4 de dez. de 2013
Sopa primordial
(Pesquisa Fapesp) A descoberta mais famosa do Grande Colisor de Hádrons (LHC) foi, sem dúvida, a detecção da partícula elementar conhecida como bóson de Higgs. Anunciada em 4 de julho de 2012, essa descoberta rendeu o Nobel de Física deste ano a Peter Higgs e François Englert, dois dos físicos teóricos que propuseram sua existência nos anos 1960. Mas o tal bóson, que explicaria a origem da massa de todas as partículas elementares, não é a única coisa interessante que vem aparecendo nas colisões produzidas desde 2009 pelo mais poderoso acelerador de partículas já construído, instalado na fronteira da França com a Suíça e coordenado pela Organização Europeia para Pesquisas Nucleares (Cern).
Enquanto o bóson de Higgs foi descoberto analisando o resultado de colisões de um próton contra outro, parte dos físicos envolvidos nos experimentos do LHC, incluindo pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal do ABC (UFABC), estão mais interessados em usar a energia do acelerador para fazer núcleos atômicos de chumbo, com 82 prótons e 126 nêutrons, colidirem uns contra os outros. A energia dessas colisões desfaz os prótons e os nêutrons (partículas compostas) em seus componentes elementares, partículas indivisíveis chamadas quarks e glúons.
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