27 de mar. de 2015

Sonho de uma criança transforma a realidade didática de outras

Projeto com crianças desenvolve projeto sobre o tema ‘astronomia’



(CircuitoMT) Era uma vez um menino de sete anos que deitava na grama e ficava olhando o céu. Em sua cabeça, ao mirar as estrelas, ficava imaginando como seriam aqueles ‘pontos’ de luz, a que distância estavam de nós, quais os segredos que poderia desvendar... Este era Carlos Wagner Ribeiro, hoje astrônomo amador e presidente do Planetário Via Láctea de Cuiabá. Para que outras crianças como ele também possam sonhar em conhecer mais do que a grade curricular fornece em termos de astronomia é que ele desenvolve, desde 2014, juntamente com o Sintep subsede Cuiabá, o projeto Planetário nas Escolas. A programação termina este ano e vai abranger 24 escolas da Capital. Até o momento já foram sensibilizadas para o tema ‘astronomia’ cerca de 16 mil crianças e adolescentes com a ideia. No último dia 24.03 foi a vez de levar o Planetário para a escola Estadual Leovegildo de Mello, no bairro CPA 3.

“Eu estudava em escola pública, havia uma pequena biblioteca que dispunha de alguns livros de ciências que eu folheava quando tinha oportunidade de ir lá”, lembra Ribeiro que, com o projeto, que leva seu planetário móvel às escolas públicas, pretende fazer expandir o universo da cabeça não só de alunos como também de professores. Assim, ganha o cidadão, a sociedade e a Ciência.

Ele lembra que a primeira vez que observou o espaço de forma mais incisiva foi por intermédio de uma luneta caseira construída com as próprias mãos, aos 8 anos de idade. O ‘instrumento’ era composto de duas lentes e um tubo de PVC. “Aprendi o que sei com muita leitura, observações e um irresistível desejo de conhecer os mistérios do universo. A primeira coisa que consegui observar foi a Lua ampliada cerca de 4 vezes e senti emoção por observar características impossíveis a vista desarmada”, relembra.

O que o faz levar o conhecimento que adquiriu ao longo da vida (hoje ele tem 29 anos) e é assistente social e advogado, é que, na escola em que estudava havia professores muito entusiasmados, todavia a estrutura da escola não oferecia condições de incentivar jovens cientistas devido à precariedade que, em sua visão, infelizmente, acomete a maioria das escolas públicas até hoje.

Serviço
Por conta disso, Ribeiro informa que o PVL continua aberto a novas propostas de levar o conhecimento astronômico para escolas tanto públicas quanto particulares da Capital e Interior. Para isso basta entrar em contato pela fanpage Planetário Via Láctea ou (65) 8132-7599.

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