13 de ago. de 2014

Relatos de viagem como forma de comunicação científica

(Valdir Lamim-Guedes - Com Ciência) Explorar lugares novos não é uma atividade humana recente, mas foi intensificada, ao longo do tempo, com as facilidades de transporte. Sobretudo com a construção de embarcações mais resistentes, que suportaram as viagens através do Mar Ocidental, puderam-se realizar as travessias intercontinentais para os descobrimentos do fim do século XV. Dali até o século XIX, o relato escrito e oral, descrevendo os locais visitados, foi a principal forma de transmissão das experiências vividas. Tais relatos viabilizaram a constituição de um rico acervo de registros de descobertas e das relações dos viajantes com as populações, fauna e flora dos locais onde chegavam.

Os viajantes dos séculos XV a XIX, segundo o professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Franca, Jean Marcel Carvalho França, eram, na maioria, europeus, alfabetizados, a serviço de um Estado – que poderia ser um império colonial, como Portugal, Espanha ou Inglaterra – e envolvidos em negócios estratégicos, como a descoberta de novos produtos ou negociações comerciais e expedições científicas. A busca por status era uma motivação adicional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente