25 de jan. de 2014
Dogmas da ciência em discussão
(O Globo) Na primeira metade do século XX, o cientista alemão Max Planck (1858-1947), um dos “pais” da física quântica, disse que o avanço da ciência não vinha do convencimento dos opositores à veracidade das ideias que emergem, mas porque eles eventualmente morrem, abrindo espaço para uma nova geração já familiarizada com estas novas “verdades” científicas. Em resumo, a ciência avançaria por meio de uma série de funerais. Alguns anos depois, o escritor de ficção científica britânico Arthur C. Clarke, em reflexão semelhante, afirmou que “quando um velho e reconhecido cientista diz que algo é possível, ele está quase sempre certo. Mas quando ele diz que algo é impossível, ele muito provavelmente está errado”.
Vivemos, porém, numa época de grandes desafios globais, como as mudanças climáticas, o aumento da pobreza e a crescente escassez de recursos, ao mesmo tempo em que as ideias e conhecimentos surgem e mudam tão rápido que não poderíamos mais nos dar ao luxo de esperar pela morte dos velhos cientistas e o enterro de suas antigas noções. Foi com isso em mente que os responsáveis pelo site Edge.org, um dos maiores e mais importantes fóruns de discussão de intelectuais e pensadores da internet, decidiram fazer deste o tema de sua pergunta anual — “Que ideia científica está pronta para ser aposentada?”.
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