26 de jan. de 2014

Centro de Cultura do CLBI é Segundo Destino Mais Procurado Por Turistas do RN


(DCTA/Brazilian Space) Quem cruza a rodovia estadual RN 063, mais conhecida como “Rota do Sol”, que liga a badalada praia de Ponta Negra à de Cotovelo, no Rio Grande do Norte, se espanta ao encontrar no caminho réplica de foguetes, radares meteorológicos e um avião a jato. A surpresa dos turistas quase sempre se transforma em uma visita ao Centro de Cultura Espacial e Informações Turísticas (CCEIT), espaço do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) dedicado à preservação da memória aeroespacial que foi inaugurado em 2011 e recebe por ano cerca de 200 mil visitantes.

O CCEIT ocupa uma área de cerca de 2 mil metros quadrados e conta com o empenho de 12 servidores, entre civis e militares, que se revezam no trabalho diário de fornecer informações ao público. Resultado da parceria entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Prefeitura de Parnamirim, o Centro permite aos turistas que vão ao Rio Grande do Norte compreender um pouco da história do primeiro centro de lançamento de foguetes da América Latina e do Programa Espacial Brasileiro (PEB).

Para a missionária Nayara Santana, que veio de Goiânia com a intenção de desfrutar as belezas naturais da capital potiguar e de quebra conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Aeronáutica, a criação de espaços com o CCEIT é importante por mostrar à sociedade um trabalho ainda desconhecido do grande público. “A explicação dada sobre os produtos espaciais que estão aqui é apropriada para quem nunca teve contato com a área. Isso facilita a compreensão e desperta ainda mais o interesse”, resume

O acervo do CCEIT que está disponível para apreciação dos visitantes é composto por painéis fotográficos, matérias de jornais e entrevistas com personalidades que marcaram a história do CLBI, mísseis, veículos lançadores, antenas, radares e o avião AT-26 Xavante, primeiro jato produzido no Brasil e que operou em unidades de combate de todo o país. Além disso, o visitante pode conferir o foguete Nike Apache, o primeiro lançado a partir do Centro, e os veículos da família Sonda.

O servidor público Mário Rodrigues Naves, de 58 anos, reservou um momento, entre as idas às praias da Pipa e do Forte, para visitar o CCEIT. Para ele, o trabalho realizado pelo CLBI merece destaque por aproximar o universo aeroespacial do público leigo. “Nunca tinha visto um foguete tão de perto assim. Míssil, então, para mim era coisa que existia só em filmes de ação”, comenta entusiasmado Naves.

De acordo com Silvânia Barreto, coordenadora do CCEIT, o segredo da grande quantidade de visitantes que procuram o Centro todos os meses é a localização e a constante renovação do acervo: “o dinamismo é marca do nosso trabalho. Só neste ano nós já tivemos três novas inclusões. Além disso, estamos numa área privilegiada, próxima a pontos turísticos da cidade”, diz ela.

Escolas e Faculdades
Os artefatos expostos no CCEIT são alvo de interesse por escolas e faculdades, que desejam despertar nos estudantes o interesse pelo setor aeroespacial. “Aqui, eles tem a oportunidade de conhecer o universo da ciência e da tecnologia do Brasil”, explica Silvânia. Somente em setembro de 2013, cerca de 2.500 crianças visitaram o Centro, que fica aberto ao público todos os dias.

Cláudio Gomes da Silva, Técnico Pedagógico da Prefeitura de Parnamirim, trouxe cerca de 40 alunos do ensino fundamental do município para conhecer o trabalho desenvolvido pelo CLBI na área aeroespacial. Para ele, apresentar a cultura espacial para os jovens pode ser a primeira semente para a formação de futuros profissionais. “Já vi aluno sair daqui dizendo que queria ser astronauta”, comenta Silva, que só este ano trouxe mais de 1.500 alunos de 26 escolas da cidade para visitar o Centro.

Entre os estudantes, os foguetes foram os artefatos que mais chamaram a atenção. Wedna da Silva, aluna da 7ª série, ficou encantada após assistir à palestra proferida no CCEIT e conhecer mais sobre a história e a função do Veículo Lançador de Satélites (VLS). “A partir dessa visita, ficarei mais atenta ao que for explicado nos livros e jornais sobre astronomia e astronáutica”, revela a aluna, que não descarta a possibilidade de se tornar engenheira aeroespacial no futuro.

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