Thaisa Bergmann foi a primeira pessoa a observar um disco de acreção no centro de uma galáxia inativa e receberá uma bolsa de US$ 100 mil pelo conjunto do seu trabalho
(Galileu) A astrofísica brasileira Thaisa Bergmann, enquanto estava tentando decidir sua carreira, ouviu do pai: “mulher precisa escolher uma profissão em que dê para trabalhar só meio turno”. Não era falta de confiança nas habilidades da filha - ele inclusive ajudou a montar um laboratório de ciências no sótão de casa, em Caxias do Sul, no interior do Rio Grande do Sul, quando Thaisa começou a demonstrar interesse no assunto aos 10 anos. Era só o reflexo do pensamento corrente na época. “Ele tinha um pouco de preconceito e não entendia bem qual era o objetivo do que eu queria fazer. Mas eu era daquelas meninas invocadas, depois disso é que não ia trabalhar meio período mesmo”, ela diz.
Hoje professora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Thaisa foi escolhida pela Unesco e pela Fundação L’Oréal para representar a América Latina no prêmio For Women in Science, que oferece uma bolsa de US$ 100 mil a cinco cientistas, uma de cada continente, que se destacaram pelo conjunto da obra.
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