5 de jan. de 2014
Estudante é apaixonada por astronomia
(Cruzeiro do Sul) Como surgiram os anéis de Saturno? A Terra se aproxima do sol no verão? Perguntas curiosas como estas motivam, todo dia, a estudante do 4º ano do ensino fundamental, Marvane Luize Piasentin de Oliveira, de 10 anos, a estudar sobre o universo e os astros celestes. "Eu descobri que os anéis de Saturno foram feitos com restos de estrelas, gelo e rochas que passavam perto do planeta", explica ela que emenda: o sol é a estrela mais próxima da Terra e sim, eles se aproximam mais em janeiro.
A curiosidade de Marvane é nata, ou seja, desde que ela nasceu. A mãe da menina, Maria Luisa Piazentin, de 44 anos, conta que desde muito pequena a menina gosta de saber das coisas. "Tudo que ela pega na mão a distrai. Marvane lê de tudo, gosta de tudo. Qualquer coisa lhe interessa. É curiosa e sempre sai pesquisando", detalha, orgulhosa. Por essa razão, dona Maria Luisa conta que, apesar de incentivar a filha a estudar, há alguns anos a menina é totalmente responsável pelos estudos.
"Não preciso lembrá-la das provas ou exercícios. Ela faz tudo direitinho, é responsável", garante. E foi justamente esse comportamento que levou Marvane a ganhar, em terceiro lugar em nível nacional, a 16ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (Oba) - organizada pela Sociedade Astronômica Brasileira (Sab) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) -, e que aconteceu em maio deste ano. Magali Aparecida Bull Silva é coordenadora pedagógica da escola estadual Profa. Marina Grohmann Soares Fernandes, no Trujilo, onde Marvane estuda, e explicou que o concurso foi um desafio para todos os alunos.
Ela disse que há três anos a escola participa das Olimpíadas e tem como objetivo estimular os alunos a gostar de astronomia. "Essa olimpíada é realizada na escola e conta com ajuda dos próprios professores, que passam os assuntos em sala de aula. Não há obrigação, o concurso é aberto apenas a interessados. Tanto que esse ano apenas 22 estudantes daqui se interessaram, mas felizmente a Marvane ficou entre as classificadas", comemora.
De acordo com o regulamento, não existem apenas três vencedores no Brasil. Há faixas de classificação de notas. Ou seja, os que ficaram em primeiro lugar tiveram todos notas máxima (não há desempate), e assim sucessivamente com os demais lugares. Notas abaixo de 6,8, por exemplo, não são classificados. "Foi uma surpresa, depois do concurso, receber a medalha de bronze da Marvane. Isso tem nos ajudado a estimular mais e mais os alunos a estudarem", afirma a coordenadora.
Tanto é que, apesar de já fazer sete meses do concurso, os amigos de sala da menina ainda a tem como referencial. Não é difícil outros alunos, mesmo tímidos, discorrerem elogios à colega. "Ela é a menina mais inteligente da escola", disse um deles durante uma visita ao jornal Cruzeiro do Sul, no início de dezembro. Na oportunidade, a professora Margarete Gomes da Rocha, falou igualmente orgulhosa. "Marvane é tímida, mas aplicada. Gosta de estudar. Descobriu cedo a chave para o conhecimento e para o mundo". A menina, embora tenha consciência da situação, diz que estuda sem perceber.
"Estudei para o concurso sem saber que existiam vencedores. Achei que era uma prova, apenas. Mas gosto do assunto. Gosto também de matemática e de reescrever histórias que já li. Adoro fazer pesquisas na internet e nos livros", assume. Por conta disso ela espera que, se não conseguir ser modelo, os estudos lhe ajudem a ser veterinária. "Gosto muito dos animais e sei que é preciso estudar muito para entendê-los", diz a menina que, além de tudo, adora brincar!
OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA
Qualquer estudante e escola pode participar, confira:
A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica é realizada anualmente, há 16 anos, pela Sociedade Astronômica Brasileira (Sab) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e tem por objetivo estimular os estudantes de todo o País a estudar e conhecer o universo e os astros celestes. Qualquer escola, particular ou pública, pode se inscrever. A prova é desenvolvida pelo próprio corpo escolar e é realizada sempre no meio do ano. Todos os participantes recebem livros sobre o tema como congratulação pela participação. Mas só os alunos que se destacam é que são parabenizados com medalhas.
Para o nível 1, a medalha de ouro é enviada aos alunos com nota 10; a de prata para notas superiores a 9,75; e a de bronze para notas acima de 9,5. Para o nível 2, o ouro fica para estudantes com notas acima de 9,8; prata para os que têm nota acima de 9,3; e bronze a partir de 8,85. No nível 3, a nota de ouro deve ficar acima de 8,51; prata a partir de 7,9 e bronze acima de 7,3. Por fim, o nível 4 é distribuído com outro para notas acima de 8,4; prata a 7,45; e bronze a 6,8. Informações pelo site: www.oba.org.br.
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