Substância que repele qualquer objeto ao seu redor é a melhor fonte energética conhecida - na ficção científica, é utilizada para dar propulsão à espaçonave Enterprise em suas jornadas interestelares
(Galileu) Obras de ficção científica se baseiam nas descobertas e possibilidades da ciência para criar cenários fantásticos e futuristas, certo? Mas e se, de vez em quando, a ciência também se inspirasse na ficção para desenvolver novas e incríveis tecnologias? Sim, às vezes isso acontece. Há pouco tempo falamos sobre uma descoberta que praticamente recria o sabre de luz de Star Wars.
Agora, cientistas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) estão tocando um experimento que pode comprovar a existência da antimatéria, uma substância que é capaz de se mover contra a gravidade. Neste caso, dizer que ela “cai para cima” não é nem um pouco absurdo. O fenômeno ocorre porque a antimatéria gera um campo antigravitacional, pois tem carga oposta à da matéria convencional. Por este motivo, ambas se aniquilam quando entram em contato.
É extremamente difícil conseguir criar e preservar formas complexas de antimatéria, já que ela é muito instável e, ao interagir com as partículas convencionais, ambas se anulam, resultando numa profusão de energia. Os pesquisadores do CERN estão utilizando um recipiente magnético especial para preservar os átomos de anti-hidrogênio criados. A ideia é ir enfraquecendo aos poucos o campo magnético – se os átomos contrariarem a gravidade terrestre e “caírem para cima”, ficará comprovado que se tratam de antimatéria.
O aprofundamento nos estudos e experimentos envolvendo a substância são particularmente interessantes para a exploração espacial. Até agora, é de longe o método mais eficiente conhecido com a possibilidade de nos levar até as estrelas. Além de ser uma magnífica fonte de energia, ela também resolve a questão do combustível: é necessário muito pouco, mesmo para viagens interestelares.
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