

(Diário da Rússia) Cientistas russos confirmaram a descoberta do maior fragmento do meteorito de Cheliabinsk identificado até o momento. A mostra, encontrada perto da vila de Timiryazevsky, pesa 3,4 kg e foi submetida a uma série de análises na Universidade Estatal de Cheliabinsk, que confirmaram a sua autenticidade. O dono do pedaço do corpo celeste, um morador da região que não teve o seu nome divulgado, recebeu um certificado pelo seu achado.

O meteorito que explodiu sobre a cidade russa em fevereiro deste ano tinha mais de 18 metros de diâmetro e pesava, aproximadamente, 10 mil toneladas. A explosão, que provocou danos materiais e deixou mais de 1.200 feridos, foi equivalente a 440 quilotons de TNT, 27 vezes mais potente que a bomba atômica que arrasou Nagasaki em 1945.

Acredita-se que um dos maiores pedaços do meteorito partido tenha caído no Lago Chebarkul, que estava congelado na ocasião, formando um buraco de 8 metros de diâmetro no gelo. Na sexta-feira, 23, a administração regional realizará uma licitação para escolher a empresa que terá o privilégio de recuperar o fragmento oval de um metro de diâmetro e 600 kg de massa do fundo do Lago.
----
E mais:
El meteorito de Cheliabinsk chocó con un objeto celeste o pasó muy cerca del Sol (Europapress- em espanhol)

Cientistas descobrem uma nova força, maior que a gravitacional


(Gizmodo /Hypescience) Os cientistas sabem há muito tempo que corpos negros produzem radiação e que a radiação cria um efeito repulsivo. No entanto, de acordo com um novo estudo, há uma outra força em jogo, que age um pouco como a gravidade e atrai objetos ao corpo negro. Esta nova descoberta foi nomeada “força de corpo negro”.

Os corpos negros, objetos celestes que são perfeitamente não reflexivos, mudam a energia atômica das moléculas em torno delas, situação conhecida como “efeito força”. Isso ocorre quando o campo elétrico criado pela radiação de corpo negro emite fótons em moléculas e átomos circundantes, que muitas vezes criam a energia repulsiva que estamos acostumados a ver em torno de corpos negros.

No entanto, com o nível de energia do fóton correto e a irradiação do corpo negro inferior a cerca de 6.000 graus Kelvin, praticamente 5.700 graus Celsius, cria-se uma força de atração que é maior do que a pressão de radiação e, em alguns casos, maior do que a força da gravidade.

Esta nova força afeta apenas as menores partículas do universo, embora tenha um efeito em cenários astrofísicos. A equipe austríaca de cientistas que descobriu a força está estudando a forma como isso afeta a poeira cósmica. “Esses micro-grãos desempenham um papel importante na formação de planetas e estrelas ou na astroquímica”, conta M. Sonnleitner, da Universidade de Innsbruck. Ele ainda explica que, aparentemente, há algumas questões em aberto sobre a forma como interagem com o gás de hidrogênio em volta ou com outros. “Agora estamos explorando como esta força atrativa adicional afeta a dinâmica dos átomos e da poeira cósmica”.

Os cientistas tiveram dificuldades para replicar o efeito em um laboratório, mas esperam que, assim que for possível concluir um experimento, o resultado ajude a entender melhor algumas questões fundamentais da astrofísica.

22 de ago. de 2013

MEC e SEE realizam formação para fortalecer educação digital


(Agência Acre) Para incentivar o interesse dos educadores por novas formas de trabalhar o ensino em sala de aula, o Ministério da Educação (MEC), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), irá oferecer a “Formação Continuada de Professores em Astronomia, Astronáutica e Ciências Espaciais usando os recursos do Portal do Professor”.

A ação é voltada para educadores do ensino fundamental e médio e será realizada entre os dias 11 e 13 de setembro, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac).

Elaborado para fortalecer a educação digital, o encontro irá explorar, junto com os participantes, os recursos do Portal do Professor e de outros portais do MEC. A temática espacial, eixo central dos três dias de atividades, permite uma abordagem interdisciplinar e contribui para o conhecimento nas áreas de cunho científico.

Para participar do curso, os professores interessados devem ser efetivos e estar em exercício nas redes públicas de ensino (estadual ou municipal), possuir interesse de levar a temática para as respectivas escolas e lecionar do ensino médio e/ou nos anos finais (6º a 9º anos) do Ensino Fundamental, preferencialmente nas áreas de Ciências, Física, Química, Matemática, Geografia e Biologia.

A SEE estará encaminhando para as escolas um ofício e uma ficha de inscrição, que deverá ser preenchida e encaminhada para a Secretaria até o dia 30 deste mês. Para mais informações, entre em contato através dos telefones 3213-2356.

