14 de abr. de 2014

Madrugada de terça-feira para observar a Lua Vermelha (RS)

(Diário de Canoas) O alinhamento dos astros mexe com o imaginário da humanidade há milhares de anos. O eclipse total do sol, por exemplo, figura no folclore dos povos Incas que acreditavam na existência de um monstro, um puma gigante, que engolia a luz do dia. Mitos à parte, a observação do universo acompanha o desenvolvimento da tecnologia e hoje o uso de telescópios pode tornar espetáculo, inclusive, o eclipse lunar, que, diferentemente do solar, acontece discreto na madrugada. O fenômeno está previsto para ocorrer na madrugada desta terça-feira, 15, a partir das 2h58. Neste horário a lua começa a ingressar na sombra da Terra.

Para acompanhar o eclipse lunar, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Unisinos promovem uma oficina especial para observação e registro do eclipse a bordo do barco Martim Pescador. A saída está prevista para às 3 horas, no atracadouro do Martim junto ao Rio do Sinos. A atividade faz parte das oficinas de astronomia do curso de Licenciatura em Física da Unisinos, ministrada pelo professor do curso de Física da Unisinos e mestre em Astrofísica, Luiz Augusto da Silva. A Unisinos irá deslocar o telescópio para a observação.

Segundo Silva, a observação do eclipse lunar a bordo do barco terá um número limitado de participantes. Mas mesmo sem um equipamento sofisticado, é possível acompanhar o fenômeno. Dá para ver a olho nu, mas o melhor é utilizar um binóculo.

Diferentemente de um eclipse solar, que a luminosidade do sol prejudica a visão, a observação do eclipse da lua pode ser visto com tranquilidade. Além da atividade especial no barco, no dia 25 de abril ocorre nova oficina com o tema Por que o Universo Existe? e vai ocorrer no Auditório da Física (sala 6R211 do campus). A oficina faz parte de dez encontros, sendo que o primeiro foi na última sexta-feira, quando se abordou justamente os eventos do Céu de Outono, entre eles, o eclipse total da lua, marcando a oficina de número;na série iniciada em abril de 1997. Silva enfatiza que as oficinas de astronomia já foram frequentadas mais de 15 mil pessoas nestes 18 anos de funcionamento.

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