30 de mar. de 2015

Planetários do Ibirapuera e do Carmo reabrem em junho, promete prefeitura


(Folha) O céu voltará a ser visto em estado puro, limpo e repleto de estrelas como se todas as luzes em um raio de 100 km estivessem apagadas. Os planetários do Carmo e do Ibirapuera reabrem em junho deste ano.

O anúncio foi feito neste mês pelo prefeito Fernando Haddad (PT), durante encontro com empresários na praça das Artes, no centro. Antes, a entrega era prevista para o segundo semestre do ano passado.

Os espaços do Carmo e do Ibirapuera, localizados nos parques homônimos, estão fechados desde 2013. O primeiro, na zona leste, suspendeu as atividades por problemas no prédio. O segundo, na sul, após ser atingido por um raio que afetou a rede elétrica.

Neste mês, por 12 dias, dois engenheiros alemães e dois técnicos brasileiros efetuaram reparos no coração dos planetários: os projetores centrais astronômicos.

"Está tudo novinho, zero bala", diz Luiz Sampaio, diretor da Omnis Lux, empresa que representa no Brasil a fabricante dos aparelhos.

"Dentro de cada um deles há 9.000 fibras ópticas, que projetam 9.000 estrelas visíveis a olho nu da terra", explica Sampaio.

Os equipamentos permitem reproduzir o céu observado há milhares de anos, em qualquer dia e de qualquer ponto do planeta. O mesmo vale para o futuro.

A fotografia desta reportagem, feita pela sãopaulo no planetário do Ibirapuera, retrata o céu à 1h41 deste domingo (29), visto de São Paulo sem poluição luminosa.

Com os projetores recuperados, a prefeitura inicia nesta semana as obras físicas nos prédios, segundo Ricardo Figueiredo, secretário-adjunto da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

"Tem de fazer impermeabilização, revisão nas redes elétrica, hidráulica e de transmissão de dados, modernização do sistema de ar-condicionado e retoques em geral", afirma Figueiredo, que conheceu o planetário do Ibirapuera na infância, na década de 1970, quando pensava em ser astronauta.

Os espaços ganharão lojas para a venda de suvenires, como camisetas e miniplanetários, e exposições sobre o universo e temas ambientais. Além disso, voltarão a ser utilizados em aulas da Escola Municipal de Astrofísica.

Detalhes sobre regras, ingressos, e horários de visitação ainda serão definidos, de acordo com Figueiredo. Ao todo, as reformas nos planetários consumirão R$ 6 milhões.

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