Cientistas descobrem que contas de colar do Egito antigo são do espaço

Material foi retirado de pedaços de meteorito, apontam os pesquisadores. Peças de ferro têm 5 mil anos e formavam joia com outros minerais.


(G1) Nove pequenas esferas de ferro, que faziam parte de um colar da época do Egito antigo, não foram retiradas de rochas terrestres de minério de ferro, como se supunha. Elas têm sua origem no espaço sideral. Cientistas da University College London descobriram que o material foi retirado de pedaços de meteoritos.

As contas têm mais de 5 mil anos e formavam um colar junto com outros minerais exóticos como ouro e pedras preciosas. A descoberta foi publicada na revista “Journal of Archaeological Science”.

O principal autor do estudo, Thilo Rehren, do Instituto de Arqueologia da University College London, afirma que as técnicas utilizadas para a obtenção das “contas espaciais” foram diferentes das aplicadas nas outras pedras.

“O formato das contas foi obtido por técnicas de metalurgia e rolagem, mais provavelmente envolvendo múltiplos ciclos de marteladas, e não por técnicas tradicionais usadas para esculpir e perfurar, que foram aplicadas nas outras esferas encontradas no mesmo túmulo”, diz Rehren.

Os resultados mostram que a técnica de metalurgia do ferro meteorítico - uma liga de ferro e níquel mais dura, porém mais frágil do que o cobre, metal que era mais comumente trabalhado - já havia sido dominada em 4 mil A.C. A técnica teve origem, portanto, mais de dois milênios antes do domínio da fundição do ferro.

Pesquisadores afirmam que as técnicas utilizadas para trabalhar com o ferro meteorítico foram, portanto, essenciais para o desenvolvimento da fundição do ferro.

As esferas metálicas estavam completamente corroídas quando foram descobertas em 1911, em um cemitério próximo da cidade de el-Gerzeh, a cerca de 60 km do Cairo, no Egito. Para determinar a natureza das esferas, foi utilizado raio-x, o que permitiu uma análise pouco invasiva do material.

“O resultado realmente empolgante dessa pesquisa é que fomos capazes, pela primeira vez, de demonstrar conclusivamente que existem traços típicos de elementos como cobalto e germânio presentes nessas esferas, em níveis que só ocorrem em ferro meteorítico”, diz Rehren.
----
Mais imagens aqui
----
Matérias similares no DN - Portugal e Hypescience

Astronomia põe bracarenses a olhar para o céu no Verão (Portugal)



(Correio do Minho - Portugal) A ‘Astronomia no Verão’ tem vindo a apaixonar os bracarenses. Durante os meses de Verão são cada vez mais os aficionados que fazem autênticas visitas guiadas ao céu com a observação de alguns objectos celestes, planetas, entre muitas outras iniciativas que têm sempre o universo como horizonte. Uma forma diferente de fazer férias, com a ciência a ocupar um lugar privilegiado.

De Julho até Setembro, são muitos os eventos levados a cabo no âmbito da ‘Astronomia no Verão’, actividades inseridas no programa da Ciência Viva, promovida pela Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

No concelho de Braga, as iniciativas são, na sua maioria, dinamizadas pela Orion - Sociedade Científica de Astronomia, sediada na freguesia de Gualtar. Só para se ter uma ideia da intensidade destas actividades, até Setembro, decorrerão, em vários locais estratégicos, 38 sessões, algumas delas já realizadas.

Bom Jesus, Mosteiro de Tibães, Espaço GNRation e, claro, a sede da Orion, são alguns dos locais onde pode observar o céu.

João Vieira, responsável da Orion, dá conta da paixão e curiosidade que leva cada vez mais pessoas, entre as quais muitos bracarenses, a pesquisar, observar e em saber mais sobre os mistérios do universo. “As pessoas são muito curiosas em relação a este tema. E logo que vêm um telescópio pedem para fazer observações”. E a curiosidade chega a todas as idades. “Costumo dizer que vai dos 2 aos 92 anos, embora a faixa etária entre os 10 e os 15 anos é a que mais predomina”, acrescenta.

E têm sido muitos os adolescentes e jovens que, com a ajuda do equipamento necessário fornecido pela Sociedade Científica de Astronomia, tem passado as suas noites literalmente de nariz virado para o céu.
Todas as sessões têm a sua magia, mas o sucesso destas observações depende também do factor tempo. É que por vezes, mesmo no Verão, as nuvens impedem uma boa observação.

João Vieira refere que uma das sessões de maior adesão decorreu no Mosteiro de Tibães, “até porque o tempo também ajudou”, refere o responsável. E, afinal, o que podemos observar? Nestes eventos realizam-se observações com telescópios, pretendendo-se ainda realizar nos locais mini workshops e palestras temáticas, permitindo aos interessados o contacto com alguns conceitos científicos que lhes despertem a curiosidade, assim como obter algumas explicações sobre as observações que irão efectuar. Dadas as explicações, os participantes passam à acção.

