11 de abr. de 2014

Astrônomos enfatizam a necessidade de maiores investimentos na educação

(Ilustrado) Os participantes da 1ª Jornada de Ensino da Astronomia, realizada em Umuarama, contarão hoje com a presença ilustre do coronel Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço. Ontem, alunos e professores tiveram contato com outros grandes nomes da astronomia como os professores pesquisadores Marcelo Emilio e João Batista Garcia Canalle.

Da Universidade Estadual de Ponta Grossa, o professor e pesquisador Marcelo Emilio ministrou palestras abordando o novo sistema solar, composto de oito planetas e cinco planetas anões. O professor já participou de várias pesquisas como a que descobriu um asteróide rodeado por dois anéis densos e estreitos, como também é responsável pelo calcular o diâmetro solar com a maior precisão da história.

Conforme Emilio, a astronomia é parte integrante do ensino de Ciências e para os brasileiros se desenvolverem em busca de um “País de Primeiro Mundo” é necessário melhorar a educação. “Matemática, leitura, línguas e ensino de ciência precisam de investimentos. A educação do País está muito abaixo de outras nações da própria America do Sul”, ressaltou o pesquisador.

Coincidência ou não, alguns acontecimentos astronômicos, como a “Lua de Sangue” marcado para ocorrer no dia 15 voltam os olhares não só dos participantes da jornada como toda a comunidade para o céu. Na madrugada da próxima terça-feira, os países das Américas, inclusive o Brasil, poderão observar um eclipse lunar, o primeiro de uma tétrade de “luas de sangue” que ocorrerá aproximadamente a cada seis meses e que se repetirá apenas sete vezes neste século. Os eclipses totais da Lua, quando o satélite cruza o cone de sombra da Terra, são pouco frequentes e o último ocorreu em 10 de dezembro de 2011. A última vez que aconteceu uma série de quatro eclipses lunares totais ocorreu entre 2003 e 2004.

Para o pesquisador e afiliado da Universidade do Havaí, as ocorrências são oportunidades para divulgar a astronomia e garante que o mundo não vai acabar pelo alinhamento dos astros. “Quase todo ano tem um evento raro acontecendo. Antigamente a religião e ciência eram uma coisa só. Quando tinha eclipse uma vigem era sacrificada. São credencies do passado, mas não tem nada relacionando com o fenômeno”, disse.

Lançamento de foguete
Na manhã de ontem professores participantes do evento realizaram experiências orientadas pelos professores João Batista Garcia Canalle da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. “Estamos fazendo oficina de construção da base e o foguete. O professor passa a ter uma ferramenta a mais que é o conteúdo prático. Que quando usado para sala, os alunos param para ver”, explicou.

Conforme o professor, o objetivo é motivar os alunos para interagir com a parte experimental da ciência. “O ensino do Brasil é muito teórico, muito quadro negro, livros e a ciência precisa de experimentos. Com essa técnica o aluno vai poder lançar os foguetes e conhecer os parâmetros para os tipos de lançamentos. Certamente esse estudante vai fixar muito mais a teoria”, contou.

Marcos Pontes
Hoje às 19h30 os professores vão receber informações diretas com o coronel Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço na missão batizada "Missão Centenário", em referência à comemoração dos cem anos do voo de Santos Dumont no avião 14 Bis, realizado em 1906. Em outros encontros o astronauta falou ao público sobre sonhos e objetivos de vida, e deixou o recado: "Se for para sonhar, que seja alto, mas tão alto a ponto de que seus sonhos possam até alcançar o espaço", disse.
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