25 de nov. de 2014

Planetário do Sesc encanta crianças ribeirinhas no Pantanal


(Agora MS) No início deste mês o Sesc Corumbá levou o Planetário do Sesc Ciência para a escola Jatobazinho, distante 119 quilômetros do centro de Corumbá, em plena região do Pantanal. “Foi uma oportunidade ímpar para conhecer o sistema solar numa perspectiva lúdico-científica.

Todos os alunos ficaram admirados e gostaram muito da experiência. A maioria afirmou que gostaria de receber novamente a visita do planetário na Escola”, diz Sylvia Helena Bourroul, diretora da ACAIA Pantanal.·

Além dos 60 alunos da escola, a ação também contemplou os que estudam na escola Paraguai Mirim, levados pela secretaria de educação para a escola Jatobazinho, assim como as famílias dos alunos ribeirinhos, transportadas pelo Instituto ACAIA.

A ação contou com envolvimento ativo de alunos do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, que atuaram como monitores. Acadêmico de Análise de Sistemas, Marcelo Emeka Velasco Okichukwu conta que o encanto e sede de conhecimento das crianças foi o que mais marcou da experiência. “Elas ficaram muito surpresas quando era montado o planetário. Elas aprenderam a ver a constelação de orion e também a identificar os pontos cardeais e quando a apresentação chegou ao fim elas pediram mais”.

Encantadas, as crianças relatam sob uma ótica diferente, a experiência de receber o Planetário. “A porta do planetário era como uma passagem para outro mundo, por que com as luzes apagadas viajávamos para o espaço, onde enxergávamos as constelações que formam os símbolos dos signos.
Gostamos muito das histórias contadas pelo monitor que conduziu nossa viagem”, diz Lucas, de 12 anos, que estuda o 5º ano do ensino fundamental I na Escola Jatobazinho.

Na memória de Breno de 13 anos, que está no 4º ano do ensino fundamental I, as histórias mitológicas foram o ponto alto. “Como a história que o moço contou sobre a mulher de Zeus que mandou o escorpião seguir um caçador. Poxa… foi tão legal entrar dentro do planetário! Aprender a olhar as estrelas. Vimos até as três Marias ! Eu queria que o Planetário viesse aqui de novo”. A interatividade foi o que marcou a experiência de Camila, que aos nove anos cursa o 3º ano do ensino fundamental I. “Eu achei muito legal entrar no planetário, tirar foto com o astronauta e colorir as estrelas na oficina de desenho ”.

Logística – A empreitada para chegar até a escola Jatobazinho foi um capitulo a parte, conta o assistente administrativo do Sesc Corumbá, Vanildo Duarte Martinez. A equipe embarcou na lancha freteira Ipê III com todos os materiais às 19h30 e a saída da equipe do Sesc do Porto Geral foi ás 23 horas do dia 05 de novembro. A previsão era chegar à fazenda às 9 horas o dia 06, mas em uma aventura como esta, os imprevistos também fazem parte. O leme da embarcação se partiu e somente às 12h30, com a chegada de uma nova peça de Corumbá, a embarcação seguiu viagem. “E assim foi o início de nossa aventura pelo Pantanal. Aproveitamos a oportunidade para contemplarmos a natureza em volta. A simplicidade do transporte e instalações ficou quase imperceptível tamanha beleza da fauna e flora pantaneira”.

Às 14h30 o barco do Acaia foi ao encontro da embarcação com a equipe do Sesc e assim a viagem que prosseguiria por mais oito horas pôde ser encurtada para 40 minutos. Já o material para montagem chegou na unidade às 22 horas. O esforço compensou. “A equipe ficou encantada com as instalações da fazenda. Fomos muito bem recebidos por toda a equipe da Fazenda Jatobazinho e equipe Acaia, principalmente pela Francisca Coordenadora Pedagógica da Escola. Visitamos todas as instalações do local, salas, refeitórios, dormitórios, sala de artesanato e toda a área verde. Com a nossa chegada percebemos os olhares curiosos dos alunos por de trás das telas protetoras, dos insetos noturnos, que cercam os espaços onde acontecem as aulas. Os sorrisos foram os primeiros contatos com as crianças”. Além de conhecer o Planetário, os alunos também participaram de uma sessão itinerante do Cine Sesc e assistiram à produção “Meu Amigo Storm”.

Já no começo do dia seguinte o material foi levado às margens do Rio Paraguai para ser montado aguçando ainda mais a curiosidade das crianças, diante de um domo inflável com diâmetros na base de 5m e a altura central de 3,8 m. As visitações ocorreram em turmas e os alunos também participaram de oficinas com pintura de desenhos alusivos ao tema, colagem de fitas com desenhos estrelares e confecção de relógio estrelar.

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