Os curiosos têm tido oportunidade de observarem, entre outros aspectos, dois planetas: Vénus, um ponto bem brilhante junto ao horizonte a poente, e Saturno, um ponto amarelado na constelação de Virgem. &ldquo

;No telescópio Vénus apresenta-se tal como a nossa Lua, em fase, isto é, apenas metade da sua superfície iluminada. No caso de Saturno é possível observarmos os seus fantásticos anéis e ainda a sua maior lua: Titâ. Para além destes corpos celestes, também tem sido possível observar a Lua e, nesta época, com muito detalhe, as suas crateras e os mares lunares, sendo esta uma visão que, por norma, impressiona muito quem a observa pela primeira vez”, diz João Vieira. Outros objectos do céu profundo são ainda visíveis neste telescópio.

Orion leva a ciência a todas as praias do litoral norte
Apúlia, Lagoa (Póvoa de Varzim) são apenas algumas das praias do litoral norte por onde passou o telescópio da Orion- Sociedade Científica de Astronomia do Minho, sediada em Gualtar. Uma oportunidade para levar ciência a muitas pessoas em tempo de férias. E a iniciativa foi um sucesso.

“A participação do público foi surpreendente. A média foi de 60 participantes por sessão”, diz-nos João Vieira, revelando que foram nas praias de Apúlia e Póvoa de Varzim onde se registou maior adesão: “nestas sessões passaram pelo telescópio da Orion mais de 150 participantes. Destaco o gozo que dá contactar com as crianças e adultos que nos procuram. São de muitas origens e nacionalidades. Muitas vezes temos de falar em três ou quatro línguas. Nem imaginam a reacção de alguns participantes quando observam Saturno, Vénus ou as crateras da Lua. É fantástico sentir esse feedback”, refere o responsável da Orion.

Tendo a astronomia como actividade principal, a Orion promove ainda actividades de Geologia e Biologia, eventos inseridos também no programa ‘Ciência Viva 2013’.

“As nossas actividades são sobretudo no litoral de Esposende. Temos técnicos especializados que mostram às pessoas a biodiversidade e os aspectos geológicos e morfológicos da foz do rio Cávado”, diz João Vieira. No âmbito da Geologia de Verão, o concelho de Braga tem agendadas três iniciativas para o mês de Setembro.

A primeira refere-se ao projecto da cerca do Mosteiro de Tibães e a área envolvente, local onde existem uma série de minas com água subterrânea. A actividade, agendada para dia 7, inclui um passeio geológico à superfície e um percurso subterrâneo singular, onde se discutirão aspectos de goeconservação, geotecnia mineira e hidrogeomecânica. A iniciativa será orientada pelo departamento de Engenharia Geotécnica do ISP de Engenharia do Porto.

A segunda, agendada para dia 8 de Setembro, denominada “a história mais antiga de Braga escrita nos granitos”, a cargo do departamento de Ciências da Terra, da UMinho, decorre na academia minhota, entre as 9 e as 14.30 horas.

A ideia que redefiniu o mundo

(Marcelo Gleiser - Folha) O mês passado marcou o centenário da publicação do modelo do átomo pelo físico dinamarquês Niels Bohr, com seus famosos saltos quânticos. Desde então, e de forma inesperada, a física quântica tomou conta do mundo, dominando as transformações tecnológicas que definem grande parte da história do século 20: radioatividade e energia nuclear, bombas atômicas e termonucleares, transistores e semicondutores, lasers, tecnologias digitais, como as usadas em seu celular ou laptop, CDs, DVDs, enfim, os produtos que usamos no nosso dia-a-dia e que são todos derivados das propriedades da matéria ao nível atômico e subatômico.

O interessante é que o modelo atômico de Bohr é meio absurdo, uma colagem de ideias clássicas e quânticas, fruto da intuição genial do único cientista capaz de confrontar Einstein. Bohr imaginou o átomo como um minissistema solar, com o próton no centro e o elétron circulando à sua volta. Seu modelo servia apenas para o átomo mais simples que existe, o de hidrogênio. Nisso, Bohr seguiu o protocolo dos físicos, de sempre buscar um problema mais fácil para começar.

Bohr sabia que o átomo não era um simples sistema solar: planetas giram em torno do Sol por bilhões de anos praticamente sem perder energia; já o elétron cairia rapidamente no próton, ao menos segundo a física clássica, que descrevia como cargas elétricas opostas se atraem.

Bohr teve que inventar para o átomo novas regras que necessariamente iriam contra a física clássica. Corajosamente, apresentou sua ideia sugerindo algo inusitado: o elétron só poderia estar em algumas órbitas, separadas no espaço como os degraus de uma escada. Da mesma forma que você não pode ficar entre dois degraus, o elétron não pode ficar entre duas órbitas. Pode apenas pular de uma para outra, como nós pulamos entre degraus de uma escada. Esses são os famosos saltos quânticos.

