2 de out. de 2014

Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear completa 60 anos e coleciona prêmios Nobel

Evento, que contou com delegações de 35 países, celebrou a paz


(O Globo) Delegações de 35 países comemoraram nesta segunda-feira (29) em Genebra, na Suíça, o aniversário de 60 anos da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN). Atualmente, o centro é o maior laboratório de física de partículas do mundo, e um grande exemplo de colaboração internacional, que reúne mais de 10 mil cientistas de quase cem nacionalidades.

Conforme explicou à imprensa europeia o presidente do Conselho do CERN, Agnieszka Zalewska, o laboratório surgiu em 1954 "para construir um centro de excelência na ciência, mas também, de alguma forma, para reiniciar os contatos entre os cientistas e unir as nações”. Não à toa, o tema deste aniversário é '60 anos de Ciência para a Paz ", recordando o acordo que permitiu a pesquisa científica exclusivamente para fins pacíficos.

CERN é dedicado a física fundamental, focada em descobrir o que o universo é feito e como ele funciona. Desde sua criação, a imagem da física fundamental mudou dramaticamente. No momento, o conhecimento da matéria em escalas menores foi limitado ao núcleo do átomo. Ainda na década de 60, os físicos de partículas foram capazes de avançar nessa área para desenvolver o Modelo Padrão da Física de Partículas, que ajuda a entender o universo e suas origens.

Aceleradores maiores e mais poderosas permitiram que os pesquisadores a explorar novas fronteiras energéticas. Entre as principais descobertas do CERN estão as partículas portadoras de força fraca, feito que rendeu o Prêmio Nobel de 1984. Mas a maior descoberta do laboratório foram as partículas bóson de Higgs em 2012, que permitiram comprovar a existência do mecanismo Brout-Englert-Higgs. O feito rendeu, no ano passado, o último Prêmio Nobel a Peter Higgs e François Englert.

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