7 de mai. de 2014

Planetários de SP estão fechados há mais de um ano


(Folha) Em uma cidade onde a poluição luminosa e a falta de horizonte impedem a observação das estrelas, nem mesmo as soluções artificiais estão funcionando. Os dois planetários paulistanos estão fechados há mais de um ano.

Tanto o localizado no parque Ibirapuera quanto o do parque do Carmo estão nessa situação, apesar de terem passado por reformas recentes.

A versão oficial, da Prefeitura de São Paulo, é de que tudo estará funcionando até o fim do ano.

Essa é a segunda promessa de reabertura. A primeira, que consta do site da instituição, era de que os dois espaços fossem reabertos no primeiro semestre deste ano.

O planetário do Ibirapuera, segundo a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, responsável por ele, pifou após um raio ter atingido o local em 2013.

No Carmo, o problema é mais prosaico -falta água no prédio devido a um vazamento entre a tubulação que liga a caixa de água à edificação.

Coordenador dos planetários entre 2006 e 2010, Cleston Teixeira é categórico: "O grande problema hoje, que existe desde março de 2013, é a falta de equipes qualificadas para administrar os dois planetários.

Quem está lá são bons profissionais, mas eles precisam de mais ajuda".

Ele lembra que, entre 2003 e 2010, cerca de 300 mil pessoas visitavam o planetário do Ibirapuera por ano. Primeiro do Brasil (foi aberto em 1957), ele já teve outras épocas ruins. Em 1999, por exemplo, foi interditado por problemas de segurança.

No equipamento do parque do Carmo, aberto em 2005, o prédio tem problemas estruturais desde a inauguração e já foi fechado por problemas de segurança duas vezes.

Para Teixeira, é necessário profissionalizar a gestão dos planetários e fazer parcerias com o setor privado para que eles voltem a ser centros de divulgação da astronomia.

Segundo ele, como os equipamentos astronômicos são delicados -e caros-, quanto mais os planetários ficarem fechados, maior será o custo de manutenção.

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