E o que determina essas órbitas? Mais uma vez, encontramos a incrível intuição de Bohr: como os elétrons giram em torno do próton em órbitas circulares, eles têm o que chamamos de "momento angular", uma quantia que mede a intensidade de movimentos circulares. (Por exemplo, quando uma patinadora no gelo gira com os braços estendidos e depois encolhe os braços sua velocidade de giro aumenta --essa é uma consequência da conservação de momento angular.)

Bohr sugeriu que o momento angular do elétron devesse ser "quantizado", isto é, só podia ter certos valores discretos, dados pelos números inteiros (n=1, 2, 3...). Se L é o momento angular, a fórmula de Bohr é L = n (h cortado), onde h cortado é a famosa constante de Plank, que o físico alemão havia introduzido em 1900 e que aparece em todos os processos quânticos.

A sacada genial de Bohr foi misturar conceitos da física clássica com a nova física quântica, criando uma teoria híbrida do átomo. Com ela, Bohr resolveu um antigo mistério da física, relacionado com a radiação que um elemento químico emite quando aquecido, que aparece apenas em algumas cores (ou melhor, frequências).

Os pulos dos elétrons entre as órbitas são acompanhados da emissão e absorção de "fótons", as partículas de luz que Einstein havia proposto em 1905. A teoria de Bohr capturou a essência dos átomos, suas órbitas discretas, explicando suas emissões ou espectro quantizado. Uma nova física para um novo século, que continua nos surpreendendo até hoje.

Licitação decidirá empresa que vai retirar fragmento de meteorito de fundo de lago


(Voz da Rússia) No próximo dia 23, uma licitação pública decidirá a empresa que será responsável pela retirada de um fragmento do meteorito de Tcheliábinsk (sul dos Urais) do fundo do lago Chebarkul em 15 de fevereiro passado. Segundo o caderno de encargos, a vencedora deverá, no prazo de 28 dias após a assinatura do contrato, retirar um pedaço do corpo celeste de forma oval com 600 kg de massa de uma profundidade de, no mínimo, dezesseis metros.

O anúncio oficial de que as autoridades de Tcheliábinsk queriam encontrar e retirar o meteorito do fundo do lago havia sido feito ainda no final de julho.

O meteorito, que explodiu no céu da região, assustou os habitantes da cidade e de localidades vizinhas com uma onda de choque que quebrou as vidraças de muitos edifícios, atingindo 1.600 pessoas.

Segundo avaliações da Academia de Ciências da Rússia, o tamanho do corpo celeste era de vários metros, a massa de aproximadamente dez toneladas e a energia, de várias quilotoneladas. O meteorito entrou na atmosfera a uma velocidade de 15 a 20 quilômetros por segundo (aproximadamente 70 mil quilômetros por hora) e desintegrou-se a uma altura de 30 km a 50 km.

Do ponto de vista técnico, não é muito difícil retirar o meteorito do fundo do lago, assinala o redator-chefe da revista “Novosti Kosmonavtiki”, Igor Marinin:

“Inicialmente é necessário encontrá-lo, depois escavar para que ele possa ser alcançado de todos os lados. Com certeza, ao cair no lago, ele ficou atolado no lodo. Para isso existem dragas especiais flutuantes. Elas levam uma mangueira e varrem a sujeira para os lados. É um trabalho longo. Depois disso, um helicóptero com cabos especiais levanta o meteorito.”

O ministro da Segurança Radioativa e Ecológica do governo regional, Aleksander Galichin, informou que mergulhadores profissionais do serviço de salvamento regional e também organizações especializadas estrangeiras participarão dos trabalhos.

“O serviço de salvamento regional irá dirigir os trabalhos. Também Convidaremos organizações estrangeiras para realizar algumas atividades técnicas. São organizações que dispõem de equipamentos especiais que possibilitam realizar a prospecção do território para encontrar o objeto necessário”, assinala Marina Aleksandrova, secretária de imprensa do Ministério da Segurança Radioativa e Ecológica da região de Tcheliábinsk.

Ainda não se sabe exatamente quais são as organizações estrangeiras que irão participar no projeto.
Também é difícil apontar se descobertas científicas serão feitas após a retirada do meteorito. Alguns especialistas duvidam que se conseguirá encontrar alguma coisa no fundo do lago.

Há até quem duvide da versão da queda de que trata-se de um meteorito. Para o cosmonauta russo Gueorgui Grechko, o que caiu no lago foi o núcleo de um cometa –um corpo de gelo com disseminação de condrite. No lago, diz ele, nada existirá porque o gelo derreteu.